

Recentemente, falamos sobre refinanciamento imobiliário, uma alternativa de crédito para quem tem um imóvel quitado (ou praticamente) e precisa contrair uma dívida a juros relativamente baixos (bem menores, por exemplo, que o cheque especial ou rotativo do cartão de crédito). Mas estas não são as únicas modalidades. Hoje vamos falar um pouco sobre outras opções para quem precisa de dinheiro para se financiar, lembrando que – especialmente com os patamares de juros atualmente praticados no Brasil – não recomendamos a tomada de crédito, mas reconhecemos que às vezes é inevitável. Então vamos lá.
Modalidades de crédito
Refinanciamento
Refinanciamento de veículos: similar ao refinanciamento imobiliário, com a diferença principal que o bem dado em garantia naturalmente se altera (como os próprios nomes sugerem, no refinanciamento imobiliário a garantia é um imóvel, no refinanciamento de veículos a garantia é um veículo). Em suma, você contrai o empréstimo em taxa relativamente baixa, pois a instituição financeira possui um bem dado em garantia. Para tanto, seu veículo deve estar quitado ou, pelo menos, boa parte, para que seja elegível pela instituição financeira.
Rotativo do cartão de crédito
Rotativo do cartão de crédito: provavelmente a mais cara modalidade regulamentada e legal praticada no mercado brasileiro hoje, é o empréstimo automático feito pela operadora de cartão de crédito quando você não paga o valor integral da fatura do seu cartão. Definitivamente, não recomendamos esta modalidade: representa quase um suicídio financeiro usar sistematicamente o rotativo do cartão.
Cheque especial, o maior vilão
Cheque especial: outra modalidade muito cara, é a linha de crédito igualmente automática de tomada de crédito que ocorre quando sua conta corrente fica “descoberta” dentro de determinados parâmetros. Em alguns bancos, eles não cobram juros por determinado período dentro do ciclo (geralmente alguns dias no mês). Nesses casos, se você observar e seguir rigorosamente as regras do programa, o uso pode até ser tolerável.
Empréstimo pessoal
Empréstimo pessoal: dentro dos patamares brasileiros, essa linha de crédito atinge níveis razoáveis — ainda que muito caros, e por isso você não deve usá-la de forma indiscriminada. Nesse caso, o banco oferece dinheiro aos seus correntistas por um período pré-definido, com taxas menos exorbitantes que as do rotativo do cartão de crédito ou do cheque especial.
Se você está preso a essas modalidades e não vê saída no curtíssimo prazo, o empréstimo pessoal pode servir como porta de fuga. Mas atenção: o risco de a dívida “explodir” também existe e não é pequeno.
Empréstimo consignado
Empréstimo consignado: esta linha de crédito é para quem é assalariado e a empresa ou órgão público possui convênio com determinado(s) banco(s). O banco debita as parcelas da dívida diretamente da conta-salário. Por isso, a inadimplência fica bastante baixa e as taxas costumam ser interessantes para quem precisa de um empréstimo. Vale a pesquisa.
Conclusão: alterenativas ao crédito caro
Finalmente, lembro que estas são apenas algumas das alternativas disponíveis. O tomador também pode contrair outras modalidades, como crédito rural ou FIES (para estudantes), em condições especiais.
Outra consideração importante é lembrar que as taxas flutuam de instituição para instituição: antes de tomar um empréstimo, pesquise. Na página do Educando Seu Bolso (https://educandoseubolso.blog.br) você encontra um simulador (neste momento, ainda em fase experimental) que pode ser utilizado para parametrizar as taxas praticadas pelo mercado, lembrando que as taxas lá constantes são apenas referenciais, e não são garantidas pelos bancos, ou seja, ainda não dispensam a pesquisa de preços.
Escute nosso podcast para saber como escolher a melhor modalidade para você.
Até a próxima.