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Resgate da Previdência Privada: Quando é melhor fazer?

Educando Seu Bolso
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Resgate da Previdência Privada: Quando é melhor fazer?
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A previdência privada é um investimento de longo prazo, porém, muitos brasileiros não levaram isso a sério. Em outras palavras, em 2020, com a pandemia covid-19, o resgate da previdência privada feita pelos brasileiros chegou a R$82 bilhões, valor 16% acima de 2019 e o mais alto desde 2012 segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

Hoje, vamos ver quais os impactos de um resgate da previdência privada feita de forma antecipada pode causar. Então, para descobrir os impactos de um resgate mal feito, conversamos com a Vanessa Pessoa, que é especialista em previdência privada e atua na LVL Seguros.

Agora, se você deseja evitar perdas no resgate da previdência privada, confira esse episódio no nosso podcast em todos os players acima, se preferir, assista ao vídeo no nosso canal do Youtube ou continue a leitura!

Esse texto possui os seguintes blocos:

Previdência Privada: Poucos entendem o que de fato é…

Em poucas palavras, a previdência privada é um investimento de longo prazo e que serve como complemento à previdência oficial, ou seja, o INSS. 

Com isso, a previdência privada, como o nome já diz, é uma forma de se aposentar independentemente do Estado.

Logo, o que você precisa é aplicar uma quantia inicial na previdência, através das seguradoras – que são empresas, como a Icatu, a SulAmérica, o BrasilPrev, ou mesmo os bancos Bradesco e Itaú – e, ao longo do tempo, você vai colocando quantias mensais na conta. Enquanto isso, o dinheiro aplicado vai sendo investido até o dia que você decidir fazer a retirada.

Entenda melhor como a previdência privada funciona aqui!

 

Por que não se deve tratar previdência privada como se fosse um investimento comum?

Antes de tudo, é importante destacar que a previdência privada é um tipo de investimento, porém, como falamos, é um investimento de longo prazo, ou seja, você não deve sacar sua previdência privada só porque deu vontade.

Isso ocorre pois a previdência privada possui um imposto de renda (IR) que te beneficia no longo prazo. Além disso, investimento e a previdência privada têm finalidades diferentes.

Ou seja, você pode fazer um investimento com o objetivo de comprar uma casa, um carro ou bancar uma viagem, enquanto a previdência privada, que é sempre impactada pelo imposto de renda,  tem como principal finalidade financiar a sua aposentadoria.

Então, se você tratar a previdência privada como um investimento comum, você pode acabar tendo perdas com tributações e pode chegar na sua aposentadoria com menos dinheiro do que esperava.

Lembre-se sempre, não é ideal que o resgate da previdência privada seja feito no médio e curto prazo e, além disso, se for preciso fazer, deve ser feito com cuidado para evitar perdas com os tributos! 

Confira as 6 razões para você investir em Previdência Privada!

 

VGBL e PGBL: você precisa entender o que essas siglas significam!

Bom, VGBL e PGBL são dois tipos de planos da previdência privada. Com isso, a principal diferença entre esses planos está na forma de tributação do imposto de renda sobre eles. Com isso, ao aplicar nesses planos, pode-se optar pela tabela regressiva ou progressiva, as quais explicaremos mais logo abaixo.

Ainda, vale ressaltar que você pode optar por ter investimentos em VGBL e PGBL simultaneamente, da mesma maneira que pode ter cada um deles em diferentes tabelas de IR.

 

PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre

O PGBL é indicado para as pessoas que entregam a declaração completa do imposto de renda e que possuem a intenção de investir até 12% de sua renda anual em previdência privada.

Pois, o PGBL possui o benefício fiscal de abater no imposto de renda até 12% da sua renda bruta anual.  

Por exemplo, caso a sua renda bruta anual tenha sido de R$100.000, você pode investir até R$12.000 em PGBL e se o fizer o imposto de renda que pagará incidirá sobre R$88.000. Dessa forma, você pagará menos R$ 3.300,00 de imposto no ano seguinte.

