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Quanto custa morar sozinho?

Morar sozinho no nosso país está se tornando uma experiência cada vez mais tardia. Segundo dados de 2016 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a convivência entre pais e filhos de 25 a 34 anos chegou a 25,3%. Ou seja, 1/4 dessa população ainda vive com os pais.

Algumas hipóteses podem explicar esse fato. A primeira é a de que fica muito difícil conciliar estudo, trabalho e tarefas domésticas. Junto com isso vem o anseio cada vez maior de prolongar os anos de estudo. Até porque quem estuda geralmente consegue trabalhar menos horas semanais do que a pessoa que só trabalha, e esse salário não é capaz de sustentar uma casa. Uma prova disso são dados do próprio IBGE que mostram que pessoas da mesma idade que ainda vivem com os pais têm escolaridade maior: 35,1% com ensino superior incompleto ou nível mais elevado, enquanto entre as pessoas que moram sozinhas a taxa é 20,7%.

todas as despesas e gastos para saber quanto custa morar sozinho

O erro que muitas pessoas cometem é pensar que manterão o mesmo padrão de vida da casa dos pais. Algumas vezes pode ser sim que o padrão se mantenha, mas o que ocorre geralmente não é isso. É completamente normal haver algumas mudanças de hábitos e de orçamento, afinal, a pessoa está apenas “começando” sua vida.

Sabemos que esse é um passo difícil, mas necessário em algum momento da vida. Se você acha que sua hora de sair de casa chegou, conta com a gente para te ajudar nisso! Vamos te mostrar tudo o que você precisa saber ao longo desse texto.

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1) Se Planejar 

saiba quanto custa morar sozinhoO primeiro passo e mais importante é se planejar. Segundo uma pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), 8 em cada 10 pessoas que moram sozinhas não se planejaram financeiramente para isso. Morar sozinho envolve gastos que muitas vezes nem imaginamos, e você precisa estar preparado para todos eles.

Nos primeiros meses da mudança, além dos gastos fixos que você terá todo mês (que serão especificados mais a frente), você deve se preparar para gastos com móveis, eletrodomésticos, roupa de banho e de cama, utensílios de cozinha e etc. Entretanto, se no seu orçamento não cabem todos esses gastos, não se desespere. Você pode se mudar apenas com o que é necessário e ir adquirindo os outros bens aos poucos. Além disso, vale sempre procurar por esse tipo de bem em bazares ou com conhecidos que planejam se desfazer de alguns.

Se você é uma daquelas pessoas que no fim do mês não sabe onde foi parar o salário, sugiro que comece a planejar e organizar suas finanças. Isso é mais fácil do que parece, e existem alguns aplicativos gratuitos que podem te ajudar, como o Guia Bolso, Money Lover e MoneyWise. Eles categorizam todos os seus gastos, e te ajudam a monitorá-los e a planejá-los. Além disso, temos aqui no blog artigos sobre o assunto, como o que explica o método 4A de controle de orçamento doméstico.

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2) Analisar o imóvel

É importante analisar o estado de conservação que o imóvel se encontra, caso não seja novo.  Gastos com troca de piso, pintura de parede, novos armários, troca de metais desgastados, lâmpadas velhas, etc podem representar boa parte do orçamento de quem pretende se mudar. No caso de seu dinheiro não ser suficiente para todas essas mudanças, foque nas essenciais e deixe as adiáveis para depois. É importante analisar todos os detalhes do lugar onde você pretende morar, como o funcionamento de tomadas e risco de possíveis infiltrações.

Além disso, é importante olhar a área de lazer do prédio, no caso de apartamentos. Se você não for utilizá-la, vale mais a pena escolher um apartamento com uma área comum bem simples, o que barateia o condomínio.

2) Escolher o lugar ideal para morar sozinho 

Seja para comprar ou alugar um imóvel, você deve fazer a escolha certa. Se você vai morar sozinho, não tem porque escolher um lugar muito grande. Ele provavelmente iria ser mais caro e despender mais trabalho com organização e limpeza.

Além de escolher o apartamento ideal, ele deve também se localizar no lugar ideal. Faça as contas: às vezes vale mais a pena escolher um lugar perto de onde você trabalha, mesmo que seja mais caro, para que você economize o dinheiro do transporte e o tempo perdido se deslocando. Quando a diferença de preço entre um apartamento em um bairro central e outro em um bairro distante é pequena, geralmente vale a pena. Se você vai de ônibus, faça as contas dos seus gastos com passagem. Se vai de carro, coloque nas suas contas, além da gasolina, gastos com estacionamento e rotativo. Isso tudo pesa bastante no fim do mês quando o orçamento é apertado.

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3) Categorizar seus gastos

É importante que você saiba que existem gastos que devem ser priorizados, que são aqueles fixos. Eles são essenciais, e por isso não podem ser reduzidos substancialmente. Depois de descontar esses gastos do seu orçamento, ainda deve sobrar uma boa quantia para seus gastos opcionais e supérfluos. Quando o dinheiro estiver faltando e você precisar cortar gastos, você deve escolhê-los dentre os supérfluos, e não os fixos.  Além disso, você deve possuir um fundo destinado aos gastos não previstos, emergências.

