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Cai no golpe do pix: o que fazer e como evitar

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Você já parou para pensar em quantas vezes usa o Pix por mês e como o golpe do Pix pode ser uma ameaça? Já caiu, ou tem medo de cair, em fraudes envolvendo o Pix? Com transações rápidas e diretas, o sistema acabou atraindo a atenção de criminosos, tornando a segurança uma preocupação real. 

Entender como essas fraudes acontecem e, principalmente, como evitá-las, é essencial para usar o Pix com tranquilidade. Continue lendo para saber como os golpistas agem, em que armadilhas eles apostam e como se proteger!

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O que é o golpe do Pix?

O golpe do Pix é quando alguém engana outra pessoa para que ela envie dinheiro pelo Pix de forma rápida, sem pensar muito. Depois que o dinheiro é enviado, é quase impossível recuperá-lo.

Por exemplo, um golpista pode mandar uma mensagem fingindo ser um amigo ou parente e dizer algo como: “Oi! Estou precisando de dinheiro urgente. Pode me mandar pelo Pix? Te pago depois!” A pessoa acha que está ajudando alguém conhecido e faz a transferência. Depois descobre que foi enganada e que o dinheiro foi para o golpista.

Para combater o crescente número de golpes, o Bacen implementou novas regras de proteção para o Pix. Veja:

Novas regras do Pix para evitar golpes

Agora, ao usar um dispositivo não cadastrado — como um celular novo — o usuário só poderá fazer transações de até R$200 por operação, com um limite diário de R$1.000,00

Para valores maiores, é preciso cadastrar o dispositivo no aplicativo do banco. Essas medidas buscam reduzir o risco de fraudes, especialmente considerando que até 42% dos brasileiros já foram alvo de uma tentativa de golpe envolvendo o Pix, conforme a pesquisa feita pela Silverguard.

Como funciona o golpe do Pix?

O golpe do Pix ocorre quando criminosos enganam a vítima para que ela transfira dinheiro, sem que perceba estar sendo enganada. Eles criam situações que parecem reais, como pedidos de ajuda de amigos ou familiares, ofertas irresistíveis ou até mensagens fingindo ser do seu banco. Usando o sentimento de urgência, eles fazem você agir rápido, sem tempo para pensar ou verificar.

Agora, vamos ver alguns exemplos comuns para que você identifique esses golpes e saiba como se proteger.

Exemplos de golpe do Pix

Existem diversos tipos de golpes envolvendo o Pix, e é importante conhecer como cada um funciona para entender e se proteger melhor contra essas ameaças.

Perfil falso de Whatsapp 

Golpistas criam perfis falsos no WhatsApp, usando o nome e foto de pessoas conhecidas, e pedem dinheiro para os contatos, alegando que estão usando um novo número. Normalmente, enviam mensagens urgentes, como “Mãe, salva meu novo número!” e, em seguida, solicitam uma transferência com histórias de emergência.

Ao receber uma mensagem assim, é importante não agir impulsivamente. Sempre tente confirmar a identidade da pessoa por outro meio de contato, ligando para o número antigo ou perguntando algo que só a pessoa verdadeira saberia responder. 

Páginas falsas

Imagine que você recebe um link para acessar o site do seu banco, mas ao clicar, ele leva você a uma página quase idêntica à oficial, com o mesmo logotipo e layout. A página pede para que você insira dados de acesso, como CPF e senha. Ao fazer isso, você entrega suas informações para golpistas, que as usam para acessar sua conta e realizar transações

Portanto, fique atento e sempre desconfie de links recebidos por mensagens. Por via das dúvidas, prefira acessar seu banco diretamente pelo aplicativo ou pelo site oficial dele.

Transferência errada

Você recebe uma mensagem de um desconhecido dizendo: “Oi, fiz um Pix para você por engano! Enviei R$1.000, mas era para outra pessoa. Pode devolver, por favor?” A pessoa fornece uma conta diferente da original e pede que o valor seja transferido para lá. Se você devolver para essa conta alternativa, o golpista pode ainda pedir estorno ao banco, recebendo o valor duas vezes. Em casos como esse, devolva sempre o valor diretamente para a conta de origem pelo recurso “estornar Pix” no aplicativo.

Golpes por telefone

Um golpista liga para você fingindo ser da central de atendimento do seu banco e diz: “Detectamos uma atividade suspeita na sua conta e precisamos confirmar alguns dados.” Ele pede informações como sua senha e códigos de verificação, alegando que são necessários para bloquear transações não autorizadas. Ao fornecer essas informações, o golpista obtém acesso à sua conta e pode realizar transações Pix em seu nome. Bancos nunca pedem senhas ou códigos por telefone, então desconfie sempre.

Promoções falsas 

Você vê um anúncio online oferecendo um celular de última geração por metade do preço e, interessado, acessa o site e finaliza a compra por Pix. No entanto, o produto nunca chega, e o site desaparece depois de alguns dias. Essas promoções irresistíveis são usadas para atrair vítimas a sites falsos. Para evitar esse golpe, pesquise a reputação da loja e desconfie de preços muito abaixo do mercado.

