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O sonho da casa própria está vivo: intenção de comprar uma casa é a maior de todos os tempos 

Ana é uma jovem de 28 anos que sempre sonhou em comprar uma casa. Mas ela vivia pulando de aluguel em aluguel, sem conseguir economizar de verdade. Então, um dia ela decidiu que não queria mais apenas sonhar, queria planejar. 

Então ela começou a estudar juros, poupança, financiamentos e custos nas letras miúdas da compra de um imóvel. Foi então que ela percebeu que comprar uma casa não era apenas um desejo emocional, mas um passo que exigia organização e inteligência financeira.

A intenção de compra de imóveis está em alta

Um dos sonhos mais antigos dos brasileiros é o sonho da casa própria. E ele parece estar mais vivo que nunca. Pelo menos foi o que revelou uma pesquisa da Brain Inteligência Estratégica.

O estudo foi realizado no 2° trimestre de 2025 com pessoas com renda mensal igual ou superior a R$2,5 mil. O resultado mostrou que 49% das pessoas pretendiam comprar uma casa nos próximos 24 meses. 

A maior intenção de compra está entre os jovens da geração Z, famílias com renda acima  de R$20 mil mensais e moradores do Sudeste. Por conta da Selic, taxa básica de juros do país, elevada (15%), o que significa que os juros dos financiamentos também tendem a ficar mais altos, o resultado surpreende.

Comprar uma casa não é fácil, e muito menos barato. Ao contrário de outros bens de consumo, um imóvel envolve valores altos, contratos de longo prazo e impacto direto no orçamento familiar por décadas. Por isso, entender a dimensão desse investimento é fundamental.

Diferenças entre financiar ou alugar um imóvel

Antes de escolher entre financiar ou alugar, é importante entender como cada modalidade funciona. No aluguel, você paga mensalmente por usar o imóvel, sem construir patrimônio. No financiamento, você assume parcelas que são o custo do empréstimo para comprar a casa, geralmente quitado em muitos anos. Mesmo grande parte das parcelas sendo para pagar os juros, que podem chegar ao dobro do valor original do imóvel, no fim a casa é seu patrimônio.

O aluguel costuma ser mais indicado para quem busca flexibilidade, tem planos de curto prazo ou prefere não arcar com gastos de manutenção mais pesados, como uma grande reforma. Já o financiamento faz mais sentido para quem tem renda e a vida estável (já trabalha, vai se casar em breve e pretende ter filhos) e planeja construir a vida na casa do jeito que sempre quis.

Pessoas que querem comprar uma casa, segundo a pesquisa, querem sair do aluguel e construir patrimônio ou então usar a casa como investimento, seja alugando ou ganhando com a valorização do imóvel.

E se eu já tiver o dinheiro para comprar uma casa?  

Por outro lado, vale lembrar que nem sempre comprar é o melhor negócio. Pense assim: se a pessoa tem 400 mil investidos, pode ter um rendimento de cerca de 4 mil por mês. 

Esse valor já daria para pagar um aluguel, sobrar dinheiro e ainda manter o patrimônio aplicado sem risco de desvalorização, sem depreciação e sem ter que gastar para trocar toda a tinta do banheiro porque o cano estourou. 

O que é preciso para comprar uma casa?

Antes de tudo, é preciso se organizar financeiramente e ter uma quantia reservada para esse objetivo. Pode ser o valor da entrada, que normalmente é por volta de 30% do valor do imóvel, ou para os mais ambiciosos a quantia completa para comprar à vista.

Ah e também dá pra comprar via lance embutido no consórcio, com bem menos do que os 30% de entrada. Mas vale lembrar que quanto menor a entrada maior o custo total da operação.

No caso do financiamento, ou até mesmo do consórcio, o primeiro passo é avaliar sua capacidade de pagamento. Entenda o quanto você pode comprometer da renda mensal. Especialistas recomendam que a parcela do financiamento não ultrapasse 30% da renda familiar.

A pesquisa prévia também é extremamente importante. Achar uma boa casa, por um preço atrativo que seja do jeito que você quer não é uma tarefa fácil. Entender como funcionam os financiamentos e qual é a melhor opção é mais difícil ainda. Nessas horas um Simulador de Financiamento Imobiliário pode te ajudar. 

E aqui está a chave: para comprar um imóvel, é preciso realmente querer muito, porque além do investimento alto, ainda existem impostos e custos extras. Por isso, comprar e vender casa apenas para especular geralmente não compensa.

Como é o processo de comprar uma casa?

