Nas duas últimas colunas, aqui neste espaço, tenho trazido reflexões que surgiram a partir da leitura do best-seller “Pais Inteligentes Formam Sucessores, Não Herdeiros”, do professor e pesquisador da área de inteligência Augusto Cury. Hoje, fechando a série, trouxe para a conclusão um fato real que aconteceu nesta semana, em sala de aula.
Conversando com meus alunos na faixa dos 10 e 11 anos, relatei que estou lendo esse livro muito interessante, que tem me feito refletir, indagar sobre minhas ações imediatistas e pautar minhas escolhas apoiadas no planejamento do meu futuro. Estas escolhas não tem sido fáceis e exigem esforço, constância e paciência.
Em meio a conversa, perguntei:
– Se vocês fossem ganhar um presente para fazer uma fogueira, prefeririam ganhar sementes ou ganhar a madeira cortada?
Que interessante o movimento que ocorreu na sala de aula naquele instante… Olhares curiosos, pensativos, sem compreender muito bem o que eu falava. Então li o seguinte trecho do livro:
“Há duas maneiras de se fazer uma fogueira, uma com madeira seca e outra com sementes. Os herdeiros preferem a madeira, pois querem resultados rápidos. Já os sucessores preferem as sementes, pois, plantando-as, sabem que terão uma floresta e nunca mais faltará madeira para se aquecer.”
Após a leitura, tornei à pergunta, mas de forma diferente:
– Vocês preferem madeira ou as sementes?
E a resposta de todos foi : sementes!
Continuei a conversa, muito oportuna, às vésperas de uma avaliação de História:
– Se muitos estão dizendo que preferem as sementes, quero que cada um pense consigo mesmo: qual é a minha semente hoje?
E, então uma das crianças respondeu:
– Professora, nossa semente é o estudo, o conhecimento!
Sim, sim e sim! Respondi muito entusiasmada: vocês são estudantes. Esta é a profissão de vocês: estudar! O maior investimento que você pode fazer hoje por você é adquirir conhecimento, utilizá-lo e se tornar uma pessoa sábia, capaz. A semente que você possui é o conhecimento e para adquiri-lo é importante estudar! Para colher grandes e frondosas árvores no futuro, há que fazer as coisas com muito esforço.
Então li mais um trecho da obra para eles:
“Sucessores usam o raciocínio complexo para pensar em diversas possibilidades e não apenas em uma opção. Lutam para não ser mentalmente preguiçosos e para não desperdiçar seus talentos”.
Neste clima animado de conversa, perguntas e respostas, lancei o desafio: dediquem, realizem, estudem, estudem e estudem. Adiantem a própria vida de estudante e formem o hábito do estudo. Esta é a maior oportunidade que vocês têm e a maior semente que possuem.
Qual não foi a minha surpresa, neste mesmo dia, já em casa, quando dois alunos por mensagem vieram me perguntar o nome do livro que eu li para eles. No dia seguinte, ao chegar à escola, um novo presente para a professora aqui: muitos resumos sobre a difícil e detalhada matéria que estamos estudando, feitos a partir do estímulo da conversa do dia anterior. Este hábito e este esforço diário possibilitam que eles adquiram um potencial intelectual para resolver conflitos, superar dificuldades e criar oportunidades.
Estudar o que se vive e viver o que se estuda. Educar é um exercício para toda a vida e é preciso inspirar ao educando a vontade de conhecimento. Tenha sede de conhecimento, busque-o e viva-o. Eis o melhor caminho que temos para colaborar na formação de mentes livres e brilhantes, em todos os campos da vida: pessoal, social, financeiro, espiritual para ter uma vida completa e equilibrada. Vamos praticar? Qual legado você está disposto a construir?
Muito bom, adorei as dicas!
Ficamos felizes que tenha gostado Otávio.
Apareça sempre.
Um abraço, Frederico