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Financiamento imobiliário: amortizar ou não?

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“Quitinete de um quarto que eu comprei a prestação
pela Caixa Federal, au, au, au,
eu não sou cachorro não.”
(Raul Seixas, “É fim de mês”)

Muito já foi falado aqui no blog sobre financiamento imobiliário. Comentamos antes sobre o tema de hoje,  amortização do saldo devedor do financiamento. Trago um exemplo particular de um amigo que me pediu conselho. Há aproximadamente 4 anos ele financiou R$ 210 mil em 30 anos. A prestação inicial era de cerca de R$ 2 mil, sendo que menos de R$ 600 eram amortização, o restante eram juros, seguros, encargos etc.

Daí se vê que o financiamento imobiliário não é exatamente um excelente negócio, do ponto de vista financeiro. Paga-se uma carga imensa de juros, principalmente no início de contratos longos – nesse exemplo, a amortização representava 30% do valor da parcela, o restante eram custos financeiros. Mas, muitas vezes, é o negócio possível para quem quer ter seu imóvel próprio. Não é meu objetivo julgar o negócio em si, e sim opinar sobre o que se pode fazer agora, nesse caso.

O saldo devedor do financiamento atualmente é de R$ 180 mil, e é corrigido mensalmente pela TR. A prestação mensal, decrescente, está em R$ 1.800. A taxa de juros efetiva é de 9,6% ao ano. Para conceder essa taxa, o banco exigiu a contratação de cartão de crédito e abertura de conta corrente, ao custo mensal de R$ 30.

Meu amigo tem R$ 100 mil poupados em uma aplicação de baixo risco e alta liquidez, que rende 9% ao ano, já descontado o Imposto de Renda. Ele é financeiramente estável e disciplinado, consegue poupar mensalmente cerca de R$ 1 mil. A dúvida dele é se deveria usar a poupança para amortizar o financiamento.

O raciocínio básico é o seguinte: se os juros do financiamento são maiores que a remuneração das aplicações, compensa amortizar. O banco oferece duas modalidades de amortização: diminuir o valor da prestação ou antecipá-las. Se a prestação está comprometendo o orçamento familiar, a melhor opção é a primeira; se a pessoa tem uma quantia de dinheiro guardada e não vê uma boa opção de investimento, ou não quer correr o risco de gastá-lo, a melhor opção é a segunda.

Caso ele estivesse com o orçamento familiar apertado, a amortização de R$ 100 mil para diminuir o valor da parcela lhe traria um alívio de aproximadamente R$ 900 por mês, pois o valor da prestação cairia praticamente pela metade.

A outra opção, mais indicada no caso dele, que é uma pessoa disciplinada e com orçamento equilibrado, é a antecipação de parcelas. Com os mesmos R$ 100 mil, ele anteciparia aproximadamente 170 prestações, ou seja, mais da metade das parcelas restantes no contrato de financiamento dele.

A minha conclusão é a de que, na atual situação, ele não deve ficar ansioso para amortizar. É uma pessoa disciplinada, com orçamento equilibrado, tem um financiamento com taxa de juros não tão alta e uma aplicação com remuneração razoável. Com isso, a descapitalização para amortização não faz muito sentido.

Como eu disse, este é um exemplo bem particular. Para o leitor que tem financiamento, sugiro que faça uma análise detalhada da sua estrutura de endividamento e investimento, para tomar a melhor decisão. Está com dúvida? Entre em contato, fale do seu caso, talvez possamos ajudar. Se preferir, use nossa calculadora abaixo e simule você mesmo o resultado de amortização por prazo ou parcela!

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Atualização: Para tornar mais rentáveis suas aplicações financeiras, recomendo que visite também o nosso comparador de investimentos clicando aqui!

508 Comentários

  • Foto perfil

    Boa noite Ewerton.
    Adorei esse site, descobri hoje por acaso e estou lendo de tudo por aqui, hahaha.
    Estou com uma dúvida imensa, espero que possa me ajudar.
    Estou pra comprar um apartamento e possuo mais de 50% do valor de imóvel para dar de entrada.
    Pretendo reformar e mobiliar o imóvel o quanto antes para morar, ao meu ver tenho algumas opções, mas não consigo definir qual seria o melhor plano de ação com juros de 7,85% a.a. + TR%. As opções que eu acredito que tenho:
    1) Dar o mínimo de entrada e pagar em 30 anos, mobiliar e reformar com o restante do dinheiro (que iria provavelmente sobrar).
    2) Dar o máximo de entrada e pagar em 30 anos, abrir outro crédito pra mobiliar e reformar. Nessa situação, a parcela passaria de 1/3 do meu salário para 1/5.
    3) Dar o máximo de entrada e pagar em 15 anos, abrir outro crédito pra mobiliar e reformar. Nessa situação, a parcela passaria de 1/3 do meu salário para 1/4.