Depois de definir o orçamento, pesquisar taxas, preços e escolher a sua casa ideal, ainda existem muitos procedimentos necessários. Veja o passo a passo:

Faça a vistoria

Já sabendo o endereço, visite a casa e confira a estrutura, instalações elétricas, hidráulicas e possíveis reformas necessárias. Nessa etapa, se você não entende muito, leve um engenheiro ou arquiteto junto com você.

Negocie o preço e condições

Converse com o vendedor para ajustar valores e prazos. Muitas vezes há margem para desconto ou melhores condições de pagamento. 

Escolha como você vai pagar

Se for à vista, primeiro tem que solicitar ao banco a autorização da transferência de valores altos. E aí você só pode pagar quando ele liberar. Se você tiver sido contemplado no consórcio, faça a análise de crédito com a administradora, regularize os documentos e use a carta de crédito. 

Se for financiamento, você precisa solicitar a aprovação do crédito. O banco vai analisar sua renda, score de crédito e documentos antes de liberar o financiamento.

Assine o contrato de compra e venda

Antes de efetivar o pagamento, existe a chamada intenção de venda. Esse documento garante que o imóvel não será negociado por outra imobiliária ou comprador enquanto você finaliza o processo. Depois, vem o contrato de compra e venda, que formaliza o negócio. Leia cada cláusula com atenção antes de assinar para evitar surpresas no futuro.

É importante também ficar atento aos impostos e outras taxas dessa transação. Alguns custos comuns são: o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e os custos de cartório para escritura e registro.

Considere também possíveis reformas e o seguro da casa. Depois disso é só organizar a mudança.

Qual o melhor banco para financiar uma casa?

Escolher o banco certo faz toda a diferença na hora de comprar uma casa. Taxas de juros, prazos e condições variam bastante entre instituições. Alguns bancos como a Caixa, que normalmente tem os juros menores, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú se destacam por oferecer linhas de financiamento imobiliário acessíveis e bem estruturadas. 

Além disso, o programa Minha Casa Minha Vida também é um grande facilitador na hora de comprar uma casa. Ele funciona como um subsídio que muita gente nem sabe que pode ter acesso. Hoje, famílias com renda de até R$12 mil já conseguem participar.

Se você se enquadra no programa Minha Casa Minha Vida então não tem erro, financie através dele, pois mesmo se não tiver acesso ao subsídio pagará taxas de juros menores do que as de mercado. Se não se enquadrar, a melhor opção depende do seu perfil financeiro e do valor que você pretende financiar. Para facilitar essa escolha, use o simulador de financiamento do Educando seu Bolso

Com ele, você pode calcular parcelas, comparar custos e testar diferentes cenários de entrada e prazo, tudo de forma prática e rápida. Assim, fica mais fácil descobrir qual banco oferece as melhores condições para o seu bolso e evitar surpresas ao longo do financiamento.

Quanto custa financiar uma casa na prática? 

Custos do financiamento

Fizemos uma simulação de um imóvel de R$400 mil financiado em 360 meses, com taxa de juros de 1% ao mês e entrada de R$120mil. Anotou? 

No fim, com o financiamento total a casa está custando R$785.400.

Além disso, os bancos exigem dois seguros embutidos na parcela do financiamento:

  • MIP (Morte e Invalidez Permanente)
  • DFI (Danos Físicos ao Imóvel)

Em média, isso adiciona de R$80 a R$150 por mês. Se considerarmos R$100 ao mês, dá para adicionar R$1.200 ao ano.

Valores pagos uma vez 

Além disso, vamos considerar outros gastos:

  • Escritura: em torno de 1,5% do valor do imóvel: R$ 6.000
  • Registro em cartório: cerca de 1%: R$ 4.000

Total cartório/escritura: R$10.000

  • ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis): variável conforme município, considerando 3%, R$12.000.

Desconsideramos gastos eventuais com reparos tipo pintura e outras manutenções, além de condomínio e IPTU, que você já vai ter que pagar de qualquer jeito.  

No fim, uma casa de R$400 mil pode custar mais de 840 mil reais.  

Conclusão: por que tanta gente quer comprar uma casa? 

Apesar de ser extremamente caro, o desejo de ter a casa própria vai muito além de uma questão de status ou conforto. Ele está profundamente ligado à segurança, à liberdade e à construção de patrimônio. 

Mesmo com juros altos, a renda média da população e a taxa de desemprego estão nos melhores índices possíveis, o que pode indicar uma maior estabilidade nas finanças da população. No fim das contas, tanta gente quer comprar uma casa porque, mais do que um bem material, ela é um investimento em qualidade de vida, independência e segurança financeira. 

E, com planejamento adequado, conhecimento das opções de financiamento, dos processos e ferramentas, esse sonho pode se tornar realidade de forma segura e sustentável.

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