Porém, quando você fizer o resgate resgate total ou parcial da sua reserva em PGBL, o imposto de renda incidirá sobre o valor total resgatado e não somente sobre os rendimentos.

 

VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre

No plano VGBL, o IR também incide no momento do resgate da previdência e somente sobre o valor da rentabilidade da aplicação e não sobre toda a reserva.

Não é possível fazer deduções no imposto de renda, como ocorre no PGBL. Por essa razão, o VGBL é indicado para as pessoas que fazem declaração simplificada do imposto de renda ou para aqueles que não fazem a declaração.

 

O que vale mais a pena?

Por exemplo, se você quer investir mais que 12% da sua renda bruta anual em previdência privada, o indicado é investir 12% em PGBL para se ter o benefício fiscal e investir o restante em VGBL, por causa do imposto de renda que será cobrado somente sobre o rendimento.

Se você investir mais do que 12% da sua renda bruta anual no PGBL, não fará diferença, pois o benefício fiscal será de até 12%.

Entenda o básico sobre VGBL e PGBL!

 

Quais os cuidados que devo ter para evitar perdas?

Então, para evitar perdas, listamos abaixo alguns cuidados que você precisa ter antes de fazer resgate da previdência privada.

 

Imposto de renda

É importante entender como funciona o imposto de renda, pois ele afetará o rendimento líquido da sua previdência privada.

Tabela regressiva – O imposto de renda é maior no curto prazo

Se você optou pela tabela regressiva, aqueles que deixam os investimentos aplicados na previdência por um longo período se beneficiam mais. Confira a tabela abaixo:

Prazo do Investimento Alíquota
Até 2 anos 35%
De 2 a 4 anos 30%
De 4 a 6 anos 25%
De 6 a 8 anos 20%
De 8 a 10 anos 15%
Acima de 10 anos 10%

 

Como podemos ver, quanto mais tempo você deixa seu dinheiro aplicado, menor é a alíquota de IR que incide sobre o rendimento.

Dessa forma, se você resolveu resgatar a previdência no curto prazo, você pode pagar mais impostos e, consequentemente, não otimizar seus ganhos.

 

Tabela progressiva – Quanto maior o resgate, maior a tributação sobre ele

Se você escolher a tabela progressiva, você pode fazer resgates menores, pois, assim paga menos IR. Veja a tabela abaixo:

Base de Cálculo Anual Base de Cálculo Mensal Alíquota
Até 22.847,76 Até R$1.903,98 Isento
De R$22.847,88 até R$33.919,80 De R$1.903,99 até R$2.826,65 7,5%
De R$33.919,92 até R$45.012,60 De R$2.826,66 até R$3.751,05 15%
De R$45.012,72 até R$55.976,16 De R$3.751,06 até R$4.664,68 22,5%
Acima de R$55.976,16 Acima de R$4.664,68  27,5%

Atenção!

Sempre que você fizer um resgate estando na tabela progressiva, independentemente do valor, serão descontados 15% na fonte.

Entretanto, como na tabela progressiva os resgates compõem sua renda, você pode ter esse valor restituído na declaração de imposto de renda. Então, desde que o total da sua renda tributável fique abaixo de 22.847,76 no ano você pode receber de volta os 15% retidos na fonte.

Ou seja, se você ficou desempregado e escolheu, no momento da adesão do plano, esta tabela, você tem mais chance de se beneficiar. 

Ainda, vale ressaltar que esta tabela é indicada para quem tem salários menores pelo INSS , pois mesmo que você receba resgates ou renda pela previdência privada, ainda, estará submetido a uma alíquota mais baixa.

Veja esse conteúdo sobre o imposto de renda, conheça as regras e saiba em quais delas você se enquadra!

 

Não tenho opção, preciso fazer o saque da previdência, o que fazer?

