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Sete armadilhas que te impedem de ficar rico

Educando Seu Bolso
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Sete armadilhas que te impedem de ficar rico
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A educação financeira no Brasil não é a melhor de todas. As pessoas ainda não estão preparadas para lidar com os produtos financeiros que são oferecidos, não sabem sair de uma enrascada e muito menos porquê entraram nessa enrascada. Por isso nós acabamos adotando uma linguagem mais fácil aqui no blog e até no nosso livro (se você ainda não leu, dê uma olhadinha porque você vai gostar muito!).  Mas o mais interessante é que apesar de educação financeira ser um tabu e muito gente ter até vergonha de falar no assunto, ao mesmo tempo, o sonho de muitos é ficar rico. Você também tem o sonho de enriquecer?

 

Na verdade, falamos sobre o que NÃO fazer para ficar rico. Alguns comportamentos são verdadeiras armadilhas que armamos para nós mesmos, que nos impedem de ter uma vida financeira mais tranquila. Vamos conhecê-las?

 

1) Poupar só quando sobra dinheiro

Talvez uma das armadilhas que mais te impede a ficar rico. Não precisa começar assumindo o compromisso de poupar ou investir 10% do salário. Para quem não tem esse hábito, realmente, pode ser uma porcentagem um pouco pesada. Mas você pode começar separando 5% do seu salário com o objetivo específico de poupar. Claro que, aos poucos, você pode aumentar essa quantia conforme for se sentindo mais confortável até que você consiga, de fato, ficar rico.

 

Não importa quanto você ganha: se você ganha R$1.000,00, por exemplo, comece investindo R$50,00 seja no Tesouro Direto ou em qualquer outro investimento que seja rentável. Inclusive, você pode descobrir onde investir seu dinheiro no nosso simulador de investimentos.

 

O Brasil é um país de juros relativamente altos, mesmo que às vezes eles caiam, ou seja, investir seu dinheiro e usar esses juros ao seu favor é um passo grande. Daqui há 10, 20 anos (se você separar esse 5% ou 10% do seu salário) você terá uma bela reserva financeira, fazendo com que ficar rico seja natural.

 

O fundamental é criar o compromisso consigo mesmo, de guardar uma parte do que recebe, todos os meses. Compromisso mesmo, como se fosse uma conta de água, luz ou supermercado. Assim, ficar rico também se torna um compromisso com você mesmo.

 

2) Não planejar o que fazer com o dinheiro

Se você é uma daquelas pessoas relapsas, que acaba não ligando muito pra onde vai seu dinheiro, fique atento: é preciso colocar tudo na ponta do lápis. Você pode fazer isso através de aplicativos (alguns até interligados com sua conta bancária) ou ferramentas online. Se você quer ficar rico, é importante saber pra onde seu dinheiro está indo. É mais ou menos como fazer uma viagem sem ter o mapa, isso não pode dar muito certo, não é verdade?

 

Pra quase tudo que fazemos na vida, é importante ter o mínimo de planejamento, mas por vários motivos (até culturais) acabamos tratando o dinheiro de forma diferente de outras áreas da nossa vida. Não planejar o que fazer com o dinheiro pode se tornar um grande tiro no pé. Mas calma, para começar a se planejar não é preciso muita sofisticação. Assim como no caso de separar uma parte do seu salário para investir, comece planejando o mínimo. Comece pelos grandes gastos, depois elabore os gastos menores, até conseguir um nível de precisão maior.

 

Não se assuste caso você ache que se planejar financeiramente é difícil ou chato! Comece devagar e use aplicativos que te ajudem a simplificar o processo. Acredite, se isso for preciso para ter liberdade financeira em alguns anos, vale a pena!

 

3) Comprar por impulso

Evite pensamentos como: ah, mas isso é tão bonito ou eu vou comprar aquilo porque mereço. Será que você realmente precisa comprar aquela roupa, ou aquele celular novo? Quando falamos sobre a Santíssima Trindade da Educação Financeira citamos um dos 3 fatores mais importantes para uma vida financeira saudável: o autoconhecimento.

 

O autoconhecimento é fundamental para que você não se torne um consumidor impulsivo. Ninguém conhece você melhor do que você mesmo. Por isso, sabe muito bem quais são seus impulsos na hora de comprar: pode ser sapato, videogame, viagens… Cada um tem um fraco, é do ser humano ter interesses.

 

Se você sabe que se passar na frente de uma concessionária fará com que você pense seriamente em trocar seu carro (mesmo sem precisar disso), então evite esse tipo de situação. O recomendado é reconhecer quais interesses que podem te fazer comprar impulsivamente e, nessas situações, criar um procedimento de “cheque”.  Consulte alguém de sua confiança (pode ser marido ou esposa, por exemplo) se aquela é uma boa ideia. Pode ser não comprar na hora, pensar melhor na compra, e voltar dois dias depois. Se mesmo assim você quiser (e puder comprar), então é uma boa decisão comprar.

 

Pequenos gatilhos, como esses, podem ajudar na hora de não fazer compras impulsivas. Se você já é uma pessoa rica, está sobrando dinheiro e pode fazer compras impulsivas, tudo bem. Mas não é o caso da maior parte dos brasileiros. Uma boa parte daquelas pessoas que compram sem pensar direito, na verdade, acabam tendo nesse comportamento um gatilho para entrar em enrascadas financeiras. Se você é uma dessas pessoas: busque o autoconhecimento e o controle na hora de comprar, isso pode estar te impedindo de ficar rico, ou pelo menos, de cair em armadilhas financeiras.

