Você é um herdeiro ou um sucessor? E quem você, pai ou educador, está ajudando a formar?
Na semana passada, levantamos o assunto abordado pelo escritor Augusto Cury em seu best-seller “Pais Inteligentes Formam Sucessores, Não Herdeiros”, e hoje damos continuidade a esta reflexão, listando algumas algumas atitudes de pais e educadores que encaminham as crianças para serem herdeiros. Veja se você se identifica com alguma destas ações abaixo:
- Apontar falhas;
- Criticar as ações;
- Realizar constantes comparações com irmãos, primos, colegas ou outras crianças;
- Não encantar as crianças com a própria vida;
- Viver sob a pressão dos relógios;
- Não desenvolver o lado emocional das crianças;
- Transmitir dados e informações de maneira fria;
- Dar as respostas prontas, esquecer as perguntas;
- Não estimular a criativade, dar o modelo de como realizar;
É mais fácil para adultos que receberam esse tipo de educação repeti-las na formação e criação de suas crianças. Porém, é possível quebrar este ciclo e colaborar no desenvolvimento de uma nova geração de mentes brilhantes e empreendedores proativos. “O que o meio ambiente social faz com você é importante, mas o que você faz com o que fizeram com você, é fundamental! Você tem a possibilidade de ser vítima ou autor de sua história”, escreve Augusto Cury.
Sim, a vida e feita de escolhas, todos nós possuímos um elevadíssimo capital intelectual que pode e deve ser desenvolvido. Dentre os aspectos abordados pelo autor, destaco o capítulo: herdeiros são gastadores de herança, sucessores preservam e enriquecem os bens que receberam.
“Há duas maneiras de se fazer uma fogueira, uma com madeira seca e outra com sementes. Os herdeiros preferem a madeira, pois querem resultados rápidos. Já os sucessores preferem as sementes, pois, plantando-as, sabem que terão uma floresta e nunca mais lhe faltará madeira para se aquecer… Você prefere madeira ou as sementes?”
O autor destaca que o que é gratuito tem pouco valor, os herdeiros são especialistas em gastar o que não ganharam, não laboraram e nem conquistaram. E gastam seus bens sem nenhum peso na consciência: não apenas o dinheiro dos pais, mas bens imensuráveis como a vida, saúde, sono, valores e a cultura. Por receberem tudo gratuitamente, nada valorizam, pelo menos não de acordo com o que seus bens merecem.
Para os sucessores que queremos formar, o dinheiro é um dos fenômenos mais complexos já inventados pelo ser humano, parece leve, mas tem peso e representa tudo desde um sanduíche a uma casa ou um carro.
Nesta linha deve-se ensinar que a vida é cíclica, que crises alternam-se com período de bonança e neste trabalho algumas ações preventivas são:
- Evitar os erros e preparar-se para corrigi-los caso ocorram.
- Ter consciência de que os recursos financeiros são como névoa: abundantes em alguns momentos e escassos diante de possíveis dificuldades que possam surgir.
- Cultivar a parte humana e humilde que cada um possui.
- Ensinar as armadilhas do ritual do consumo (Comprar por comprar e não por necessidade).
- Ensinar o consumo responsável.
- Ensinar com o próprio exemplo do pai ou do educador sobre como lidar com o dinheiro.
- Ensinar a transformar a dificuldade em oportunidade.
- Ensinar a valorizar o bem mais precioso que cada um possui: a vida.
São trabalhos, diálogos, exemplos, experiências para uma vida inteira. Para formar um ser HUMANO que construa seu próprio legado, que transforme seu destino, há que propiciar uma formação de uma mente livre, apta a tomar decisões com autonomia e independência.
Continuaremos na próxima semana tratando a última parte do nosso tema sobre a formação de sucessores. Espero por você.