    Em todos os casos, pretendo ir amortizando ou reduzindo o valor da parcela a cada 2 anos com o FGTS + Poupança.
    Espero que possa me ajudar a entender melhor minhas opções para definir qual seria a melhor ou que possa me sugerir uma alternativa.
    Não sei se ficou confuso a forma que apresentei.
    De qualquer maneira, agradeço desde já o seu retorno.

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      Olá, Thiago, que bom que você gosta do nosso blog! Particularmente, também gostei muito da sua mensagem, te agradeço por ela.

      Achei interessantes seu plano e a forma como você expõe suas opções. De tudo isso que você falou, o número que me chama a atenção é a taxa de juros: 7,85% + TR.

      Estamos falando de um cobertor curto (o dinheiro que você tem guardado), que deverá servir para cobrir o apartamento em si e a reforma/mobília. A parte que ficar descoberta você vai cobrir com uma operação de crédito, certo?

      Dificilmente você encontrará crédito para reformar e mobiliar mais barato que os 7,85%+TR do financiamento. Sendo assim, no seu lugar, eu optaria pela opção 1: daria o mínimo de entrada, ajeitaria as coisas e depois avaliaria quanto dinheiro sobrou e o que eu faria com ele (amortizar ou aplicar).

      Aliás, foi exatamente o que eu fiz quando financiei meu apartamento…

      Abraço!

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    Olá Ewerton.
    Tenho um financiamento imobiliário pela caixa sistema sac, financiei 148.000,00 em 360 meses.
    Hoje faltam 99.700,00 149 parcelas, próxima parcela é de 1.499,00 taxa adm 25,00 seguro de 58,00 taxa de juros 10,0262%.Minha mae tem 90.000,00 aplicado em LCI a uma taxa contratual de 82,81% do DI que hoje está em 14,14%.
    Eu gostaria de pegar estes 90.000,00 dela e mais 9.700,00 do que tenho guardado e quitar a caixa e pagar para ela os juros que ela recebe da aplicação. Será que compensa com a taxa atual,e você acha que a selic vai subir mais?
    Um abraço e parabéns pelas explicações.

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      Antônio Carlos, obrigado pela sua mensagem.

      Seu financiamento já é bastante antigo, a taxa de juros não é baixa. Portanto, o Custo Efetivo Total (CET) já deve estar beirando os 11% ao ano. Sua LCI está em 11,74% ao ano. Portanto, a diferença é pouca. Levando em conta que o CET vai aumentando com o tempo (porque os seguros e taxa de administração não caem, pelo contrário), no seu caso, amortizar ou mesmo quitar o financiamento não é uma ideia ruim. Por enquanto, eu diria que está quase empatando com a aplicação.

      Eu não acho que a Selic vá subir mais, mas a TR, que corrige seu saldo devedor, é algo que não deve ser desprezado. É mais um motivo para pensar na quitação.

      Então, no seu lugar eu estudaria uma forma, sim, de compor um empréstimo de mãe para filho para ficar livre desse financiamento.

      Se tiver mais alguma dúvida, entre em contato. Abraço!

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    Bom dia Ewerton, gostaria de uma ajuda sua.
    Tenho um financiamento imobiliário pelo BB.
    Valor contratado foi de 200.000, tabela SAC (SHF), pós fixada. estou na 23 parcela, e meu saldo ainda esta em 190.000, porem deveria estar em 184.666,8
    O valor da parcela é dividido em Juros, amortização (666,66), seguros e taxas.
    Atualmente vem se aplicando o Juros Pós fixados conforme a TR. porem minha dúvida é: como dever ser cobrado esses juros? No meu caso estão debitando da minha amortização, se neste mês o juros TR deu 0,18% do meu saldo devedor, seria em torno de 350,00 reais, e com isso o banco esta me amortizando apenas 316,66. Isto é certo?
    Penso, como ficará a amortização mais para frente? o tempo de parcelas e os valores. Será que a tabela SAC foi a melhor escolha? é possível mudar e vale a pena?
    Gostaria muito sa sua opnião.
    Agradeço desde ja, e parabéns pelo blog.