Bom, se você é um profissional liberal ou perdeu o emprego e, com isso, você está sem renda, não tem onde tirar o dinheiro, você pode acabar precisando sacar do seu último recurso. 

Nesse caso, priorize os resgates no VGBL, isso pois nesse tipo de plano o IR incide somente sobre os rendimentos, enquanto no PGBL a tributação ocorre sobre os rendimentos e no principal investido.

Agora, se você tem investimento somente em PGBL e optou pela tabela decrescente (regressiva), priorize resgatar a reserva que está mais tempo aplicada, pois o IR incidido é menor. Dessa forma, se você precisa fazer o resgate, faça daquele que possui a menor alíquota de IR.

Além disso, se você precisa cobrir uma dívida de cheque especial, cartão de crédito ou quitar um apartamento, por exemplo, evite fazer resgates totais, isto é, faça resgates menores para pagar alíquotas menores.

Provavelmente, se você precisa resgatar a previdência é porque não houve um planejamento financeiro e, com isso, você não formou uma reserva de emergência para te salvar nessas situações. Por esse motivo, indicamos que você faça o nosso curso Jornada para o Equilíbrio Financeiro, pois é importante que você aprenda sobre poupança, investimento e reservas de emergência para não passar apertos financeiros!

 

Taxa de Saída: cuidado com ela!

Com o objetivo de estimular os investidores a  manter os recursos na previdência privada no longo prazo, algumas seguradoras e bancos de previdência privada estabelecem como restrição a taxa de saída. Ou seja, a taxa de saída é uma cobrança sobre o valor investido quando um resgate é feito.

Segundo a Vanessa, no momento, a maioria dos planos não têm taxa de saída, mas, as instituições que cobravam, usavam como base o tempo e valor de contribuição acumulada. Logo, quanto maior o tempo ou maior a contribuição, menor é a taxa de saída.

Dicas valiosas para você acertar na escolha do seu plano de previdência!

 

Sacar a previdência e reaplicá-la é uma boa estratégia?

 

Quando é uma boa estratégia…

É uma boa estratégia se você optar pela tabela regressiva e fizer o resgate na alíquota de 10%, pois você ganha 27,5% de volta se reaplicar. Não entendeu? Vamos a um exemplo:

Edu tem o plano PGBL com tabela regressiva há quase 20 anos, logo, uma parte dos seus aportes já está na alíquota de 10%. Em 2021, ele continuou tendo desconto de IR na fonte de 27,5%, ou seja, retirado do seu salário.

Para reduzir sua carga tributária de forma lícita, ele fará uso mais uma vez de aporte ao seu plano de previdência privada.

Com isso, o Edu pode lançar como despesa até 12% da renda bruta declarada à Receita Federal. Então, se Edu recebe R$100.000 ao ano, ele pode investir em previdência até 12 mil reais por ano e receber 27,5% do valor investido de volta. Ou seja, no ano seguinte Edu terá R$ 3.300,00 de retorno como incentivo fiscal.

Dessa forma, ele paga 10% de IR no resgate, investe o rendimento líquido e pode lançar a despesa como dedução na sua próxima declaração de imposto de renda e assim obter a restituição de IR correspondente (27,5% do valor aportado).

 

Quando é uma estratégia ruim…

Por outro lado, cada vez que você resgatar seu dinheiro, você pagará IR, dessa forma, resgatar e reaplicar os recursos da previdência, com frequência, podem ter efeito negativo sobre seus rendimentos.

Consequentemente, por causa desse custo, o que sobra é um valor líquido um pouco menor do que se ainda estivesse aplicado no plano.

Logo, fazer resgates e reaplicar, com frequência, representa maiores gastos com o Imposto de Renda. Por isso, os saques devem ser planejados e feitos com cuidado.

Descubra mais sobre a plataforma virtual da Receita Federal, que é um facilitador na vida de quem declara imposto de renda!

 

Quero resgatar a previdência antecipadamente, como diminuir a perda?