Cai no golpe do Pix e agora?

Se você caiu em um golpe do Pix, comece fazendo um boletim de ocorrência para registrar o ocorrido e entre em contato com seu banco. Se o seu banco não conseguir resolver o problema, você também pode buscar ajuda com o Banco Central do Brasil, pelo telefone 145.

Porém, se o dinheiro já foi transferido para outra conta, o seu banco não é obrigado a cobrir o prejuízo com recursos próprios. Nesse caso, ele monitora a conta do fraudador por até 90 dias. Se algum valor entrar nessa conta durante esse período, ele poderá ser usado para te restituir, mesmo que parcialmente.

Após esses 90 dias, no entanto, a devolução do dinheiro não será mais possível. Ou seja, mesmo com essas medidas, ainda há o risco de você não recuperar o valor integral ou, em alguns casos, não receber nada de volta.

Consigo recuperar o dinheiro do golpe do Pix?

Sim, é possível recuperar o dinheiro perdido em um golpe do Pix, mas o processo depende de algumas etapas. O primeiro passo é entrar em contato com seu banco, relatar o caso e solicitar a devolução do valor transferido para o golpista. É recomendável também registrar um Boletim de Ocorrência, o que ajuda a formalizar a ocorrência. 

Com base nisso, o banco da vítima notifica a infração e ativa o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix. O banco do suposto golpista então bloqueia os valores e, em até 7 dias corridos, ambos os bancos analisam o caso. Se a fraude for comprovada, o banco do golpista devolve os recursos à vítima em até 96 horas após a conclusão da análise

Se o problema não for resolvido, a vítima ainda pode buscar ajuda no Procon, no Poder Judiciário ou registrar uma reclamação junto ao Banco Central, que notificará o banco receptor para monitorar a conta do golpista e identificar transações suspeitas.

Fiz um pix errado e não querem me devolver, e agora?

Se você fez um PIX por engano e a pessoa que recebeu o valor não quiser devolver, o primeiro passo é entrar em contato com o banco ou instituição financeira para tentar resolver a situação. Caso isso não funcione, registrar um boletim de ocorrência é fundamental. Esse registro formaliza a situação e serve como prova para iniciar medidas legais, facilitando o rastreamento dos envolvidos e aumentando as chances de recuperação do valor

Além disso, vale lembrar que quem se recusa a devolver um valor recebido indevidamente pode responder judicialmente pelo crime de apropriação indébita, conforme o art. 169 do Código Penal.

Dicas para se proteger no golpe do pix

Para se proteger contra o golpe do Pix, algumas dicas simples podem reduzir bastante a chance de você cair em uma dessas fraudes.

  1. Não clique em links suspeitos: Links suspeitos podem direcioná-lo a golpes que tentam roubar suas informações bancárias. Sempre verifique a fonte antes de abrir qualquer link.
  2. Desconfie de ofertas “boas demais para ser verdade”: Produtos com preços muito abaixo do mercado são uma das armadilhas mais comuns. Evite fazer compras em sites desconhecidos ou não verificados.
  3. Verifique situações suspeitas: Ao receber mensagens ou ligações pedindo dados pessoais ou transferências, sempre confira a procedência. Entre em contato com a pessoa ou instituição por outros meios para se certificar de que o pedido é legítimo.
  4. Proteja seus dados pessoais: Nunca forneça informações bancárias ou senhas em resposta a ligações, mensagens ou e-mails não solicitados. Instituições financeiras nunca pedem esses dados diretamente.
  5. Ative medidas de segurança adicionais no aplicativo bancário: Muitos aplicativos oferecem opções como reconhecimento facial, autenticação em dois fatores e limites de transação, que ajudam a aumentar sua segurança ao usar o Pix.

Conclusão: como se proteger contra o golpe do pix?

Para se proteger contra o golpe do Pix, é essencial manter uma postura de cautela em todas as transações. Sempre que receber um pedido de transferência, confirme a autenticidade da solicitação; mesmo que pareça vir de alguém conhecido. Evitar clicar em links suspeitos também é fundamental, já que muitos golpes começam com links falsos enviados por mensagem ou e-mail.

Adote o hábito de revisar atentamente as informações de transferência antes de concluí-la. O cuidado com suas próprias ações continua sendo sua melhor defesa contra os golpes do Pix.

Caso você tenha sido vítima de um golpe, a primeira medida que você deve tomar é registrar um boletim de ocorrência para que o banco possa investigar e acionar os mecanismos de recuperação de valores. Além do B.O., entre em contato com a central de atendimento do seu banco o mais rápido possível para relatar o ocorrido e fornecer detalhes da transação fraudulenta. Quanto mais cedo você notificar as autoridades e a instituição financeira, maiores serão as chances de bloquear ou reverter a transação antes que o valor seja totalmente movimentado pelos golpistas.

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