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      Oi, Karine, agradecemos pela sua mensagem.

      Infelizmente, está correto, sim. O saldo devedor é atualizado mensalmente pela TR. Assim, a cada mês o saldo diminui um pouco (a amortização mensal), mas também aumenta um pouco (a correção pela TR).

      Mas, a menos que a TR dispare, esse quadro tende a melhorar com o tempo. O valor da amortização é reajustado a cada 12 meses (pelo menos na Caixa é assim, no BB eu confesso que não conheço os detalhes). E o saldo devedor vai caindo a cada mês. Com isso, essa diminuição real do saldo (que hoje é R$ 316,66) tende a ficar maior.

      Geralmente os bancos que trabalham com os sistemas SAC e Price não permitem a migração de sistema durante o financiamento. Eu, particularmente, prefiro o SAC. O meu financiamento, inclusive, é SAC.

      Se tiver mais alguma dúvida, entre em contato. Abraço!

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    Olá Ewerton.

    Recentemente comprei um AP na planta. Está previsto para entrega em 2017. Fiz um financiamento no banco e todo mês pago o valor de R$ 540,00 + taxa de obra que todo mês oscila. Queria muito antecipar essas parcelas de R$ 540,00, porém o banco me disse que preciso esperar a obra terminar para antecipar algo. Porque essa taxa oscila bastante.
    Mas no site da construtora eu posso gerar um boleto do mês seguinte e pagar. Não tem o que possa fazer? Nenhuma saída para antecipar essas parcelas e depois ir pagando somente a taxa da obra até acabar a construção do imóvel?

    Aguardo resposta.
    Muito obrigada.

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      Prezada Fabíola, obrigado pela sua mensagem.

      Essas situações são bastante particulares, variam de contrato para contrato. Especialmente essa, que envolve uma construtora e um banco. Seria necessário ver atentamente o que diz o contrato a respeito de antecipações de pagamento.

      Pelo que conheço, a possibilidade de gerar o boleto do mês seguinte deve estar condicionada a algum acerto posterior, caso se faça necessário.

      Infelizmente, sem conhecer os detalhes do contrato eu não posso arriscar uma opinião.

      Se quiser nos passar mais alguma informação, por exemplo, em relação a esses R$ 540 (como eles são reajustados?) e ao prazo do financiamento, talvez possamos sugerir alguma alternativa para você proteger seu dinheiro enquanto não consegue antecipar os pagamentos.

      Abraço!

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    Prezado Ewerton,

    por favor,

    1) qual é a taxa de desconto que se deve aplicar em uma amortização de financiamento imobiliário com taxa prefixada e tabela SAC?

    2) o que se deve ser feito quando o banco não aplicar a taxa de desconto na amortização?

    Obrigado e parabéns pelo site.

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      Aldo, obrigado pela mensagem.

      Não sei se entendi bem sua pergunta. E não sei se você sabe como funciona a amortização.

      O raciocínio básico de um empréstimo, geralmente, é o seguinte: você tem um saldo devedor, uma taxa de juros, um prazo e, depois de fazer os cálculos, tudo isso gera uma prestação mensal. Quando você amortiza, você vai diminuir o saldo devedor, a taxa de juros é mantida, e aí, ou você diminui o valor da prestação, ou diminui o prazo.

      Vamos a um exemplo prático. Olhe no boleto ou extrato do seu financiamento o que consta como saldo devedor. Vamos supor que seja R$ 120 mil. Se você vai fazer uma amortização extraordinária de R$ 40 mil, o banco vai simplesmente abater uma coisa da outra, isto é, R$ 120 mil menos R$ 40 mil, resultando em um novo saldo devedor de R$ 80 mil.

      Caso o banco deixe de cumprir qualquer cláusula, você pode fazer a queixa no Banco Central do Brasil (o telefone é 145) e procurar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon ou o Juizado de Pequenas Causas.

      Abraço!

      Ewerton

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        Ola’, Ewerton

        quanto `a negociaçao de um possível desconto, tendo em vista o quadro econômico brasileiro. Digamos que faltam 130.000 para pagar o imóvel em um prazo de 10 anos, e’ possível buscar uma quitação do imóvel a 120.000 `a vista? Que tipo de proposta posso fazer ao banco?

