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Fintechs no Brasil: o que são, vantagens e como escolher

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Fintechs no Brasil: o que são, vantagens e como escolher
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Você sabia que mais de 270 novas fintechs foram criadas entre 2019 e 2020 no Brasil? É hora de conhecer esse setor tão importante para o sistema financeiro.

homem usando tecnologia das fintechs

Significado de fintech está ligado a inovação. Hoje, existem mais de 600 empresas desse modelo de negócio no país.

Para conseguir as melhores informações sobre o cenário das fintechs no país, o Educando Seu Bolso teve uma conversa com o Fábio Gonsalez, da FintechLab, entidade referência no mapeamento dessas empresas. Para escutar o bate-papo, bastar dar play no podcast no topo desta página!

 

Fintech: o que é?

Fintechs são empresas de tecnologia que fornecem seviços financeiros. O termo vem do inglês, financial technology, ou tecnologia financeira. Não há tradução para o português.

No Brasil (e no mundo), é um setor efervescente. Principalmente a partir de 2015, diversas empresas surgiram nesse sentido.

Por meio da tecnologia, internet, informação, passaram a prover produtos financeiros de forma inovadora. Assim, fora de grandes bancos e grandes estruturas.

Para entender melhor a dimensão e importância da categoria, é possível acessar o radar fintech, disponibilizado pelo FintechLab. Por lá, é possível fazer o download do infográfico, bastando preencher o formulário ao final da página.

 

O que está acontecendo nos diversos segmentos de fintech? Qual o cenário no Brasil?

Atualmente, o Brasil tem provido soluções principalmente para:

  • meios de pagamento;
  • empréstimos pessoais;
  • gestão financeira;
  • investimento;
  • recuperação de crédito.

Porém, existem ainda mais setores atendidos: criptomoedas, seguros, financiamento, tecnologia financeira, empresas multisserviço (vários serviços acoplados), negociação de dívidas, bancos digitais e mais.

Ou seja, as fintechs estão em todas as etapas dos serviços financeiros. Hoje, você consegue fazer TUDO relacionado a finanças sem passar por um grande banco. À frente no texto, discutiremos as possíveis vantagens dessa transformação digital.

Fato é que, independentemente da inovação, muitos brasileiros ainda estão atrelados a bancos tradicionais: Caixa Econômica, Banco do Brasil, Itaú Unibanco…

Frederico Torres, fundador do Educando Seu Bolso, faz um alerta em relação a esse comodismo. É comum para o brasileiro, principalmente pessoas mais idosas, que contratem tudo no próprio banco, como investimentos, seguros, empréstimos. E essas instituições nem sempre têm as melhores condições.

Então, é hora de conhecer as empresas fintech!

 

Diferenciais das fintechs: o que muda em relação a grandes bancos?

É importante entender que as fintechs foram criadas, principalmente, visando resolver problemas que grandes bancos não conseguiam superar. Ou seja, lacunas.

  • Seja atendimento de má qualidade, com tratamento de massa que ignora especificidades dos clientes.
  • Seja extrato bancário confuso, em que você não entende o que está em cada linha.
  • Sejam taxas inconvenientes. Por exemplo, é comum haver tarifas fixas nos bancos. Você paga X reais por mês com direito a um pacote de serviços. Porém, não utiliza tudo o que vem naquele combo e também não consegue reduzir o custo. Acaba pagando pelo que não usa.

Em pesquisa realizada em 2017 pelo Scratch/Viacom, nos Estados Unidos, 73% dos jovens afirmaram preferir ir ao dentista do que ir ao banco. Chega a ser engraçado.

Mas essa série de rigidezes, que para o cliente comum é problema, tornou-se combustível para as fintechs. E isso vem de diversas formas, como pela busca de fornecimento de:

  • melhor atendimento;
  • melhor conveniência de pagamento;
  • menores preços.

