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Como investir na bolsa de valores: guia completo para iniciantes

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Como investir na bolsa de valores: guia completo para iniciantes
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Você já teve curiosidade em relação ao mercado de ações? Já quis investir na bolsa e entender o que significa quando se noticia que os pontos do Ibovespa subiram ou desceram?

Se você quer investir na bolsa, mas não sabe como começar, não se preocupe. Nós vamos te explicar direitinho como investir na bolsa de valores sendo um iniciante. Você vai descobrir que não é tão complexo como parece, e o melhor, não é preciso ser nenhum especialista para começar a investir na bolsa.

O que é a bolsa de valores e como ela funciona? 

A bolsa de valores é um ambiente onde pessoas compram e vendem ações e outros investimentos. Pense nela como um grande mercado, no qual empresas oferecem partes de seu negócio para investidores em troca de dinheiro para crescer e expandir. 

Para simplificar, imagine que você tem uma loja de açaí em seu bairro, e ela está fazendo sucesso. Seus clientes sugerem que você abra novas lojas, mas você não tem dinheiro para isso. Uma opção seria vender partes da sua empresa para levantar dinheiro e, assim, ter sócios que investiram em seu negócio. Essa estratégia se chama abertura de capital, e quando isso acontece, a empresa realiza um IPO (Oferta Pública Inicial). 

Esse processo ocorre com empresas de diferentes tamanhos, inclusive grandes corporações que buscam dinheiro para novos projetos. Elas vendem “pedacinhos” de sua empresa na bolsa de valores. Esses “pedacinhos” são chamados de ações, e qualquer pessoa pode comprar uma parte dessas empresas. Ao fazer isso, você se torna acionista, ou seja, sócio da empresa.

Mas será que é possível comprar ações de qualquer empresa? Não, somente de empresas que têm capital aberto e estão listadas na B3 ( bolsa de valores brasileira).

Investir na bolsa é o mesmo que investir em ações?

Muitas pessoas associam automaticamente a bolsa de valores com ações, mas a verdade é que a bolsa negocia uma série de outros ativos além de ações. Quando você investe na bolsa, pode optar por diversos tipos de ativos, como fundos de investimento, ETFs (fundos de índice), títulos públicos e até commodities. Ou seja, ações são apenas uma das formas de investimento disponíveis na bolsa de valores.

Como se ganha dinheiro com ações?

Ao investir em ações, há dois caminhos principais para obter retorno:

  1. Dividendos: algumas empresas pagam parte de seus lucros aos acionistas, chamados dividendos. Quanto mais ações você tiver, maior será sua participação nesses lucros. Mas vale lembrar que nem todas as empresas distribuem dividendos.
  1. Valorização: se o preço da ação que você comprou aumenta, você pode vendê-la por um valor mais alto e lucrar com a diferença entre o preço de compra e o preço de venda. Voltando ao exemplo da loja de açaí, imagine que você lança um novo sabor e ele se torna um sucesso. Com o aumento nas vendas, o lucro da loja cresce, e o valor das ações também sobe. Quem comprou ações antes dessa valorização, poderá vendê-las por um preço mais alto após o ‘boom’, garantindo lucro.

Porém, o inverso também pode ocorrer. Se a demanda por açaí diminuir devido a uma onda de frio, por exemplo, as ações da sua empresa podem desvalorizar. No entanto, a perda só é concretizada se você vender suas ações nesse momento de baixa. Caso você espere, elas podem voltar a valorizar.

Quais são os ativos negociados na bolsa de valores?

A bolsa de valores oferece diversos ativos além de ações. Aqui estão alguns dos principais ativos negociados:

  • Ações: representam frações de uma empresa.
  • Fundos Imobiliários (FIIs): você compra uma parte de um imóvel e recebe o “aluguel” daquele imóvel.
  • ETFs (Exchange Traded Funds): fundos de investimento que já têm uma carteira pronta, ou seja, dentro desse fundo você compra várias ações juntas, já variadas, para reduzir o risco da carteira.

Cada um desses ativos tem características e níveis de risco diferentes, permitindo ao investidor diversificar sua carteira de investimentos.

Quais os riscos de investir na bolsa?

O principal risco de investir na bolsa é perder dinheiro. Diferentemente dos investimentos em renda fixa, o mercado de renda variável não garante retornos previsíveis. Por conta disso, o valor dos ativos pode mudar conforme as condições econômicas e políticas. 