        Obrigada e Feliz 2016

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          Christie, obrigado pela sua mensagem! Feliz 2016 para você também!

          Olha, eu confesso que não tenho ouvido falar que bancos estejam dando desconto para quitação integral. Veja bem, não estou falando que eles não dão, apenas que eu não estou a par disso. Negociação não é meu forte, me desculpe.

          Se eu tivesse R$ 120 mil poupados, e um saldo devedor de R$ 130 mil, eu aplicaria o dinheiro. Em menos de 1 ano teria o dinheiro suficiente para a quitação. E aí, SE eu iria quitar, dependeria da taxa de juros do financiamento e do rendimento da aplicação.

          Abraço!

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    Ewerton,

    Estou com uma duvida seríssima. Tenho um financiamento habitacional no valor de R$ 130 mil de saldo devedor, como prestações de aproximadamente R$ 2220, com as taxas do seguro. A amortização é de R$ 1.300 e o juros de R$ 845. Falei com a caixa e me falaram que o CET é 7.699 % (achei muito baixo, é isso mesmo?). Então, não sei o que fazer, vou receber R$ 50 mil e não sei se amortizo no prazo final do contrato ou se invisto?

    • Foto perfil

      Marcello, obrigado pela sua mensagem.
      A partir das informações que você me passou, no seu lugar eu investiria o dinheiro. Com R$ 50 mil você consegue uma aplicação segura, líquida e com rendimento maior que a taxa de juros do financiamento, mesmo descontando o Imposto de Renda. Como o CDB, por exemplo.

      Abraço!

      Ewerton

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    boa tarde tenho um financiamento de 360 meses valor do financiamento 130498,17 taxa de juros nominal 6,66 efetiva 6,8671 a primeira parcela do financiamento vem em dezembro no valor de 1138,46 o sistema de amortização é o SAC tenho 30000 que recebi do acerto do fgts e mais 30000 em aplicações de renda fixa em outro banco gostaria de uma opinião qual a melhor maneira de utilizar o dinheiro para amortizar

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      Jean, obrigado pela sua mensagem.

      Se você foi demitido, então esses R$ 30 mil do FGTS estão livres, certo? Nesse caso, poderíamos considerar que você tem R$ 60 mil de recursos próprios.

      A taxa de juros do seu financiamento são relativamente baixas, e ele está bem no início. Com R$ 60 mil você consegue investimentos seguros e líquidos, com rendimento bem maior que essa taxa de juros, mesmo descontando-se o Imposto de Renda.

      Sendo assim, no seu lugar eu manteria o dinheiro aplicado e iria pagando o financiamento mês a mês. Acho mais prudente e financeiramente mais vantajoso.

      Abraço!

      Ewerton

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    Bom dia Ewerton,
    Tenho um imóvel financiado por 25 anos. Hoje o saldo devedor está em trone do 90 mil. Pagamos 1245 de prestação mensal. Só de juros, são 622 em cima desse valor. Tenho em torno de 15 mil na poupança que acredito não render quase nada, visto que mexo nesse dinheiro sempre que quero fazer alguma aquisição a vista. Todo ano fico na dúvida se vale a pena ir amortizando ou não, e qual o valor eu deveria usar para amortizar (5, 10, 15mil…). outra dúvida é se reduzo as parcelas ou o valor das prestações. Eu sempre pago todas as minhas contas a vista para não pagar juros. O juros que sempre pago é desta prestação. O que devo fazer?

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      (Respondido por e-mail em 05/11/15)

      Suelen, obrigado pela sua mensagem.

      Antes de qualquer coisa, quero dizer que a poupança, hoje em dia, não é um bom investimento. Recentemente publicamos aqui no blog uma série de 3 textos, com sugestões de investimentos mais rentáveis, e tão seguros quanto a poupança.

      Quanto a se compensa ou não você amortizar, eu precisaria de mais informações, como a taxa de juros nominal contratada, a data do início e o valor original do financiamento.

      Se puder e quiser, entre em contato novamente e te darei uma resposta mais concreta.

      Abraço!

      Ewerton

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    Caro Ewerton, boa tarde!

    A caixa oferece para o cliente abater no saldo devedor em qual periodo? Exemplo,
    tenho uma prestação de 1.400,00 e aluguei meu imovel por 2.400,00 posso pegar esses
    1.000,00 que sobra após o pagamento da parcela para abater no saldo devedor todo mês após o pagamento da parcela?