Ou seja, tudo para tornar o processo mais cômodo, simples, agradável. Portanto, essas são as principais diferenças entre banco e fintech.

“Se os grandes bancos e as grandes instituições começaram do produto para o cliente, as fintechs (…) começam do cliente para o produto” diz Fábio Gonsalez. Ou seja, as empresas inovadoras focam primeiro em atender os desejos do usuário, e fornecer o serviço mais adequado a cada necessidade.

Exemplo disso é a startup Acordo Certo. Em conversa com a empresa, representantes afirmaram que o simples fato de eles escolherem o canal de contato preferido do cliente (WhatsApp, ligação, e-mail) aumentou o número de negócios fechados.

O que é diferente do que acontece com os bancões, que costumam apenas ligar para os clientes. Percebe-se, pois, o quanto essas brechas no setor financeiro eram concretas.

 

Mais de 600 fintechs no Brasil: como não ficar paralisado com tantas opções?

Vamos supor que Rodrigo deseje escolher uma máquina de cartão de crédito para seu novo estabelecimento: uma loja de peças automotivas.

Como ele já sabe que os bancos tradicionais nem sempre têm os melhores preços e serviços, a primeira coisa que ele vai fazer é pesquisar na internet pelas melhores opções.

Mas são tantas! Com fio, sem fio, sem aluguel, com mensalidade. Além disso, ele não sabe muito bem como o tipo de segmento do seu negócio pode impactar na escolha desses meios de pagamento.

“Ser uma loja de peças automotivas faz diferença? Quais são as possibilidades mais adequadas para mim?”

Pois é, são diversos pontos a serem considerados. Esse foi apenas um exemplo, mas nos deparamos com situações como essa frequentemente. Aqui no Educando Seu Bolso temos ferramentas que podem te ajudar:

As dúvidas são inúmeras. Assim, a solução não poderia ser outra: a melhor forma de tomar boas decisões é por meio da educação financeira. E é justamente o que o Educando Seu Bolso fornece aqui no blog!

Além dela, Fábio destaca a importância de diferentes formas de assessoramento. Como por exemplo, ferramentas que te permitem comparar as melhores soluções financeiras (simuladores), com informações personalizadas.

 

Melhores fintechs: conheça algumas empresas e segmentos

Agora que você já entendeu o que é uma fintech e qual a sua função no mercado financeiro, é hora de conhecer algumas das que mais se destacam no mercado.

Assim, você tem um ponto de partida para escolher suas soluções financeiras. Vamos listar setores que mais têm aderência no mercado hoje, sejam fintechs brasileiras ou internacionais que têm atuação no país.

Setor de pagamentos

É o “queridinho” das fintechs. Dentre todos os setores, os de pagamento costumam representar a maior variedade de empresas: algo em torno de 30% do número total.

O que explica o frenesi em torno dos meios de pagamentos são:

  • a diversidade, pois eles abarcam vários núcleos financeiros: máquinas de cartão, e-commerces, gateways de pagamento, PIX, transferências;
  • e, claro, a importância!
homem faz pagamento em fintech com celular, por meio de NFC e tecnologia

Pagamentos digitais, por aproximação (NFC) e QR code. Sem dúvidas, os meios de pagamento estão em constante inovação.

Veja alguns exemplos:

 

Setor de investimentos

Se você assiste a vídeos no YouTube, deve ter percebido o número de propagandas de plataformas de investimento aumentar nos últimos anos. “Conheça os passos para ser rico e investir com a gente!”

De fato, o setor de investimentos tem se desenvolvido sobremaneira no Brasil. Experimentando, pois, uma revolução fintech.

E prova de que ela tem dado certo é que grandes instituições estão comprando fintechs de investimento: Itaú adquiriu parte da XP Investimentos, Santander comprou parte da Toro, entre outros.

A principal vantagem nesse segmento é a questão das especializações. Por exemplo, há plataformas mais voltadas para fundos, outras para renda fixa, outras para ações.

