Por Frederico Torres e Daniel Meinberg
Já que somos brasileiros, que tal falarmos do seu dinheiro sob a ótica do futebol, nosso esporte favorito? No rastro da Copa do Brasil e sua emocionante fase de mata-mata, foi levantada a questão: quem ganharia de quem comparando produtos financeiros (desconsiderando as zebras)?
Achou a ideia interessante? Então vamos lá – e desta vez contando com o auxílio luxuoso do nosso parceiro Futbox para dar cara e cor a esse campeonato. As ilustrações são de André Fidusi e a arte final de Adriano Ávila.
Na chave das dívidas tivemos alguns embates emocionantes…
Oitavas de final: Rotativo do Cartão de Crédito 0 x 1 Cheque Especial
O Rotativo veio com um elenco muito fraco. Só se classificou para o mata-mata porque no seu grupo tínhamos os agiotas, que foram eliminados por conduta antidesportiva.
Quartas de final: Cheque Especial 0 x 2 Crédito Pessoal não consignado
A vitória do Crédito Pessoal se deu por conseguir ser mais eficiente, apesar de um pouco mais chato do que o Cheque Especial, que apostava nas facilidades em campo. Mas essas facilidades custaram caro e o resultado final foi claramente favorável ao Crédito Pessoal.
Semifinal: Crédito pessoal 0 x 1 Crédito Consignado
Jogão decidido nos detalhes: o débito em conta previamente autorizado com desconto no salário. Vale a pena assistir aos melhores momentos desta partida e entender mais as jogadas.
Na outra chave, dos investimentos, tivemos disputas não menos interessantes…
Oitavas de final: Dinheiro parado na conta 0 x 0 Título de Capitalização no tempo normal, 0 x 1 na prorrogação
Dinheiro parado em conta não produziu nada em campo (nem fora de campo). Perdeu sem dar um chute a gol sequer. E olha que o Título de Capitalização também não rendeu praticamente nada. Joguinho ruim de se assistir. Valeu pela festa.
Quartas de final: Título de Capitalização 0 x 1 Poupança
Não se sabe ao certo como estas equipes chegaram até aqui. Mas a Poupança levou vantagem pequena. Freguesa histórica da inflação, com raras vitórias ao longo do tempo. Como a inflação não participou desta edição da Copa do Mundo, a Poupança conseguiu avançar para a semifinal por ter encontrado um adversário muito fraco pelo caminho.
Semi-Final: Poupança 0 x 2 CDB
O CDB, que jogou com as mesmas garantias da poupança para investimentos até R$250.000,00 para o mesmo CPF, levou vantagem nos resultados líquidos obtidos, principalmente com jogadores desconhecidos, que jogam em times menores, considerados revelações da Copa.
Grande Final: Aplicação em CDB 0 x 4 Crédito Consignado
Um verdadeiro massacre sobre os investimentos, o que mais uma vez deixou muito claro que é muito raro que tenhamos uma dívida valendo a pena.
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E assim termina esse fictício campeonato de finanças. Esperamos para a próxima disputa a participação de adversários mais competitivos ainda, como LCI, LCA, FDIC, fundos, previdência privada etc.
Até a próxima rodada!
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** Ilustrações: André Fidusi
*** Arte final: Adriano Ávila