    Grato,

    • Foto perfil

      Marcelo, obrigado pela sua mensagem.

      A cláusula de amortizações extraordinárias da maior parte dos contratos não fala em período, ou seja, é permitido fazer amortizações todo mês.

      O problema é que, na MINHA experiência própria em amortizar financiamento na Caixa, eu precisei ir à agência, procurar a gerente, assinar um termo e pagar o boleto no caixa. Ou seja, deu um pouco de trabalho. Eu não sei se seu gerente te arranjaria uma forma mais fácil de fazer isso.

      De toda forma, se não for possível facilitar, e se você não estiver disposto a ir à agência todos os meses, você pode ir guardando esses R$ 1000 todo mês em uma boa aplicação e, de tempos em tempos, fazer a amortização. Aliás, essa opção, além de ser mais prática, pode ser financeiramente mais vantajosa.

      Abraço!

      Ewerton

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    Éwerton, estou recebendo um apto no valor de R$ 1.000.000,00 e preciso financiar o saldo devedor que é de R$ 500.000,00. Pela construtora o juros é de 12% ao ano + IGPM (prazo máximo 72 meses). Pelo financiamento bancário posso pagar até 360 meses com juros mensais de 10,9% ao ano + TR. Para financiar pela construtora terei além das parcelas mensais + 10 semestrais grandes. Mas, tenho um imóvel de aproximadamente R$ 200 mil que está a venda e assim que vendê-lo pretendo amortizar a dívida. O que é melhor? optar pelo financiamento bancário e ir amortizando o saldo devedor com alguns recebimentos extras e/ou tbm quando conseguir vender este imóvel?

    • Foto perfil

      Laura, obrigado pela sua mensagem!

      No seu lugar, eu optaria pelo financiamento bancário. Os juros são menores, o índice de correção é menor (TR, em vez de IGPM), o prazo é maior, e não tem parcelas semestrais grandes.

      E, como você mesma disse, ir amortizando o saldo com recebimentos extras e com o dinheiro da venda do imóvel. Ou, mesmo, guardando o dinheiro na aplicação até ser suficiente para quitar.

      Abraço!

      Ewerton

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    Prezado Ewerton,

    Estou com uma dúvida: fiz um financiamento do meu imóvel em 2009 e fui amortizando ao longo do tempo. Hoje o saldo devedor é de R$39.880,00 e faltam 84 prestações. A prestação agora é de R$886,19 (juros de R$306,30, amortização R$468,04, seguro R$86,85 e taxa adm R$25,00). Taxa de juros de 10,026%.Tenho R$30.000,00 no CDB e tenho previsão de receber R$50.000,00 em março/2016. O valor da prestação está tranquila no orçamento no momento, mas ano que vem tem escola do meu filho para pagar e vamos ficar um pouco apertados. Devo mexer no meu CDB para amortizar pelo menos R$15.000,00, para não descapitalizar total, e ficar mais folgada no orçamento do inicio do ano? Ou é melhor ficar no “aperto” até entrar os R$50.000 e quitar?
    Muitíssimo obrigada desde já!!!

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      Ahhh, Ewerton! Tenho a opção tb de quando receber os R$50.000,00, amortizar apenas uma parte do financiamento (reduzindo o valor da parcela) e aplicar o restante no CDB. O que sobrar no mês vou juntando para quitar, mais na frente. O que acha? Que dilema… Rsrsrsrsrs

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        Ei, Juliana.

        Como eu disse na resposta anterior, seu financiamento é um pouco antigo, o seguro é um pouco alto em relação à prestação. Ou seja, está ficando um pouco caro. Acho que aquele seu plano é bom: quitar uma parte agora (uns R$ 15 mil, talvez), diminuindo o valor da parcela. E, quando receber os R$ 50 mil, quitar o resto.

        Abraço!

    • Foto perfil

      Juliana, obrigado pela sua mensagem.

      Seu caso é um pouco diferente da maioria dos que tenho analisado aqui. Seu financiamento é um pouco mais antigo (2009) e o valor do seguro e da taxa de administração é um pouco mais alto, em relação à parcela.

      Sendo assim, no seu lugar, eu amortizaria os R$ 15 mil agora e o restante em 2016.

      Abraço!

      Ewerton

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    Primeiramente, meus parabéns pelo site, Ewerton, é excepcional e singular na rede!

    Bem, tenho um dúvida, li para ver se já haviam perguntado, mas aparentemente não.

