No texto de hoje, vamos falar sobre um assunto que está cada dia mais em alta: as fintechs e contas digitais.
Vamos defini-los e, principalmente, trazer um panorama atual do nosso país. Abordaremos o ambiente das fintechs brasileiras, grandes números dos principais players do mercado, estratégias de concorrência e como o consumidor pode se beneficiar com tudo isso.
Você se sente perdido no meio desse emaranhado de inovações? Quer saber se eles são mesmo diferentes uns dos outros e para quê serve cada um? Finalmente, quer ter uma dimensão histórica que te permita entender pra onde estamos indo? Então essa conversa é pra você!
Para isso, trouxemos para uma entrevista Danylo Martins, fundador do Finsiders. Danylo trabalhou na redação do Valor Econômico, é jornalista e especializado na área financeira há mais de 10 anos.
Portanto, caso prefira, você pode ouvir a entrevista em nosso podcast, no player acima deste texto, ou pelo YouTube!
Fintech: o que é?
É importante começar o texto explicando o que é fintech.
Elas são empresas que oferecem serviços financeiros tendo como base a tecnologia. O próprio nome é a junção das palavras “financeiro” e “tecnologia”, em inglês.
A maioria das pessoas logo pensa em um tipo de fintech mais famoso: os bancos digitais. No entanto, eles não são o único tipo.
Existem fintechs de pagamento que oferecem apenas um cartão de crédito; fintechs de crédito, que têm foco em empréstimos; fintechs de investimento; de bitcoins…
O principal objetivo de uma fintech é trazer praticidade aos seus clientes. Elas buscam oferecer um bom aplicativo ou site, intuitivo, tecnológico, com navegação rápida, pois ele é a base de seus serviços.
Também, as fintechs oferecem ao cliente o conforto de poder fazer tudo pelo celular, sem precisar sair de casa. Sendo assim, você vai fazer todas as suas transações e abrir conta online.
Além disso, geralmente as fintechs oferecem melhores taxas do que as instituições tradicionais, o que também é uma vantagem para o consumidor.
Outra característica muito presente nesse nicho é a inovação. É bem comum que as novidades de um setor sejam primeiro implementadas em uma fintech.
Veja também nosso texto “O que é uma fintech e como escolher”.
Contas digitais: cenário atual
O mercado de fintechs e contas digitais do Brasil hoje está bastante aquecido. A pandemia, inclusive, contribuiu muito para o crescimento do mercado, em função do distanciamento social proposto.
O Nubank, por exemplo, maior banco digital do Brasil, no início de 2020 tinha 12 milhões de clientes, e hoje, no início de 2021, já conta com 34 milhões.
Já o PicPay, que oferece contas de pagamento, investe cada vez mais em mídias sociais e propagandas. Recentemente a fintech bateu 40 milhões de usuários.
Ainda, existem outros gigantes no mercado: o Banco digital Inter, que cresce em um ritmo muito acelerado, fechou 2020 com 8,5 milhões de clientes.
Já o PagBank, braço de contas de pagamento da PagSeguro, conta com 6,7 milhões de clientes. O Banco Original, ainda, já atingiu a marca de 4 milhões no último ano.
Esses números chamam bastante atenção! Se somarmos o número de clientes de todas as contas digitais e contas de pagamento do país, teríamos um número extremamente alto.
Vale dizer que um cliente de bancos digitais muitas vezes abre mais de uma conta corrente bancária antes de optar pela dele. Isso faz com que, muitas vezes, os números citados acima não representem o número real de clientes ativos de cada instituição.
Ranking melhores contas digitais segundo Educando seu Bolso
Posição | Instituição | Nota | Post | |
---|---|---|---|---|
1 | Banco PAN |
3.6
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Confira!Confira! | |
2 | Inter |
3.6
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Confira!Confira! | |
3 | C6 Bank |
3.5
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Confira!Confira! | |
4 | PagBank |
3.4
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Confira!Confira! | |
5 | PicPay |
3.3
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Confira!Confira! | |
6 | NuBank |
3.3
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7 | Banco Bari |
3.2
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Confira!Confira! | |
8 | BTG+ |
3.0
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9 | Neon |
3.0
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Confira!Confira! | |
10 | Mercado Pago |
2.9
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Confira!Confira! |
Desafio dos bancos digitais e fintechs
Aqui temos, portanto, um dos grandes desafios dos bancos virtuais: fidelizar seus clientes. Quem de fato usa aquele aplicativo no dia a dia? É necessário criar essa recorrência no consumidor.
Essa necessidade se torna cada vez mais clara, na medida em que novas opções surgem no mercado. A concorrência é enorme, e o cliente precisa de um diferencial para se manter fiel àquela marca, e não recorrer a outro banco.