Esses riscos podem ser divididos em três tipos:

  1. Risco do mercado como um todo: o que afeta toda a economia, como as mudanças nas taxas de juros. Por exemplo, quando a taxa Selic (taxa básica de juros do Brasil) sobe, isso pode fazer com que a bolsa de valores caia, já que os investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos e muitos investidores vendem suas ações para buscar opções mais seguras.
  2. Risco do setor econômico: são as mudanças que afetam um setor específico da economia. Um exemplo é o varejo, que tem sofrido com os e-commerces internacionais, como a Shopee. Esses concorrentes muitas vezes oferecem produtos com preços mais baixos, o que pode diminuir as vendas das lojas físicas e nacionais.
  3. Risco da empresa: problemas direto da empresa específica, sem impactar o setor. Um exemplo é o caso da Americanas, que enfrentou dificuldades financeiras por causa de inconsistências contábeis. Esses problemas afetaram apenas a empresa, gerando uma queda no valor das ações e perda de confiança dos investidores.

Investir na bolsa exige que você esteja disposto a correr riscos, pois o mercado tem muitas variações. Quem opta por esse tipo de investimento deve estar preparado para lidar com as flutuações de curto prazo. No entanto, é importante lembrar que o risco pode ser reduzido por meio da diversificação dos investimentos, mas você nunca vai se livrar dele. Ou seja, em vez de colocar todo o dinheiro em uma única opção, como ações de uma só empresa, você distribui entre várias opções, como ações, imóveis, e outros tipos de investimento. Dessa forma, se um deles não for bem, os outros podem ajudar a equilibrar as perdas.

Como começar a investir na bolsa: passo a passo 

Agora que você já entendeu como a bolsa de valores funciona e quais os principais ativos negociados, chegou o momento de aprender a como começar a investir na bolsa. Abaixo, você confere um passo a passo que vai te guiar desde a preparação inicial até a compra das primeiras ações.

1. Conheça seu perfil de investidor


Antes de qualquer coisa, é importante entender qual é o seu perfil de investidor. Isso significa descobrir quanto risco você está disposto a correr com seus investimentos. Existem três tipos principais de perfis:

  • Conservador: prefere segurança, não gosta de correr riscos e prefere investimentos mais estáveis.
  • Moderado: aceita correr algum risco em troca de melhores retornos, mas ainda busca um equilíbrio.
  • Arrojado: está disposto a correr mais riscos em busca de retornos maiores e costuma investir bastante na bolsa de valores.

Saber qual é o seu perfil vai te ajudar a escolher os investimentos certos e a não correr mais risco do que você está preparado.

2. Escolha sua corretora de valores

Para investir na bolsa, você precisa abrir uma conta em uma corretora de valores, que é a empresa que vai fazer a intermediação entre você e a bolsa. A corretora vai te dar acesso à plataforma onde você poderá comprar e vender ações, além de fazer outros investimentos. Mas se você já tem conta em algum banco digital (Inter, C6Bank, Nu) você já tem uma corretora na palma da mão.

Aqui estão algumas dicas para escolher sua corretora:

  • Taxas: a maioria das corretoras já oferecem taxa zero para iniciantes. (XP, BTG ou Genial).
  • Facilidade de uso: a plataforma da corretora deve ser fácil de usar, tanto no celular quanto no computador.
  • Serviços: algumas corretoras oferecem materiais educativos e relatórios, como análises de ações e vídeos explicativos, que ajudam a entender um pouco melhor o mercado. Porém, as corretoras devem ter o cuidado de enviar o material adequado para seu perfil de investidor. Esse serviço é um diferencial, já que muitas outras condições, como taxas e plataformas, são bem parecidas entre as corretoras.

3. Estratégias de investimento para iniciantes

Depois de abrir a conta, é hora de pensar como você vai investir. Aqui estão algumas dicas básicas para quem está começando:

  • Crie uma reserva de emergência: Antes de investir, é fundamental ter uma reserva de emergência. Não adianta investir em renda variável sem estar preparado para imprevistos. Então tenha entre 3 e 6 meses da sua renda investido em renda variável.
  • Considere estratégias de dividendos: Ações que pagam dividendos pode ser uma forma de investir na bolsa de valores, mas com risco um pouco menor.
  • Respeite seu perfil de investidor: Entenda seu perfil (conservador, moderado ou arrojado) e invista de acordo com sua tolerância ao risco.
  • Diversifique seus investimentos: Não coloque todo o seu dinheiro em uma única ação. Invista em diferentes tipos de empresas, fundos de investimento, FIAs (Fundos de Investimento em Ações) ou ETFs. Isso ajuda a diminuir o risco.