    Irei financiar 75 mil reais pelo BB, modalidade consignada para servidor, taxa de 1,99% ao mês e tabela price.
    O gerente me ofertou duas opções:
    em 96 parcelas a aproximadamente R$ 2038,00 fixos por mês
    em 48 parcelas a aproximadamente R$ 2390,00 fixos por mês.

    Embora a opção de 96 parcelas seja evidentemente um montante maior a ser pago ao banco, ele me disse que muitas pessoas tem optado por este financiamento com maior duração, pois onera menos o cliente mensalmente e, caso ele opte por amortizar eventualmente o prazo com a finalidade de quitar a dívida em até 48 meses, o montante a ser pago será igual ao financiamento de 48 meses.

    Como há muito cálculo envolvido e sou leigo no assunto, realmente fiquei na dúvida, então eis as perguntas:

    1) caso eu opte pelo financiamento de 96 meses e ir amortizando quando tiver disponibilidade financeira, se até em 48 meses eu tiver pago (com a soma das parcelas + amortizações) o mesmo montante que pagaria no financiamento em 48 meses, a dívida realmente será quitada? Existe algum engôdo por trás disso?

    2) Você criticou o seu amigo no início do post, mas preciso desse valor de imediato para pagar a reforma da casa, existe outra alternativa viável?

    Muito obrigado e forte abraço!!

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      Prezado Diogo, muito obrigado pela sua mensagem e pelos elogios. Ficamos felizes com seu reconhecimento.

      Rapaz, esses números que você passou estão corretos? Fiz uma simulação aqui e os cálculos não coincidiram. R$ 75 mil, em 96 parcelas de R$2038 significam 2,45% de juros. Já em 48 parcelas de R$ 2390 significam 1,89%. Não sei se entendi algo errado, peço que me confirme as informações.

      Mas vamos adiante, mesmo assim.

      1) O raciocínio básico de um empréstimo, geralmente, é o seguinte: você tem um saldo devedor, uma taxa de juros, um prazo e, fazendo os cálculos, tudo isso gera uma prestação mensal. Quando você amortiza, evidentemente o saldo devedor diminui, a taxa de juros é mantida, e aí, ou você diminui o valor da prestação, ou diminui o prazo.

      Por isso, não me parece muito correto (e nem creio que o banco vai aceitar) esse seu raciocínio de, caso opte pelo prazo de 96 meses, daqui a algum tempo somar as prestações pagas, mais as amortizações, para ver se daria a soma das parcelas em 48 meses. Nas parcelas que você já pagou, estão incluídos as amortizações mensais e os juros. Você estaria somando valores de diferentes naturezas, em diferentes épocas, em diferentes condições.

      O correto é você ler com muito cuidado o contrato, especialmente nas cláusulas sobre amortizações. E conversar com o gerente, se possível pedir uma simulação por escrito. A pergunta-chave que você deve ver respondida é: “Caso eu amortize parte do saldo devedor, o que vai diminuir? O prazo remanescente ou o valor da prestação?”.

      Aí, sim, você vai poder bolar uma estratégia para quitar o empréstimo. Muita gente faz isso, toma crédito a um prazo maior, para diminuir a prestação, e quita antes do prazo contratado. Se for o caso, procure uma consultoria especializada. Muitas vezes vale a pena, é um pequeno investimento que você faz, que pode economizar um bom dinheiro.

      2) Li e reli o post, e não reconheci uma crítica ao meu amigo. Pelo contrário! Eu disse apenas que o financiamento não é um excelente negócio, sob o ponto de vista estritamente financeiro, mas que, muitas vezes, é o negócio viável.

      Eu mesmo tenho um financiamento imobiliário, que contratei em 360 meses.

      E, a exemplo do que eu falei no final da resposta anterior, eu pretendo quitar em menos de 6 anos.

      Depois conte para nós o desenrolar dessa história. Repito: confira os números que você passou e, se quiser e puder, entre em contato novamente.

      Abraço!

      Ewerton

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    Olá, tenho um financiamento pela caixa, pela tabela price, saldo devedor de R$97840,00, taxa de juros de 4,5% ao ano, estou na parcela 25, pago atualmente R$528,00, lá aparece amortização R$132,25, juros R$360,00. Porém, o saldo devedor vêm aumentando cerca de R$100,00 ao mês nos últimos 2 meses, o que poderia ser? Se eu dar R$20000,00 para amortizar a dívida seria uma boa saída?? obrigado por tirar nossas dúvidas.

