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Estamos Tentando Ficar Ricos do Jeito Errado (parte 4)

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Tentando ficar ricos – a saga

Temos falando que estamos tentando ficar ricos do jeito errado, que o foco deve ser outro, que devemos buscar redução de despesas ao invés do foco exclusivo no aumento dos ganhos nos investimentos, enfim, que estamos no caminho errado.

Se você não leu os textos anteriores seguem aqui as URL para acessá-los:

Parte I

Parte II

Parte III

Como pode perceber, não é exatamente isto o que estamos falando, mas é o que muita gente entendeu. Então vamos esclarecer algumas coisas.

Invista, sim!

Em momento algum sugeri que não se deva investir. O que estamos colocando é que investir enquanto se tem dívidas que te cobram juros superiores aos que você obtém no investimento é um contrassenso. É mais ou menos o mesmo que você comprar uma coisa por 10 para revender por 5: prejuízo garantido sem seu dinheiro de volta. Se não entendeu a analogia, vou tentar ser mais claro: ao assumir um empréstimo você contrai uma dívida e paga alguma coisa por ela. Ao investir, você tem a expectativa de receber alguma coisa por isto. Como os juros cobrados – via de regra – são maiores que os pagos, para o mesmo valor você paga mais pelo empréstimo do que recebe pelo investimento. Se ainda não entendeu, sugiro que releia as 3 partes do texto Estamos Tentando Ficar Ricos do Jeito Errado.

Se você paga mais do que recebe não é bom negócio, concorda? Neste caso, é preferível desaplicar o dinheiro e quitar a dívida, preferencialmente com deságio (sim, é possível).

Sobre o corte de custos

Outro mal entendido que temos criado é referente ao corte de custos. A menos que você esteja com uma dívida fora de controle (neste caso pelo menos tenha a convicção de que não está sozinho: tem muita gente contigo), não é necessário cortar na carne. Basta cortar alguns supérfluos, não todos. E você pode conseguir desfrutar a vida, desde que com mais moderação. Devemos sempre buscar o “superávit” (a imprensa adora este termo), ou seja, ganhar mais do que gasta. E, ao se calcular os gastos, as dívidas devem ser computadas como compromissos já assumidos e que devem ser pagos religiosamente.

Aproveite a vida!

E, por fim, em momento algum estou sugerindo que a pessoa se torne um “mão de vaca”: não é para cortar o cafezinho a menos que você não faça questão do seu cafezinho. Mesmo porque, sem os prazeres, será que a vida vale a pena? Beba (seu cafezinho) com moderação.

Espero que tenha conseguido esclarecer agora estas dúvidas remanescentes.

Até a próxima.

(publicado com ajustes também em http://dinheirama.com/blog/2014/05/05/ficar-rico-jeito-errado-parte-4/)

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