4. Entenda o Home Broker

Antigamente quando se falava em investir na bolsa já vinha a imagem do operador na bolsa com três telefones e uma tela. As operações de compra e venda de eram feitas por ligação na mesa de operações. Hoje é tudo mais fácil você consegue operar na bolsa até pelo celular, comprando e vendendo ações pelo Home Broker.

Praticamente todos os investidores, hoje em dia, usam o Home Broker porque é fácil de usar, dá mais autonomia e conhecimento sobre a operação. E as mesas de operações ficaram no passado, onde um assessor fazia as compras e vendas pra você, mas claro que esse serviço tinha um custo

5. Compre suas ações

Agora que você já sabe o básico, é hora de comprar suas primeiras ações! Siga este passo a passo:

  1. Acesse o Home Broker: Entre na sua conta da corretora e vá até a plataforma do Home Broker.
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  1. Pesquise o código da ação: As ações são identificadas por um código chamado ticker (por exemplo, as ações da Vale são VALE3).
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  1. Defina quanto você quer investir: Decida quantas ações quer comprar. Normalmente, elas são vendidas em lotes de 100 ações, mas você pode começar com menos, comprando no mercado fracionário.
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  1. Escolha o tipo de ordem: Você pode comprar a ação pelo preço atual (preço de mercado) ou definir um valor específico. Se você escolher o valor, a compra só acontece quando o preço atingir o valor que você definiu.
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  1. Confirme a compra: Confira tudo e finalize a operação.
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Parabéns! Agora você é oficialmente um investidor. Depois disso, você pode acompanhar as ações e decidir se quer manter ou vender, de acordo com sua estratégia. E ai, bora investir?

Quais são os principais erros dos investidores iniciantes e como evitá-los

Se você está começando a investir na bolsa, é natural que se sinta um pouco perdido no início. A verdade é que muitos investidores iniciantes acabam cometendo erros comuns que podem ser evitados com algumas dicas simples. Vamos te mostrar quais são esses erros e, o mais importante, como você pode evitá-los para começar sua jornada com o pé direito.

Investir sem planejamento

Um dos erros mais comuns entre iniciantes é investir sem ter um plano claro. Talvez você já tenha pensado em começar, mas sem saber exatamente porquê ou como está investindo. Isso pode ser um problema, porque sem um objetivo definido, é fácil se perder nas decisões e acabar fazendo escolhas por impulso, resultando na compra de uma ação que pode trazer prejuízo futuro.

Como você pode evitar isso?

Antes de colocar qualquer dinheiro na bolsa, tire um tempo para pensar nos seus objetivos financeiros. Pergunte-se: “Por que estou investindo?” e “Quanto eu posso investir todos os meses sem comprometer minhas contas?”. Definir um plano ajuda a tomar decisões mais seguras. E lembre-se: a bolsa é mais vantajosa para quem pensa no longo prazo. Portanto, foque no futuro e crie uma estratégia de investimento. 

Se você quer opções de investimentos para o curto prazo, a renda fixa é mais interessante. Conheça as melhores opções com o nosso simulador gratuito

Seguir dicas sem análise

Outro erro comum é seguir aquelas “dicas quentes” sem fazer sua própria análise. Já aconteceu de ouvir de um amigo, familiar ou até em redes sociais que determinada ação está em alta e você ficou tentado a investir só por isso? Se sim, saiba que esse é um risco grande para quem está começando. É o conhecido efeito manada, onde várias pessoas seguem a decisão de uma pessoa e pode levar a prejuízos.

Como você pode evitar isso?

Em vez de seguir conselhos sem entender os motivos, busque informações antes de investir. Considere utilizar os relatórios de análise que muitas corretoras oferecem, que trazem dados sobre o desempenho das empresas. Outra opção é investir através de fundos de investimento, que fazem essa análise de forma detalhada. Assim, você toma decisões mais seguras e que estão de acordo com seu perfil de investidor. Lembre-se: o que funciona para outra pessoa pode não ser a melhor opção para você.

Deixar-se levar pelo emocional

Quem nunca ficou nervoso vendo o valor de uma ação cair ou eufórico ao ver os lucros aumentarem? O problema é quando você toma decisões impulsivas com base nesses sentimentos. Comprar e vender ações pelo “calor do momento” é um erro muito comum, e pode te fazer perder dinheiro em vez de ganhar.

