O que mais posso fazer compartilhando meus dados?

Quase sempre que ouvimos falar em Open Banking e Open Finance , o compartilhamento de dados está associado a processos bancários, como conseguir crédito e obter melhores ofertas, serviços financeiros mais seguros e transparentes.

E embora esse seja um ramo muito importante do Open Finance, nosso entrevistado de hoje, Leandro Pupe, Head of product operations da América Latina na Belvo, veio falar de outros horizontes a serem explorados pelo compartilhamento de dados!

Tal como usá-los na declaração de imposto de renda, para agilizar a papelada na compra de um carro, ou até mesmo para contratar um seguro!

Então, se você quer ficar por dentro das novas possibilidades e soluções do Open Banking, e como isso pode vir a te ajudar na prática, não perca esse episódio! Você pode escutá-lo em qualquer um dos players acima, assistir a gravação pelo nosso canal do Youtube!

Como a Belvo atua?

A Belvo, assim como a Klavi, é uma empresa facilitadora do compartilhamento de dados. 

Para ficar mais claro, imagine que você é um empresário e pretende abrir uma empresa que auxilie na gestão financeira de seus clientes.

Porém, cada cliente deve ter, em média, umas três contas, sem contar os que possuem dinheiro investido e previdência privada.

Imagina o trabalhão só para juntar todas essas informações, para só aí conseguir ajudá-lo na questão da gestão financeira.

Então, é aí que entra o papel da Belvo. Com a autorização do cliente, ela reúne todos esses dados, e fornece para a sua empresa, de “mão beijada”.

E quem é o público da Belvo?

Caso você seja um empresário e esteja pensando em implementar o Open Banking na sua empresa, será que a Belvo tem a melhor solução para você? 

Bom, caso a sua empresa seja do ramo de investimentos, gestão financeira, contabilidade ou empréstimo, os serviços da Belvo podem ser para você.

Isso porque o processo de coleta de informações será facilitado e você poderá focar apenas na área de atuação da sua empresa.

Compartilhamento de dados na prática, como é?

Como dissemos no início deste texto, um dos carros chefes do Open Banking é a facilitação do acesso à crédito, a partir do compartilhamento de dados.

Mas como o compartilhamento de dados funciona?

Bom, nosso entrevistado nos contou que um amigo dele vivia pedindo aumento do limite de crédito para o banco em que tinha conta, e nunca conseguia. E quando conseguia, era sempre abaixo do limite desejado.

Então, ele decidiu abrir uma conta digital, num banco que utiliza a Belvo. Ao abrir a conta, apareceu para ele a opção de compartilhar seus dados de uma conta para a outra, para que ele pudesse receber ofertas mais condizentes com sua vida financeira.

Então, ele topou compartilhar os dados, e logo conseguiu uma oferta de crédito melhor do que a anterior, isso sem que ele tivesse histórico nesse banco digital. 

Mas e além do crédito, como o compartilhamento de dados pode me ajudar?

Nessa seção iremos tratar de outras soluções trazidas pelo Open Banking, além das mais conhecidas, como oferta de produtos mais específicos com cada perfil.

1) Adiantamento de recebíveis

Suponha que você trabalhe realizando entregas, e possui cadastro tanto no Ifood, Rappi, Uber Eats e 99 entrega. Desse modo, você recebe o saldo do Ifood e do Rappi quinzenalmente, e o do Uber e do 99 mensalmente. 

Assim, está previsto para você receber R$1000 pelo Uber, R$700 pelo Rappi, R$600 pelo Ifood e R$800 pelo 99. 

Então, através das tecnologias da Belvo, você consegue compartilhar essas previsões de recebimento com o seu banco, ao passo que ele consegue te ofertar um adiantamento de recebível.

Ou seja, se ao final de 15 dias, você receber R$1700, e depois, ao final do mês, mais R$1400, o seu banco pode te ofertar, por exemplo, R$3100 hoje, para que você pague R$3.200 no final do mês. 

2) Bancarização com o compartilhamento de dados

Recentemente, uma pesquisa realizada pela Serasa, estimou que 4,6 milhões de pessoas sejam incluídas no mercado de crédito, e isso injetará aproximadamente R$760 bilhões na economia.

