No nosso texto de hoje vamos falar sobre um assunto que cresceu muito em buscas no último ano: a loja online!
Vamos discutir sobre a necessidade de se vender virtualmente, sobre como criar uma loja online, as dificuldades, desafios e alternativas a ela. Por exemplo, o ingresso em um marketplace.
Para isso, trouxemos para uma entrevista o fundador do E-commerce Brasil, Tiago Baeta. O E-commerce Brasil é um dos maiores projetos do mundo de fomento ao e-commerce, ou seja, comércio online, e tem projetos ao redor do mundo há 10 anos.
Portanto, caso você prefira ter acesso ao conteúdo em forma de áudio, acesse o nosso podcast em um dos players acima do texto e escute a entrevista. Temos, também, o vídeo da entrevista completo:
E-commerce no Brasil atualmente
Sem dúvida nenhuma, o ano de 2020 e o isolamento social fizeram muitas pessoas enxergarem a importância de se ter uma loja online. O virtual representava 5% do varejo no Brasil até o início deste ano, e hoje já representa 12,5%.
O aumento da importância do digital pode ser visto em todas as escalas: o Mercado Livre, plataforma de vendas online, hoje é a empresa mais valiosa da América Latina. Seguindo a mesma linha, a Amazon hoje luta para ser a empresa mais valiosa do mundo.
Ainda, porém, não são todas as pessoas que enxergam essa importância.
Ter uma loja online é mesmo necessário?
Um dos desafios enfrentados pelo E-commerce Brasil se dá pela dificuldade das pessoas em aceitarem o meio virtual como sendo necessário. A seguir, portanto, vamos te mostrar como ele é importante:
“Vendo muito mais presencialmente do que virtualmente”
Muitos comerciantes alegam que a maior parte das suas vendas é presencial, e pouquíssimas delas são efetuadas de maneira online. Sendo assim, não há necessidade de se ter um comércio virtual.
No entanto, precisamos saber que ter um site de vendas, um Instagram da sua loja ou o marketing digital fazem parte de um processo. Muitas vezes a venda não é de fato efetuada no meio virtual, mas ele representou uma parte importante desse processo.
Hoje, os meios virtuais estão presentes em cerca de 64% de toda compra presencial: a influência começa no online, a pesquisa por preço, a comparação entre marcas, entre outros.
Sendo assim, mesmo que você não enxergue com clareza a importância da presença digital, saiba que ela existe, e faz com que você seja lembrado.
É possível atingir mais pessoas!
O número de pessoas que você consegue atingir com uma loja online é infinitamente maior do que o que você atinge com sua loja física.
Em primeiro lugar, não há limitação espacial. Você pode vender para pessoas de todo Brasil, e até mesmo para outros países.
Em segundo lugar, não há limitação de horário. Muitos estabelecimentos sofreram no ano de 2020 com o fechamento do comércio em decorrência do isolamento social, e, até os dias de hoje, alguns setores de vendas estão com seus horários de funcionamento limitados.
Com o comércio virtual seus clientes podem comprar a qualquer momento. Inclusive, uma curiosidade interessante é que muitas pessoas são estimuladas a comprar mais durante as madrugadas. Ou seja, você pode estar dormindo e, ao mesmo tempo, efetuando uma venda.
A inteligência virtual pode te ajudar até mesmo no físico!
Um exemplo em que a inteligência virtual ajudou nas lojas físicas pode ser visto na Amazon. Quem visita uma livraria física deles pode achar que ela é como outra qualquer, mas grande parte da sua logística e organização foi pensada de acordo com suas lojas virtuais.
Em primeiro lugar, os livros são todos expostos de capa para a frente, assim como ficariam em uma loja virtual, e não como ficam em muitas livrarias. Enxergar a capa faz toda a diferença para o cliente.
Em segundo lugar, os livros são organizados de acordo com as categorias que otimizaram as vendas online. Pode parecer não fazer diferença, mas a categorização dos livros tem um efeito enorme sobre as vendas, e esse efeito pode ser medido de maneira mais fácil pelo online.
Em terceiro lugar, os livros mais vendidos na loja virtual são posicionados estrategicamente na loja física, por exemplo, na fila do caixa.
Por último, embaixo de cada livro existe um pequeno review, bem como estrelinhas que foram dadas pelos leitores no site. Esses detalhes fazem toda a diferença, pois um livro bem avaliado tende a vender bem mais.
Trazendo isso para a minha realidade
Esse tipo de ação pode ser feito em qualquer loja, de qualquer escala. Você consegue observar quais itens da sua loja são mais visitados pelos seus clientes, consegue utilizar as redes sociais para fazer enquetes sobre os seus gostos e preferências, entre outros.