Você tem menos de 18 anos? Veja nosso post sobre conta digital para menor de idade!
Concorrência entre contas digitais e tradicionais
Além da concorrência dos bancos digitais entre si, é inegável o efeito que sua disseminação trouxe sobre os bancos tradicionais. Cada vez mais, vemos os grandes bancos trazendo soluções virtuais, se emparceirando com fintechs e buscando maneiras de inovar.
Antigamente, ter um gerente de banco e muitas agências físicas espalhadas pela cidade era um ótimo diferencial. Hoje em dia, esses fatores são mais vistos como um custo alto do que um benefício.
Além disso, o fato de oferecer também serviços digitais não é mais um diferencial entre os bancos tradicionais, é quase uma obrigação. Quem não os oferece é deixado para trás.
Apesar do movimento, porém, os aplicativos e internet banking de alguns bancos tradicionais estão defasados em relação aos digitais.
Os processos ainda são mais burocráticos e complicados, a interface ainda não é tão amigável ao consumidor e a navegação muitas vezes é mais falha que a dos bancos digitais.
Nesse sentido, a chegada do Pix contribuiu em partes para uma maior praticidade mesmo nos bancos tradicionais. Caso você ainda não saiba o que é ou como utilizar o Pix, nós temos um artigo ensinando!
Vale citar, ainda, uma ação muito comum dos bancos tradicionais, que é a criação de uma segunda marca que funciona como um braço digital.
O Bradesco, por exemplo, criou em 2017 o Banco Next, que recentemente passou a funcionar de forma autônoma. Ainda, temos também a plataforma Iti, do Itaú; a Superdigital, conta digital Santander; entre outros.
Ainda, não é difícil ver bancos tradicionais se aliando a fintechs para oferecer novos serviços. Sendo assim, fica claro o movimento de aproximação entre bancos e fintechs do país.
Perspectivas sobre contas digitais para o futuro
É possível enxergar 2 possíveis movimentos que as instituições digitais já estão exercendo, e exercerão com ainda mais força num futuro breve:
- diversificação da oferta de serviços;
- especialização em busca de um público alvo.
Nós os explicaremos a seguir.
Diversificação da oferta de serviços dos bancos digitais
No início da era de bancos digitais, quem abriu caminho no Brasil foi o Nubank. O serviço oferecido por ele era, basicamente, o cartão de crédito.
Hoje em dia já podemos encontrar no banco também o cartão de débito, as aplicações em renda fixa e os empréstimos.
Ainda, recentemente, a marca comprou a EasyInvest, fintech de investimentos que vai trazer ao banco a possibilidade de oferecer uma maior variedade de investimentos aos seus clientes.
Um ótimo exemplo de banco que passou a oferecer uma grande variedade de serviços é o Inter. Atualmente, inclusive, ele não se intitula mais como “Banco Inter”, mas apenas “Inter”: a gama de serviços oferecidos é tão grande que ultrapassa a área financeira.
Além dos serviços financeiros, o cliente Inter pode, dentro do próprio aplicativo, comprar gift cards no Uber, alugar um carro, comprar uma passagem, comprar um ingresso para o cinema, pagar o estacionamento do shopping, comprar acessórios para o celular, entre outros serviços.
Ou seja, os bancos hoje buscam oferecer tudo dentro de um mesmo ecossistema. O cliente, portanto, não precisará ter vários aplicativos para diferentes funções, o que pode ser bem prático.
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As varejistas também seguem caminho semelhante!
Vale ressaltar que algumas empresas que não são da área financeira também estão seguindo o caminho de diversificação, mas no sentido oposto. Ou seja: empresas não financeiras estão começando a oferecer, também, serviços financeiros.
Um exemplo é o Magazine Luiza. Eles são varejistas, mas abriram recentemente um Marketplace e passaram a oferecer uma conta de pagamentos, a MagaluPay.
Da mesma forma, o Mercado Livre passou a oferecer produtos e serviços financeiros com a Mercado Pago, fintech que tem conta de pagamento, cartão, crédito, seguro, investimentos…
Ou seja, vemos financeira embarcando produtos não financeiros, e ao mesmo tempo varejistas embarcando produtos financeiros. Eram coisas distintas há algum tempo atrás e, com a evolução, os setores foram se aproximando e passando a concorrer um com os outros cada vez mais.
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Especialização das contas digitais
Outro tipo de movimento que pode se intensificar nos próximos anos é a especialização das fintechs, e a criação de “bancos de nicho”. Em outras palavras, estamos vendo cada vez mais bancos voltados para um público muito específico.
Hoje já temos, por exemplo, conta digital para caminhoneiros, para pessoas da área de saúde, para a área de educação, cabeleireiros, restaurantes… há uma hiperespecialização.