    • Foto perfil

      André, obrigado pelo seu comentário.

      Isso acontece devido à correção do saldo devedor pela TR. No sistema Price, a parte da prestação mensal direcionada para amortização (atualmente em $132) começa baixa e aumenta a cada mês, até que, no último mês, ela é igual ao valor total da parcela. Por isso, no início do financiamento, o saldo devedor diminui muito lentamente. E, com a TR em alta, pode acontecer de a correção do saldo devedor ser maior que a amortização.

      Se for possível você fazer uma amortização diminuindo o prazo, vai diminuir esse efeito, porque as amortizações vão ficar um pouco maiores, e seu crescimento vai ser mais acelerado. Creio ser a melhor solução, dentro do sistema Price.

      Abraço!

      Ewerton

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    Olá!
    Gostaria de saber se vale a pena ir amortizando meu financiamento imobiliário de 8,5% de juros ao ano. devo 19 mil e tenho valores aplicados em CDI, porém o CDI está com rendimento médio de 0,7 ao mês. Lembrando q além dos juros sobre juros q a CAIXA me cobra, pago seguro e taxas administrativas da conta corrente, dentre outras taxas do financiamento. Vale a pena amortizar ou continuar aplicando o dinheiro?
    Obrigada!

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      Dúnia, obrigado pela sua mensagem.

      Estou achando muito baixo o rendimento dessa sua aplicação. Se você conseguir uma com rendimento melhor, dá para arcar com os custos do financiamento. Senão, compensa amortizar para conseguir quitar o quanto antes.

      Sugiro que você leia uma série de 3 textos que publicamos no blog. Pode te ajudar a escolher uma aplicação mais rentável.

      Mais alguma dúvida? Entre em contato.

      Abraço!

      Ewerton

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    Caro Ewerton, minha dúvida é cruel: Tenho casa própria e contratei um financiamento junto à caixa para comprar outro imóvel residencial porque à época achei um bom negócio, inclusive o imóvel valorizou 10 mil reais em um ano, mas odeio dívidas e isso está me consumindo, hoje acho que fiz um péssimo negócio. Contratei em 360 meses o valor de R$ 94.500, com juros de 8.78. As parcelas estão girando atualmente em cerca de R$ 920,00. Meu saldo devedor teórico atual é de R$ 92.391,05 isso com 15 prestações já pagas. Sou funcionária pública e tenho as contas em ordem, em condições de poupar cerca de R$ 25 mil ao ano sem sufoco, quantia essa que disponho atualmente em poupança. O que devo fazer? O valor da parcela não está sendo sufocante para o orçamento. Faz sentido abater o saldo devedor? Tenho a pretensão de quitar essa dívida em no máximo 5 anos e por isso queria saber se devo poupar para quitar de uma vez nesse prazo ou se devo ir diminuindo o saldo anualmente?? Help!!!!

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      Vitória, obrigado pela sua mensagem!

      Antes de qualquer coisa: Calma!

      Não odeie tanto assim as dívidas. Essa sua, por exemplo, não é uma dívida cara, nas atuais circunstâncias. Não tenha tanta pressa de pagá-la. Pelo que você descreveu, vai conseguir fazer isso antes do que imagina. Então, calma.

      No seu lugar, eu iria aplicando esse dinheiro poupado em algum investimento seguro, líquido e rentável. Que não seja a poupança, por favor. Sugiro que você leia uma série de 3 textos que publicamos no blog, sobre isso. Pode te ajudar a escolher uma aplicação mais rentável. O primeiro deles está aqui.

      Pelas minhas contas, fazendo isso, o saldo da sua aplicação alcançará o saldo devedor do seu financiamento em menos de 3 anos.

      Enquanto isso, relaxe. Você não paga conta de luz todo mês? E de celular, condomínio etc? Então, encare o seu financiamento como uma conta a mais, e não como uma dívida odiável, um pesadelo que te consome.

      E não fique olhando para o carnê e fazendo as contas (“paguei R$ 920 e meu saldo devedor diminuiu só R$ 200”). Olhando assim, dá raiva mesmo, e a impressão de que o negócio é péssimo. Mas não é bem assim. O negócio que você fez me parece bom. Juros e correção pela TR fazem parte do jogo. Mire no plano e vá vivendo em paz.

      Mais alguma dúvida? Entre em contato. Abraço!

      Ewerton

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