Ao longo do texto você percebeu que é importante evitar ao máximo os resgates antecipados da previdência privada, mas, se não for possível esperar, deixamos abaixo algumas dicas.

Primeiro, se você deseja maior rentabilidade, não é necessário fazer o resgate da previdência privada por essa razão. Pois, os recursos estão aplicados em fundos, logo, esses podem ser trocados por outros tipos de fundos. 

Além disso, você pode mudar de aplicação sem sacar o dinheiro, com isso, você deixa de pagar o IR. Também, se você deseja fazer a portabilidade dos seus recursos, é possível fazê-lo sem fazer um resgate.

Em caso de extrema necessidade, ou seja, você não tem de onde tirar renda, optar por fazer resgates menores é uma boa opção, dessa forma, o impacto do IR será menor. Lembre-se, o saque da previdência privada só pode ser feito a cada 60 dias, por isso, planeje-se de acordo com o tempo de carência!

Como destacado durante o texto, priorize os resgates no VGBL,  pois nesse tipo de plano o IR incide somente sobre os rendimentos, enquanto no PGBL a tributação ocorre sobre os rendimentos e no principal investido.

Por fim, você pode entender qual é o melhor cenário para sua situação usando nosso simulador de aposentadoria e, também, o nosso simulador de investimento em renda fixa e comparar os resultados. 

151 comentários

  • Boa noite Frederico, tudo bem ? Tenho 27 mil por 8 anos de depósito para ser resgatado,previdência telemarprev , qual seria o melhor opção tributária ? Progressiva em 12 parcelas pagando 7,5 de IRRF mensal ?

    Poderia me ajudar ?
    Obrigado.

    Responder
    • Bom dia Rodrigo, infelizmente não é simples assim.

      Primeiro não consigo saber ao certo, você vai resgatar estes 27 mil em um ano? Aí precisaríamos saber sua renda mensal e mais alguns detalhes pra ver em qual alíquota você cai, já que o resgate soma-se à renda para efeito de tributação na tabela progressiva, digo progressiva porque a regressiva não tem 7,5% de alíquota.

      Vale lembrar que você vai ter retido 15% de cara na progressiva. O resgate já cai em conta descontado este percentual, o governo pode cobrar mais 12,5% ou até mesmo devolver os 15% retidos no ano fiscal seguinte dependendo da compensação que só pode ser sabida se soubermos detalhes da sua declaração de IR.

      Na regressiva você precisaria entrar no seu acesso ou ligar na central de atendimento e perguntar ao atendente qual a alíquota média será aplicada se você fizer este resgate. A vantagem da regressiva pode ser se você tiver renda declarada que sozinha já seja maior e esteja na alíquota 27,5%.

      Espero ter te ajudado!
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      • Bom dia Frederico, Vou ver se consigo explicar melhor. Sai da empresa que trabalhava salário era 6 mil, agora tenho esse valor de 27 mil para resgatar, pq pretendo aplicar em outro rendimento. Aí queria saber qual seria melhor forma de resgate e tributação, eu tinha feito um cálculo acima meio de contabilidade de padaria acima ,kkkk.

        Responder
        • Boa noite, Rodrigo.

          Veja, o procedimento é o que lhe expliquei na mensagem anterior. Agora, supondo que você saiu da empresa em 2023, o salário de 6mil te coloca na alíquota de IR de 27,5% na DIRPF de 24 – a ser declarada a partir de 15/3/24.

          Agora, isso ficou pra trás. Seu resgate se feito em 2024 gera ajuste de IR na DIRPF de 2025. Aí, se você não prevê ter renda tributável mais nenhuma durante o ano todo de 2024, vale a pena optar pela progressiva no resgate.

          Como falei antes, 15% é descontado na fonte, mas você receberá quase tudo de volta em 2025. Mas, repito, só se durante todo o ano de 2024 essa for sua única renda tributável.Pois, o limite de isenção anual é de aproximadamente 25k e só nesse resgate você já gera 27k de renda. Ou seja, vai pagar um impostinho mas certamente menor do que na melhor alíquota da regressiva (10%).

