Uma notícia ruim e uma boa chamaram atenção ao ler uma matéria do Valor Econômico: “Mais famílias estão endividadas, mas há menos dívidas em atraso”, diz a manchete. A afirmação é feita a partir da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita todos os meses pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). A notícia ruim: “o total de famílias que têm parte do orçamento comprometido com dívidas, empréstimos e parcelas está crescendo”, avalia a reportagem. A notícia boa: “a capacidade de pagar essas dívidas, no entanto, está bem melhor do que há um ano”, continua o texto.
Outro dia, inclusive escrevi que, segundo o último Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central (18.09.2014), o comprometimento da renda das famílias com renda até três salários mínimos é mais do que 50% maior do que o das famílias com renda acima de 10 salários mínimos. Ou seja, os mais pobres gastam uma maior parcela do seu salário com o pagamento de principal e juros nos empréstimos do que os mais ricos. O Valor Econômico também destaca isso na avaliação da Peic: “quanto menor a renda familiar, maior o comprometimento com as dívidas”, pontua a reportagem.
A chave para mudar esse jogo? A pesquisa é mais um elemento que justifica algo que sempre batemos na tecla aqui no blog: EDUCAÇÃO FINANCEIRA é o caminho! Já disse e repito: quanto menos pendurado em dívidas estivermos, mais próspera será a nossa vida, mais vai crescer a nossa renda e o nosso patrimônio.
Não é fácil, mas, com esforço, você chega lá.