É possível, também, fazer um atendimento mais personalizado a partir de ações virtuais. Por exemplo, você pode criar alguns modelos de e-mail, cada um oferecendo produtos de algum estilo.
Assim, é possível separar seus clientes em categorias, e enviar o e-mail com produtos que mais se parecem com as compras que a pessoa já fez na sua loja. Essa segmentação pode fazer toda a diferença.
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Vender online: quais são as opções?
Agora que já falamos sobre a importância da presença digital, vamos falar sobre as opções disponíveis para que você a estabeleça.
Criar meu próprio site de vendas
A primeira coisa em que pensamos quando falamos sobre vender online é criar um site de vendas, ou e-commerce. Ele é realmente bem importante, e hoje em dia criar um site não é uma tarefa difícil.
Domínio da minha loja online
O primeiro passo para criar um site de vendas é registrar um domínio. O domínio é basicamente o nome do site, a URL. É o que vem depois do www na barra de pesquisas. No nosso caso, por exemplo, o domínio é educandoseubolso.
Você consegue registrar seu domínio em diferentes sites, alguns exemplos são o “registro.br” ou o “hostgator”. É necessário que você crie um domínio que ainda não existe. Ou seja, se já existir um outro site com o nome de sua loja, você vai precisar usar um nome parecido.
Como criar um site de vendas
Agora sim, vamos à criação do site. Existem inúmeras plataformas que você pode utilizar para criar uma loja virtual, dentre elas Nuvem Shop, Wix, Squarespace, Shopify, Bigcommerce…
Por meio dessas plataformas você consegue criar o seu site mesmo sem ter experiência no assunto. Eles oferecem layouts prontos e totalmente personalizáveis, e explicam como montar seu site. Ou seja, você só precisa cadastrar seus produtos, as quantidades, descrições, preços e imagens.
Quanto às opções de pagamento, você consegue selecionar as que deseja oferecer aos seus clientes também com bastante facilidade. Você escolhe, portanto, se vai aceitar pagamentos por boleto, cartão de crédito, PayPal, transferência bancária etc.
Ou seja, faça uma pesquisa básica entre as plataformas disponíveis no mercado e escolha a que mais oferece vantagens para o seu negócio.
O site de cada uma delas oferece informações sobre o processo, e você consegue, também, entrar em contato com consultores em cada uma, que podem te ajudar a construir seu site.
Preço: quanto custa ter meu e-commerce?
É importante ressaltar que utilizar uma dessas plataformas não é gratuito.
- Algumas delas cobram para que você crie o site, e não cobram mais nada ao longo do tempo.
- Outras não cobram nada no momento de criação do seu site, mas é necessário que você pague uma mensalidade.
- Ainda, algumas cobram um valor em cima de todas as vendas efetuadas no seu site.
Qualquer que seja a plataforma escolhida, portanto, esteja preparado para lidar com os custos. O investimento em uma loja virtual certamente é mais baixo do que o necessário em uma física, mas não é provável que você consiga ter uma loja virtual grátis.
E-commerce na prática
Para que fiquem mais claros os custos de um site, separamos aqui um exemplo. A plataforma Nuvemshop, uma das maiores do país, oferece 3 opções de plano:
- impulso: R$49,90 por mês + R$1,99 por venda concluída;
- influência: R$99,90 por mês +R$0,99 por venda concluída;
- escala: R$199,90 por mês + R$0,49 por venda concluída.
O que é Marketplace?
Outra opção para que você possa vender online são os marketplaces, que funcionam como um shopping center online. Neles, uma empresa permite que empresas menores vendam seus produtos dentro de sua plataforma.
Alguns exemplos de marketplaces são a Magalu, a B2W (Americanas, Submarino, Shoptime), Mercado Livre, Via Varejo, Extra, Carrefour, Amazon, entre outros.
Em torno de 70% do comércio online do Brasil é feito por meio dos marketplaces, ou seja, este é um mercado muito grande. Sendo assim, pode ser interessante embarcar sua empresa em uma dessas plataformas.
Mais visibilidade e mais concorrência
Entrar em um marketplace pode ser muito vantajoso pois você é exposto a um fluxo muito grande de clientes. Você tem acesso a mais visibilidade e mais tráfego do que teria no site da sua própria loja virtual. No entanto, lembre-se que junto com a maior clientela, também vem a maior concorrência.
Geralmente, produtos iguais ou similares ao seu são facilmente encontrados nesses lugares. Sendo assim, é de extrema importância que você diferencie seu produto para chamar atenção.