Um exemplo disso é o iFood, que passou a oferecer maquininha de cartão de crédito e débito e está caminhando para oferecer uma carteira digital.
Eles estão mais próximos do setor de bares e restaurantes do que um banco estaria, e, assim, podem customizar produtos e oferecer melhores condições do que bancos “genéricos”.
Pelo lado do consumidor
Para o consumidor, a difusão das fintechs e contas digitais traz muitos benefícios. A concorrência gera mais opções, e faz com que os serviços oferecidos sejam mais baratos na maioria das vezes.
O fato de a maioria dos bancos digitais não cobrar mensalidade na conta exemplifica isso bem.
Por outro lado, ter muitas opções também aumenta a responsabilidade do consumidor. Se há algo no seu banco de hoje que te deixa insatisfeito, por exemplo o atendimento, é possível encontrar outra opção de melhor conta digital.
Sendo assim, junto com a diversidade de opções vem também a responsabilidade de compará-las. Nós, do Educando Seu Bolso, acreditamos fortemente que a comparação de opções é uma das bases para a tomada de uma boa decisão financeira.
Sendo assim, oferecemos o Simulador de Contas Digitais, que compara os melhores bancos digitais para que você encontre o ideal para você.
Ah, e, ainda, caso você esteja procurando por crédito, temos também o Simulador de Empréstimos, que compara fintechs de crédito e bancos.
Usabilidade
Um contraponto que podemos trazer quanto às melhorias trazidas pelos bancos digitais é o fato de muitas pessoas não saberem utilizá-los. Isso é visto, principalmente, entre as gerações mais velhas.
Muitas pessoas evitam a utilização de fintechs devido ao fato de já saberem como pedir um empréstimo cara a cara com alguém, mas não por meio de um aplicativo.
Por isso, é importante que os bancos digitais sejam sempre o mais didáticos possível, oferecendo serviços com pouca burocracia e bem explicados.
Ainda, podemos dizer que um dos principais objetivos do Educando Seu Bolso é ajudar quem tem dúvidas quanto à usabilidade de plataformas digitais.
Nós publicamos semanalmente artigos sobre diversas instituições financeiras, e é possível que já tenhamos publicado algo sobre a instituição que você busca.
Além disso, estamos sempre à disposição para responder dúvidas nos comentários dos nossos posts.
Ainda, outra boa fonte sobre fintechs é a Finsiders, site do nosso entrevistado Danylo Martins. Lá são abordados temas sobre o meio digital de forma mais técnica, com informações atualizadas e de confiança.
Vale ressaltar que da mesma forma que aprendemos a utilizar aplicativos de transporte (Uber, Cabify, 99), e de delivery, por exemplo, também podemos aprender a usar as fintechs.
Segurança
Outro contraponto da digitalização dos serviços é a segurança, que muitas vezes é comprometida. É difícil cair em um golpe de contratação de empréstimo, por exemplo, quando você o faz presencialmente, cara a cara com o funcionário da instituição.
No entanto, quando você solicita por um empréstimo online, é mais fácil cair em uma página de uma instituição fraudulenta.
Mas calma! Os riscos em contratar serviços online existem quando você se relaciona com instituições erradas. Fintechs corretas e legalizadas precisam seguir uma série de regras e normas, e são reguladas pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
Sendo assim, caso você não conheça a marca de alguma instituição que encontrou na internet e esteja desconfiado, sugerimos que você confira o banco de dados do próprio Banco Central.
Ao digitar o nome da empresa no campo de buscas você saberá, portanto, se ela é segura ou não.
Você tem um negócio e deseja vender com maquininha de cartão? Conheça as melhores opções:
Ranking melhores maquininhas segundo Educando seu Bolso
Posição
Maquininha
Saiba Mais
1
Moderninha Smart 2
2
Point Pro 2
3
SumUp Solo
4
InfiniteSmart
5
T3 Básico
6
Moderninha Pro 2
7
Point Smart
8
Moderninha Plus 2
9
Sumup Solo Printer
10
Point Air
Fintechs e contas digitais: nossa conclusão
Por fim, podemos dizer que há um movimento cada vez mais rápido de digitalização dos serviços financeiros.
Sendo assim, em alguns anos é provável que a grande maioria dos brasileiros já tenham se habituado ao mundo digital, e já o prefiram em detrimento de uma agência bancária.
E isso é muito bom! O consumidor tem mais opções, e consegue escolher um banco, por exemplo, que o atenda por completo. Se é o que você deseja, não deixe de conferir o nosso Simulador de Contas Digitais!
Por fim, caso você tenha alguma dúvida ou sugestão, basta deixar um comentário!