De acordo com a mesma pesquisa, ao combinar os dados do Open Banking com a tecnologia do Serasa Score, a população pode ser beneficiada com a ampliação do acesso ao crédito.

Isso porque, com os dados compartilhados, as empresas conseguem acessar mais clientes e os clientes conseguem ofertas mais atrativas, o que promete incentivar mais o mercado de crédito.

Então, caso você esteja precisando de crédito ou de um empréstimo, que tal conhecer o nosso ranking de empréstimo e procurar uma oferta boa para você? 

3) Seguros

Outra área que pode ser auxiliada pelo compartilhamento de dados é a dos seguros.

Imagine que você e a sua família, com muitas crianças, foram passar o dia no clube. Desse modo, seria interessante conseguir fazer um seguro contra acidentes, apenas para cobrir aquele dia, né?

Ora, no clube, provavelmente você terá uma carteirinha, ou uma pulseira que inclua seus dados. Assim poderia existir algum totem em que bastasse passar as carteirinhas, e realizar ali o pagamento, sem burocracia.

Atualmente parece algo irreal, justamente pelo fato do compartilhamento de dados estar mais restrito ao meio bancário. No entanto, as soluções que dele provém vão muito além disso.

4) Compra de carros

Outra situação em que o compartilhamento de dados pode ser útil, é no caso da compra de um carro e que costuma envolver muita papelada.

Então, suponha que você tenha sido contemplado em um consórcio para comprar um carro seminovo. Desse modo, quando você chega na loja, você é instruído ir ao banco pegar carta de crédito, em seguida ir ao DETRAN ajustar os documentos e, por fim, passar no cartório para ajustar a papelada. 

Contudo, caso o compartilhamento de dados estivesse atuando nesse caso, apenas com o consentimento do cliente, poderia haver uma integração de todos esses processos, agilizando a situação para todo mundo.

5) Melhor alocação financeira

Além das facilidades acima que poderiam ser implementadas com a expansão do Open Banking, existe uma outra situação ainda, relacionada com a alocação de renda dos clientes.

Por exemplo, Fred compartilhou conosco que o seu gerente do banco disse que queria dar uma olhada na sua carteira de previdência , que é separada da sua conta bancária.

Então, para conseguir compartilhar essa informação, ele precisou pegar o extrato da sua previdência e mandar para o gerente. Sendo que, se ele pudesse compartilhar os dados dele, bastaria autorizar o acesso do gerente, e ambos teriam menos trabalho. 

Com essa facilitação, o gerente também poderia monitorar o plano de previdência, junto com os demais investimentos que ele monitora dentro do banco. 

6) O compartilhamento de dados nos escritórios de contabilidade

Para os contadores, que trabalham com muitos dados, preenchendo muitos documentos e criando muitos PDF’s, o compartilhamento de dados é uma boa solução.

Além da trabalheira que dá, esse “copia e cola” de dados está sujeito a erros, que podem causar vários problemas, como a confusão de um CPF, ou de um dígito bancário. 

Dessa forma, caso o cliente pudesse conceder o compartilhamento de seus dados com o escritório de contabilidade que contrata, muito trabalho seria poupado, e muitos erros também.

7) Declaração de imposto de renda

Além das inúmeras soluções que falamos aqui que podem ser implementadas pelo compartilhamento de dados, outra mão na roda que está por vir, é em relação ao Imposto de Renda.

“Poxa, porque que eu tenho que gastar o maior tempão para declarar pro governo o que eu fiz com o meu dinheiro naquele ano, sendo que está tudo registrado?”

Pois é, bastaria que pudéssemos compartilhar os dados com o Governo Federal, para acabar com o terror da declaração do Imposto de Renda. Parece sonho, nè?!

Por fim, vale a pena compartilhar meus dados?

Como vimos aqui, o compartilhamento de dados é uma ótima opção para os clientes que querem melhores ofertas e facilitar vários outros processos.

Contudo, vale lembrar que é sempre essencial conferir a empresa com a qual você está compartilhando, para se livrar de fraudes e golpes.

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