Algumas opções de como fazer isso são oferecer fotos de alta qualidade, descrições completas sobre o produto, ter uma boa avaliação das pessoas que já compraram em sua loja outras vezes, oferecer frete grátis, descontos, promoções e brindes, e, principalmente, um preço mais baixo que o da concorrência.
Outras vantagens do marketplace
A vantagem de embarcar com seus produtos em um marketplace é certamente a praticidade. Eles têm todo o trabalho de marketing, divulgação, promoção, fidelização dos clientes, administração da plataforma etc. Você “pega emprestado” do negócio, portanto, sua imagem, estrutura, ferramentas e monitoramento.
Você precisa apenas oferecer o seu produto e encontrar uma diferenciação para que ele seja vendido. Um dos principais objetivos dos marketplaces é justamente oferecer praticidade a quem vende. Sendo assim, o processo de começar a vender neles é bem simples e didático, para que qualquer pessoa consiga fazê-lo.
Desvantagens
Uma grande desvantagem dos marketplaces é que o cliente é deles, e não seu. Ou seja, em boa parte das vezes o cliente compra o produto na sua loja online e depois nem mesmo se lembra do nome dela. Ele apenas se recorda de que comprou, por exemplo, no Mercado Livre.
Sendo assim, as compras por esses meios são muito pontuais, e não é provável que você construa uma clientela fiel. É importante, portanto, conciliar as vendas pelo seu próprio site com as vendas através de marketplaces.
Não é ideal que você mantenha todas as suas vendas concentradas no marketplace, pois pode ocorrer algum problema que o faça precisar parar de vender por lá. Nesse caso, é importante que a sua marca consiga se sustentar sozinha, sem depender totalmente dessa plataforma.
Outra desvantagem em vender por marketplaces é o preço: você paga um valor maior para estar presente e contar com as facilidades daquela plataforma. No Mercado Livre, por exemplo, você precisa pagar entre 5 e 10% do valor da venda para o site, além de algumas taxas fixas.
Redes sociais da sua loja online
Por fim, uma outra maneira de impulsionar sua loja virtual é por meio das redes sociais. Mais uma vez, o ideal é que elas sejam conciliadas com um site de vendas, para oferecer a maior praticidade possível aos seus clientes.
No entanto, caso você não deseje criar um site de vendas por agora, as redes sociais são um bom começo. Instagram e Facebook oferecem boas funções de venda, que são, também, bem práticas para o cliente.
Além disso, o WhatsApp é também uma ótima ferramenta. Ele oferece a opção WhatsApp Business, com funcionalidades exclusivas para comerciantes.
Além de efetuar suas vendas pelo WhatsApp, você pode fazer o atendimento ao seu cliente por lá e, ainda, fazer campanhas, enviando mensagens aos seus clientes com novos produtos e promoções.
Pagamentos: quais meios fornecer?
Quando você vende por meio das redes sociais, é essencial oferecer diferentes meios de pagamento aos seus clientes. Além de oferecer a opção de transferência bancária, oferecer a possibilidade de o seu cliente pagar com cartão de crédito é muito importante.
Ou seja, você precisa de um link de pagamentos. Os links de pagamentos são a maneira pela qual seu cliente virtual preenche os dados do seu cartão de crédito, e são oferecidos por várias empresas de maquininha de cartão.
Caso você queira saber mais sobre eles, confira nosso artigo que te ensina a vender online sem complicações por meio dos links de pagamento.
Bônus: intermediadores de Marketplaces
Se você deseja ainda mais praticidade na sua venda digital, é possível contratar uma empresa intermediadora para as vendas em marketplaces. Um exemplo de empresa famosa nesse ramo é a “Olist”.
Essa empresa já tem contrato com todos os marketplaces do país. Portanto, você, utilizando o site deles, faz com que seus produtos sejam distribuídos em diferentes marketplaces e já entrem lá com uma boa reputação.
A boa reputação impulsiona as suas vendas, e quem cuida de grande parte dos processos é a Olist. Você, portanto, aumenta suas vendas e diminui seu trabalho. Por outro lado, obviamente paga mais por isso. A Olist cobra cerca de 20% sobre o valor das suas vendas.
Vale a pena ter uma loja online?
Sim! Esperamos que ao longo do texto tenha ficado clara a importância de uma loja virtual para complementar e impulsionar suas vendas presenciais.
Entretanto, apesar da importância das lojas online, você não pode se esquecer de sempre otimizar e melhorar os processos de venda da sua loja física. Um dos pontos mais importantes para tal é escolher a maquininha de cartões ideal.
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Caso você tenha mais alguma dúvida ou sugestão, basta deixar nos comentários.