Como você pode evitar isso?

Aqui, o segredo é manter a calma. Sempre que o mercado oscilar, respire fundo e lembre-se dos seus objetivos de longo prazo. Se a ação que você comprou caiu de preço, não entre em pânico. Só venda se isso fizer parte do seu plano. Evite agir pelo medo ou pela empolgação. Ao manter a cabeça fria, você estará tomando decisões mais inteligentes e evitando perdas desnecessárias.

Educação financeira para investir melhor 

Para investir melhor, é fundamental entender o básico de educação financeira. Um dos principais conceitos para ter sucesso na bolsa é pensar no longo prazo. O mercado pode ser volátil no curto prazo, mas ao investir por vários anos, você aumenta suas chances de obter bons resultados.

Além disso, é importante considerar a renda fixa como parte da sua estratégia. Investir em títulos de renda fixa, como o Tesouro Direto ou CDBs, pode trazer mais segurança e estabilidade para a sua carteira. A combinação de renda fixa e variável te ajuda a equilibrar os riscos, além disso os fundos de investimentos podem ser uma boa opção para você que está começando.

Outro ponto importante é manter a frequência dos investimentos. Investir uma quantia fixa todo mês ajuda a suavizar as variações do mercado e, com o tempo, o efeito dos juros compostos faz com que seus investimentos cresçam cada vez mais.

Ferramentas e recursos para análise de ações 

Para investir de forma mais consciente, é importante usar algumas ferramentas e recursos que facilitem a análise das ações. Aqui estão algumas que você pode utilizar:

  1. Home Broker da corretora: A maioria das corretoras oferece um Home Broker, onde você pode acompanhar o preço das ações em tempo real e acessar gráficos de desempenho.
  2. Sites especializados: Sites como Infomoney e Valor Investe trazem notícias e análises de empresas, além de relatórios detalhados sobre o mercado de ações.
  3. Plataformas de análise gráfica: Ferramentas como o TradingView e Investing são ótimas para quem quer fazer análises mais detalhadas de gráficos e identificar tendências de preço.
  4. Indicadores financeiros: Aprender a usar indicadores ajuda a avaliar o desempenho das empresas e identificar boas oportunidades de investimento.

Comparativo: bolsa de valores x renda fixa

Se você está se perguntando qual é a melhor opção, bolsa de valores ou renda fixa, saiba que ambos podem trazer bons resultados no longo prazo. A renda fixa, muitas vezes vista como mais segura, consegue acompanhar a performance da bolsa de valores ao longo do tempo. Veja abaixo, o gráfico comparativo entre o CDI (renda fixa) e o BOVA11 (renda variável).

A principal lição aqui é que, com paciência e estratégia, tanto a renda fixa quanto a renda variável podem gerar bons resultados. Embora a bolsa de valores possa ter oscilações maiores no curto prazo, a renda fixa oferece estabilidade e, ao longo dos anos, pode superar os retornos da renda variável.

Não precisa ser expert em finanças para perceber que o potencial de rendimento dos ativos atrelados à renda fixa, foram superiores dentro do período de 10 anos. É claro que aqui é preciso levar em conta a diversificação dos investimentos. É importante salientar que, ao longo desses 10 anos, o Brasil passou por alguns períodos de “boom” da bolsa, em que algumas ações valorizaram exponencialmente, mas ainda assim, não foi o suficiente para superar a renda fixa.

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Fonte: Mais Retorno

Conclusão: estou pronto para investir na bolsa?

Agora você já está capacitado para iniciar sua “aventura na selva da bolsa de valores”. No entanto, lembre-se: NÃO ENTRE EM EUFORIA. Seja cauteloso e comece a investir na bolsa apenas se possuir uma boa reserva financeira. Além disso, conheça bem o seu perfil de investidor, se seu perfil é conservador, esse texto não é para você.
Caso você esteja atrás de investimentos mais seguros, consulte nosso simulador de renda fixa. Por lá você vai encontrar as melhores sugestões para o seu bolso, de acordo com o seu perfil investidor.

 Lembre-se ainda de não colocar seu dinheiro só pelo histórico ou porque conheceu alguém que lucrou antes com aquela ação. Senão você pode acabar preocupado, se perguntando onde é que foi parar o seu dinheiro que estava investido naquelas ações.

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