4) Ignorar pequenos gastos

Você sacou dinheiro anteontem, e hoje sua carteira está vazia. E você não comprou nada caro. Para onde foi o dinheiro? Não é caso de cortar aquele cafezinho, mas é de controlar seus gastos pequenos.

 

Infelizmente, o Brasil é um país pobre. Para a maior parte da população brasileira, um café, uma bala, uma pipoca faz muita diferença. Pequenos gastos como esses, no final do mês podem se tornar gastos gigantes e que consomem boa parte do seu salário. Como esses gastos são pequenos e não parecem dignos de nota, na hora de fazer o planejamento eles acabam passando batido e fica aquela sensação: pra onde foi esse dinheiro? Achar que pequenos valores não precisam ser controlados pode ser uma armadilha e pior, você pode estar caindo nela sem perceber!

5) Desistir de aplicar dinheiro

Pra muita gente investir dinheiro pode parecer trabalhoso. Parece que pra investir dinheiro é preciso conversar com o gerente no banco ou pelo menos pesquisar muito, e aí bate aquela preguiça: é melhor deixar o dinheiro embaixo do colchão. Verdade, nem sempre investir é fácil. Antes de começar a escrever no blog, eu achava que as pessoas só não investiam porque não queriam investir. Hoje eu me solidarizo mais com esse tipo de comportamento.

 

De fato, aplicar seu dinheiro pode ter uma série de obstáculos. Pode parecer difícil no começo se você não tem familiaridade com o assunto, se você quiser tomar a melhor decisão possível, pode acabar se imobilizando porque realmente existem muitas possibilidades. Muitas siglas difíceis de serem entendidas, e cada aplicação com uma especificidade diferente (risco, rentabilidade, etc). Aqui no blog mesmo temos posições antagônicas sobre alguns assuntos, como bitcoin, por exemplo.

 

De fato, não é trivial ter segurança absoluta sobre o que vai fazer. O importante é começar por algum lugar, porque enquanto seu dinheiro está parado, você não está ganhando rendimentos. Não adie ou desista de fazer seu dinheiro render, é preciso disciplina para conseguir o melhor rendimento. Comece por algum lugar e, mesmo que não te dê o melhor rendimento possível, não desista. É trabalhoso aplicar dinheiro? Dependendo de onde você vai, é mesmo. Mas há formas muito práticas que podem te ajudar a fazer a coisa certa.

6) Pagar por serviços que não usa

Para olhares mais atentos, não é difícil encontrar pelo menos 5% de desperdício de dinheiro em quase todo orçamento financeiro por aí. Se não é dinheiro que você está gastando sem usar (como tarifas bancárias desnecessárias), é dinheiro que poderia estar rendendo mais se estivesse sendo investido de outra forma.

 

Inclusive eu deixo aqui um desafio: procure nos seus gastos algo que você poderia estar economizando ou fazendo render mais. Você pode até achar que não é o seu caso, mas não custa nada conferir, não é mesmo?

 

7) Melhorar o estilo de vida sem se planejar

Já dizia meu avô: a gente não pode passar o carro na frente dos bois. Essa sabedoria popular faz muito sentido inclusive na hora do planejamento financeiro. Um erro muito comum é ganhar uma promoção ou um bônus e já começar a fazer gastos em cima desse dinheiro, como fazer um financiamento ou alugar um apartamento mais caro.

 

A vida tem altos e baixos, certo? Antes de elevar seu padrão de vida, planeje-se a longo prazo e tenha certeza que a melhora de renda é duradoura. Se seu salário for rebaixado, se precisar mudar de emprego ou se o bônus não vier no próximo mês, certifique-se que você não ficará endividado ou com problemas financeiros. É pra isso que serve o planejamento financeiro e até mesmo as reservas pessoais.

 

É necessário ficar rico para ser feliz?

Ficar rico, por si só, não traz felicidade. Se trouxesse, não veríamos tanta gente rica deprimida, ansiosa, insegura, dependendo de medicamentos para conseguir sair de casa. Por outro lado, sabemos que a extrema falta de dinheiro pode trazer infelicidade.

 

Por isso, a lista de armadilhas que trouxemos hoje não é um guia para você procurar ser milionário, e sim para procurar a verdadeira riqueza, que é controlar seu dinheirinho, fazê-lo crescer o suficiente para realizar sonhos e ter uma vida tranquila, sem preocupações. Vale a pena! É claro que você pode procurar ajuda para que essa tarefa não fique assim tão árdua, por isso aqui no blog (no nosso twitter, instagram e fanpage) você pode encontrar dicas e, é claro, pode descobrir quais serão seus próximos passos através dos nossos simuladores.

2 comentários

  • Infelizmente vivemos num país onde a educação financeira não está presente na vida das pessoas,
    muitos ignoram os pequenos gastos que no final do mês gera grandes desconforto.

    Sem cortar gastos não tem como guardar dinheiro e o não guardar dinheiro transforma um pequeno problema em uma bola de neve gigante.

    O controle dos gastos faz com que enxergamos a fuga do suado dinheiro. Só é possível controlar algo que se mede.

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