O que é muito racional, afinal, o setor é extremamente amplo. E é difícil que uma única instituição domine todas as áreas. Com especialização, o cliente pode se aproveitar do melhor de cada plataforma. Veja algumas delas:

  • Monetus: invista em fundos construídos por especialistas;
  • Smart Brain: tecnologia de consolidação de fundos;
  • Parmais: gestão de investimentos.

Segundo Fábio, é um setor muito interessante, que tende a evoluir e a se especializar cada vez mais.

Conheça as melhores dicas para investir em 2020.

 

Segmento de empréstimo

Sabemos que, no país, o setor de empréstimos é problemático: os custos são elevados e não há recurso disponível para todos.

Pequenas empresas, por exemplo, têm dificuldades para conseguir empréstimo. O que é curioso, tendo em vista que 99,1% dos estabelecimentos comerciais brasileiros são de pequenas e micro empresas (PMEs), segundo o Sebrae.

Mesmo com as fintechs de crédito, o setor está longe de estar no seu ponto ideal. Ainda assim, existem vantagens em sair do núcleo de grandes instituições financeiras.

Um desses pontos positivos é, novamente, a especialização. As linhas de crédito são diversas, bem como os tipos de clientes. Com segmentação, as fintechs conseguem definir critérios que aderem melhor à realidade, para aprovar ou não o crédito.

Em bancos, é comum que um cliente seja recusado simplesmente porque já esteve negativado. Mas nosso país tem mais de 60% da população adulta com restrições no nome.

Assim, fintechs conseguem fazer uma análise mais individualizada, ao invés de simplesmente recusar o cliente com base em critérios genéricos. Isso expande o mercado de crédito no Brasil.

Com relação às taxas, você também consegue custos menores fora dos bancões. Então, o que se percebe são créditos mais baratos a partir de análises inteligentes. Certamente, grandes ganhos. Veja opções:

  • Creditas: para crédito com garantia e consignado;
  • Geru: para crédito pessoal;
  • Rebel;
  • Bom Pra Crédito;
  • Weel.

Conheça as principais inovações de fintech empréstimo no Brasil e encontre o crédito mais barato.

 

Setor de negociação de dívida

“Ninguém tem dívida porque quer. Assumir que todas as pessoas que têm uma dívida são caloteiras é muito ruim. Quem tem dívida é uma pessoa que se descontrolou financeiramente”, diz Fábio.

E o que se percebia nesse setor, em grandes bancos, era um mau tratamento a clientes endividados. Por isso, o setor de negociação vem focando em tratamento humanizado.

Existem plataformas, como a Blu365, que buscam bem atender o cliente. Para mais, procuram fornecer, também, educação financeira para que essas pessoas fiquem no azul. O que é muito importante.

 

Segmento de contas digitais

É outro setor efervescente no país. Isso porque o ambiente regulatório brasileiro permite bastante diversidade em contas digitais. Pois, as empresas podem se firmar como voltadas para crédito, voltadas para meios de pagamento, para investimento, conta corrente…

Tal flexibilidade traz possibilidade de que grandes lojas, como Renner, Riachuelo, Pernambucanas, que têm uma base de clientes grande e conhecida, criem suas contas digitais. A partir disso, diversificando o número de serviços oferecidos.

Mas, para que a conta digital faça sucesso, é preciso que essas companhias ofereçam vantagens interessantes para o cliente. Afinal, ninguém sai do seu banco sem motivo.

Sendo assim, as fintechs não tem deixado a desejar. São:

  • superapps, com diversidade de serviços;
  • programas de cashback;
  • plataformas de “mimos” e benefícios.

Além disso, há foco na não cobrança de taxas, que costumam ser tão inconvenientes nos grandes bancos. É comum ver bancos digitais sem taxas para transferências ou emissão de boletos, por exemplo.