          Espero ter te ajudado!
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          Responder
    • Boa tarde, Ronaldo.

      Os rendimentos auferidos desde o aporte em seu VGBL se incorporaram ao principal e compoem o saldo total do seu plano, ou seja, são seus.

      Você pode sacar a qualquer tempo do seu VGBL desde que seu plano esteja ainda em período de acumulação, ou seja, você não tiver se aposentado e transformado sua reserva em renda mensal.

      Finalmente, eventual saque não interrompe a geração de novos rendimentos sobre o montante que permanecer aplicado.

      Abc

      Responder
    • Olá Rudimar, antes de definir pelo recebimento de renda sempre terá a opção de resgate total ou parcial. Após o início do recebimento da renda não pode mais optar pelo resgate.

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  • Fiz uma previdencia VGBL em 2018 no valor de 100 mil, fiz uma portabilidade para outro banco em 2020, hoje tenho 192.000,00, qual seria a melhor forma de resgate sem pagar muito imposto?

    Responder
    • Boa noite, Carla.

      Se você resgatar tudo de uma vez esse ano e estiver na tabela progressiva de IR, pagará 15% * 92mil na fonte e terá que complementar na DIRPF de 2024 até 27,5%.

      Outro cenário seria, se não tiver nenhuma outra renda tributável, pode ir resgatando aos poucos, até o limite de isenção de IR (+ou-25k/ano) e terá restituição dos 15% descontados na fonte.

      Agora, se estiver na regressiva, aí o que resta é esperar o tempo passar, pois parte-se de 35% e só se chega à alíquota mínima (10%) após 10 anos.

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  • Boa tarde. possuo um PGBL e preciso sacar uma parte (10mil dos 98mil que tenho). Há alguma maneira de eu “fugir” do imposto? se não haver, há alguma maneira de trocar de investimento ou reaplicar o valor num outro investimento?

    Responder
    • O desconto do IR no resgate do PGBL é feito na fonte, Rodrigo. Na regressiva integralmente e na progressiva com a necessidade de ajuste/complementação na DIRPF seguinte. A única maneira de adiar o pagamento do IR seria numa portabilidade para outro fundo/seguradora. Tipo, não estou gostando do meu PGBL BrasilPrev Renda Fixa, posso portar pro BrasilPrev Inflação, ou pro Icatu Ações.

      Espero ter ajudado.

      Responder
  • Boa tarde, excelente o artigo, meus parabéns! Dúvida: fiz um PGBL no ano passado para utilizar a dedução no IR 2023. Mas a dúvida que fica é se vale a pena continuar a fazer aportes anuais de 12% para manter a dedução, se no final de 10 anos o cálculo será feito sobre todo o montante? Obrigada
    Anna

    Responder
    • Que bom que gostou, Anna.

      A menos que você escolha um plano horroroso, costuma valer a pena sim.

      Te explico porquê, vamos lá. A tributação sobre todo o montante ao final é pra ser coerente com a possibilidade de dedução do aporte na origem. Em 2023, você recebe restituição de 2,750 sobre um aporte de 10 mil feito em 2022. Aí, lá em 2032 paga 1mil de IR sobre esse mesmo principal. Ah, mas e os juros? Bom, uma parte desse dinheiro sequer seria seu (2750) caso não tivesse feito o aporte. Mas mesmo na outra parte, caso aplicasse num CDB por exemplo, você está trocando a alíquota de IR de LP s/ aplicações financeiras de 15% pela de 10% (previdência > 10 anos).

      Ou seja, grosso modo pense em duas principais razões para esse proveito econômico: 1) Adia-se licitamente o pagamento de IR por 10 anos e, durante esse tempo, o dinheiro rende pra você e não pro governo; e 2) Troca-se alíquotas de IR de 27,5% e 15% por uma de 10%.

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