     3.1) gastos prioritários:

 

Gastos com o imóvel:

Aluguel/ prestação do financiamento, condomínio, IPTU e taxa de incêndio. Esses são, geralmente, os maiores gastos de alguém que está indo morar sozinho agora. Por isso, não assuma um compromisso de compra ou aluguel sem antes ter certeza que seu orçamento comporta esse gasto. É bom lembrar que para alugar um imóvel você geralmente precisa de um fiador ou seguro fiança. Quer saber qual vale mais a pena? Confira nosso post de seguro fiança x fiador!

Mercado:

Nessa categoria você considera alimentos, produtos de limpeza, de higiene pessoal e etc. O ideal é sempre fazer uma listinha de compras e tentar ao máximo segui-la. Isso evita, além de gastos altos, o desperdício de alimentos que não serão consumidos dentro do prazo de validade.

Luz e água:

A energia é um setor que frequentemente sofre aumentos, portanto é sempre bom tentar manter ao máximo as luzes apagadas, aparelhos como ar condicionado desligados, diminuir o tempo no banho quente e etc. Temos um artigo aqui no blog que te mostra quanto você gasta com cada aparelho elétrico, o que pode ser bem útil para seu planejamento. Caso você queira economizar ainda mais com energia, que tal tentar utilizar a energia solar? Nosso post te mostra se a instalação dos painéis fotovoltaicos vale a pena para você ou não!

Saúde:

Para alguns essa categoria se encontra nas emergências, e para outros nos gastos fixos. Se você faz questão de um plano de saúde, precisa comprar um remédio regularmente, ou fazer consultas mensais, esse é um gasto fixo e prioritário para você. Caso contrário, ele se encontra em gastos emergenciais com eventuais consultas e exames. Quer saber como economizar nas consultas e exames? Confira nosso post sobre clínicas populares!

     3.2) gastos secundários

 

Internet/ telefone/ televisão:

Apesar de atualmente esse ser um gasto que parece essencial, ele não deixa de ser supérfluo. Se você precisar cortar um gasto, entre o plano de TV e os da alimentação, por exemplo, você certamente cortará o primeiro. Se não cortar, você pelo menos tentará trocar por um plano mais barato.

Quer saber se seu plano de telefonia é o ideal para você ou se você poderia estar pagando menos pelo serviço? Confira nosso post! É inclusive bom ressaltar que planos que antes pareciam bem vantajosos, que incluíam, por exemplo, canais de TV fechada e telefone fixo, hoje já não valem a pena: não são todas as pessoas que utilizam esses dois serviços hoje em dia.

Lazer:

Essa categoria inclui academia, esportes, além de gastos em restaurantes no fim de semana, cinema, teatro, festas, shows, etc. Vale também incluir os gastos com cuidados pessoais como: gastos com salão de beleza, compras, procedimentos estéticos e etc.

     3.3) emergências

O recomendado é que se tenha guardada uma quantia equivalente a pelo menos 3 meses de despesas para emergências. Esse dinheiro deve ser deixado em algum lugar que ofereça total liquidez, e que, de preferência, ofereça também algum rendimento. Nosso Ranking de Investimento em Renda Fixa te mostra as melhores opções com liquidez diária e baixo risco:

Quer encontrar as melhor opções de investimento? Acesse nosso Simulador de Investimento 

4) Ser realista

quanto custa morar sozinhoNa hora de fazer seu orçamento é muito importante não tirar os pés do chão. É bom lembrar que os seus gastos com moradia não podem dominar completamente seu orçamento, eles devem ser no máximo 30% de tudo que você ganha. Segundo uma pesquisa do IBGE, os brasileiros, em média, gastam 16,1% da sua renda na alimentação. Portanto, ao se planejar lembre-se que seus outros gastos deverão estar inseridos em aproximadamente 54% do que você ganha. Ou seja, se sua renda é de R$3000, seus gastos devem se dividir, aproximadamente, em R$900 de moradia e R$483 de alimentação. Todo o resto deve caber nos R$1617 restantes.

Por fim, vale dizer que se você perceber que seu orçamento não é suficiente para morar sozinho mas você deseja alcançar sua independência e sair da casa dos pais, que tal procurar um parceiro para compartilhar o apartamento ou a casa? Se você o fizer, algumas das despesas serão divididas, o que já é uma economia e tanto.

5) Economizar no que pode para morar sozinho

Toda economia que você conseguir fazer é válida! Não digo isso no sentido de fazer economias porcas, porque tem barato que sai caro. Falo isso no sentido de que mesmo pequenas economias já fazem muita diferença, quando somadas no fim do mês. Há sempre formas de economizar dinheiro nas contas de casa, vale a pena atentar-se a elas.

Caso você tenha mais alguma dúvida, pode deixar nos comentários que a gente te ajuda!

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