Para Fábio, o limite desse setor é a própria criatividade das empresas de contas digitais. Cada vez mais, esse serviço tem agregado novas conveniências, que inclusive transbordam do sistema financeiro:

  • descontos em compras online;
  • compra de passagens com desconto;
  • cursos online;
  • facilidades em mobilidade urbana,
  • desconto em plano de saúde.

Ou seja, a vida da gente.

Nesse setor, também, estão algumas das maiores fintechs do Brasil ou com atuação nacional. Veja exemplos:

  • Nubank;
  • PagBank;
  • Banco Original;
  • Neon.

 

Setor de seguros

O Brasil tem um potencial reprimido no setor de seguros. Há baixa penetração no mercado e atraso do órgão regulador Susep (Superintendência de Seguros Privados), segundo o entrevistado.

Nesse sentido, as empresas têm sido pouco flexíveis para montar seguros inovadores ou diferentes.

 

Cuidados a respeito do crescimento desenfreado do setor de fintechs

Quando se trata do meio digital, uma grande preocupação é com a segurança de dados. Será que as fintechs são seguras?

A resposta é: sim. O setor tem regulação do Banco Central do Brasil, além de as empresas estarem sujeitas a órgãos reguladores específicos dependendo do setor (CVM para investimentos, Susep para seguros…). Ainda, todas têm que seguir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Fábio vê uma fintech como tão segura quanto qualquer banco. Na verdade, ressalta que as companhias tecnológicas têm sistemas até mais modernos do que os bancos tradicionais.

Porém, uma recomendação é buscar fintechs mais consolidadas no mercado, com reputação melhor. Porque todas as empresas estão sujeitas a quebrar, o que pode gerar dor de cabeça, já que envolve seu dinheiro.

Além disso, você deve tomar cuidado com agentes maliciosos no sistema financeiro, que agem paralelamente às fintech.

Por exemplo, esquemas de pirâmides em investimentos, agiotas de empréstimo. Esses agentes “não-sérios” não têm regulação para atuar, e não podem ser comparados a empresas seguras. Assim, fuja deles!

Para mais, esteja atento à criação de selos que garantem qualidade de serviço. Em um mar tão diverso de empresas, cada vez mais surgem selos para garantir qualidade de produto e boa reputação.

 

Resumindo: quais as vantagens das fintechs?

Por meio desse texto você foi capaz de entender o que é fintech e conheceu dicas para escolher os melhores produtos financeiros. Portanto, é hora de resumir quais os principais pontos positivos dessas empresas, que chegaram para ficar!

  • Redução de custos;
  • conveniência maior;
  • multiplicação de serviços oferecidos;
  • especializações;
  • foco no atendimento ao cliente.

Não podemos ser ingênuos, porém, e achar que todas as fintechs oferecem esses benefícios. Ou que todos os bancos são ruins. Sem dúvidas, as grandes instituições financeiras têm se movimentado para não ficar para trás.

Mas fato é que, independentemente disso, a modernização tem sido uma constante no universo das empresas tecnológicas. Então, podemos esperar, cada vez mais, melhorias no setor.

E para ficar por dentro de todas elas, basta seguir acompanhando o Educando Seu Bolso!

Ficou com alguma dúvida? Comente aí embaixo!

2 comentários

  • Amei a entrevista com Fabio Gonsalez. Uma verdadeira aula. Muito esclarecedor. Trouxe relatos, informações, estatísticas e até levantamento de questões que me instigaram a ter mais esperança na busca de soluções mais personalizadas e eficazes para o nosso cotidiano.

    Responder
    • Que ótimo Rosa.

      O Fábio é realmente muito bom. Entrevistado bom é outra coisa né?

      Fique ligada no nosso podcast que tem mais um bocado de entrevistado bom vindo por aí.

      Abraço e, se possível, não se esqueça de nos ranquear, indicar, compartilhar nossso conteúdo ou clicar nos nosso links sempre que possível. Como uma plataforma independente, nossa visibilidade depende disso, ok?

      =]

      Responder

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