Retrospectiva
Conforme prometido darei continuidade ao texto anterior, onde comecei a tratar como receber mais pelo seu dinheiro e quando comecei a falar como obter rentabilidade melhor para o seu dinheiro fugindo dos grandes bancos. Fiquei com 2 “dívidas”, pelo menos: como garantir R$1.000.000,00 dentro do FGC no mesmo CPF; e apresentar alternativas para conseguir investir em bancos pequenos e médios com pouca burocracia. Caso tenha mais alguma “dívida”, por favor, me alerte que eu respondo.
Pagando a primeira dívida
Bom, vou começar pela mais legal, pois todos nós temos (ou queremos ter) R$1.000.000,00. Para tanto, e considerando que estamos optando por um daqueles CDB indexados ao CDI indicados no texto anterior, é relativamente simples. Basta dividir R$1.000.000,00 por 5, aplique cada quinta parte (R$200.000,00) em instituições financeiras diferentes em produtos garantidos pelo FGC, como CDB, LCA, LCI, etc., e você terá seu capital protegido, além dos rendimentos (até o limite de R$250.000,00).
Porque R$200.000,00?
Porque definimos este teto? Simples: porque R$200.000,00 rendendo 13,23% ao ano líquido nos confere um resultado ao fim do período de R$226.460,00 aproximadamente. Este valor, conquistado com o maior rendimento pré fixado disponível hoje, está totalmente dentro do limite de garantia do FGC. Caso extrapolasse este limite, teríamos apenas o valor de R$250.000,00 garantido. Naturalmente este valor de R$200.000,00 é válido para rentabilidades de até 25%. Caso você consiga rentabilidade prevista acima deste percentual, é prudente reduzir o valor inicial do investimento.
Mas distribuir este valor entre 5 bancos não é complicado, teria que abrir 5 contas em bancos diferentes “só” para conseguir essas taxas? A resposta é um sonoro NÃO, GRAÇAS A DEUS!
Pagando a segunda dívida
Qual o caminho, então? Vejo 2 alternativas: corretoras ou gestoras de fundos, que atuam junto a corretoras (e podem ser mais eficientes).
Para quem prefere uma corretora como alternativa, corretoras diferentes distribuem produtos similares, muitas vezes. E as corretoras não costumam ter acordo de exclusividade com nenhum banco, o que favorece a ampliação do leque de ofertas. Por exemplo, determinada corretora distribui produtos dos bancos Máxima, Original, BMG, Modal, Paraná, Pine etc. Caberá ao investidor, portanto, analisar qual a melhor opção verificando as taxas propostas por cada corretora e os bancos com os quais ela trabalha.
A escolha nem sempre é muito simples. Tem corretora que paga mais pelo seu dinheiro, mas que cobra uma taxa anual. Neste caso, ela troca mão de parcela que lhe cabe na negociação com o banco por uma remuneração feita por você. Vale lembrar que a taxa anual é pro rata, naturalmente. Na análise da corretora, sugiro que a avaliação contemple a verificação de conformidade (ou qualidade, como preferir) com o CETIP Certifica. É uma garantia a mais para o investidor…
Alternativa
A outra alternativa, gestora de fundos, costumam cobrar um percentual anual mais baixo, mas geralmente está disponível geralmente para patrimônios mais elevados. Entretanto, se já falamos hoje na casa de milhão, faz sentido registrar esta alternativa. Há opções no mercado, como a Monetus, que oferece este tipo de serviço cobrando taxa de 0,45% ao ano mesmo para investidores com pouca disponibilidade de capital para aplicar no mercado financeiro. Vale ressaltar que 0,45% ao ano é uma referência bem baixa para este tipo de serviço. A Monetus trabalha para pequenos investidores como se fossem gente grande.
Melhor opção para você receber mais
Não me pergunte o que acho melhor: banco grande, corretora ou gestora de fundos. Cada caso é um caso. Poderia dar pitacos pontuais, desde que tivesse conhecimento de uma gama significativa de informações que vão desde o perfil de investidor até a disponibilidade de recursos, passando principalmente pelos objetivos da pessoa. Não creio ser viável fazer isto neste espaço.
Paguei todas as dívidas? Se faltou algo, pode me cobrar.
Até a próxima.