“You, who are on the road,
must have a code that you can live by.
(Graham Nash, “Teach your children”)”
Já falamos no blog sobre maus hábitos em finanças pessoais (aqui) de forma geral. O assunto hoje é mais específico: maus hábitos em crianças e jovens. É muito importante que os pais estejam atentos e, mais que isso, que reflitam se eles próprios não estão dando maus exemplos a seus filhos.
Trazemos uma lista de 10 frases ditas pelos filhos, que indicam que eles podem estar desenvolvendo maus hábitos e que é preciso fazer algo:
“Se você não tem dinheiro, pague com o cartão de crédito!”
Uma sugestão como essa, vinda de um filho, indica que ele tem mais propensão a atender a um desejo do que a cuidar da sua saúde financeira no médio prazo. E, pior, já aprendeu com alguém um mecanismo simples e prático para isso.
“Podemos levar mais isto?”
Em alguns supermercados e lojas, o caminho que leva ao caixa é repleto de tentações, como guloseimas e revistas. Se seu filho cede a elas muito facilmente, ele pode estar se tornando um consumidor compulsivo. Como você se comporta em situações assim?
“Vamos comprar este aqui, é muito melhor!”
Quase sempre haverá alguma marca ou modelo melhor do que o que você está comprando, não importa qual seja o produto. A questão é: você precisa e pode pagar por um melhor? Ensine seus filhos a se fazerem essa pergunta.
“Por que eu também não posso ter?”
Seu filho chega em casa contando do brinquedo fantástico que o colega dele tem e pergunta se não pode ter um igual. Você, naturalmente, explica que não devemos comparar o que temos com o que os outros têm, que cada família tem suas prioridades e condições, e que tantas outras famílias têm menos do que a sua. Mas, reflita: alguma vez você já pensou em comprar um carrão igual ou melhor que o do seu vizinho?
“Melhor sobrar do que faltar.”
Na maioria das vezes é desagradável sentir que a quantidade não bastou para satisfazer as pessoas – seja em uma festa, em um restaurante ou recebendo amigos em casa. O que não quer dizer que deixar sobrar seja normal. Não estimule seu filho a comprar batata frita e refrigerante gigantes, apenas porque a diferença em dinheiro parece pequena.
“Não olhei o preço.”
Saber o quanto se paga por cada coisa é um hábito básico em qualquer compra. Naquelas não tão baratas, e em que o preço pode variar muito – roupas, por exemplo – isso é especialmente importante. Deixe isso claro.
“Você pode adiantar minha mesada?”
O dinheiro do seu filho acabou antes do previsto? Está difícil esperar pelo próximo mês? Ensine-o a não deixar isso acontecer porque, quando ele crescer, haverá algo chamado cheque especial, que não é tão camarada quanto os pais dele.
“Não tenho onde guardar mais este.”
O guarda roupa está cheio e novas roupas – ou brinquedos, ou revistas – chegam. Das duas, uma: ou uma bela doação de usados poderá ser feita, ou não havia necessidade de novos.
“Você não acha que eu mereço?”
Quem não acha que merece tudo de bom nessa vida, não é mesmo? Que tal ensinar ao seu filho que ter bens materiais não é apenas questão de merecimento, mas também de necessidade e possibilidade?
“Não posso perder essa oferta!”
Frase típica do endividado. Se você não precisa do produto, você pode, sim, perder essa oferta. Mas se você deseja comprar, o preço está bom e você pode pagar sem transtorno, você pode aproveitá-la. É importante saber – e ensinar – a diferença entre não poder perder e aproveitar uma oferta.
E então? Já ouviu algumas dessas frases? Tem outras para sugerir? Entre em contato e conte para nós!