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FGCoop: um FGC para as Cooperativas

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Porque o FGCoop é importante?

O artigo de hoje trata de um assunto que eu também não dava muita importância. Não dava até que em 2001 a cooperativa de crédito em que eu investia minhas economias quebrou. Perdi tudo o que tinha aplicado (principal e rendimentos) até então. Portanto, acho que vale a pena gastar uns minutinhos para ter uma noção do que está acontecendo. Mas isso é só a minha opinião… Se você concorda, o texto sobre o FGCoop está aí para você.

Do que se trata?

Está valendo o FGCoop, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) das cooperativas de crédito. Para quem não sabe o que é o FGC, a grosso modo representa uma garantia para alguns investimentos em instituições financeiras até o limite de R$250.000,00 por CPF e por instituição. Não é nada, não é nada, para o pequeno investidor pode significar não ter perda em caso de quebra do banco, como recentemente tivemos o Cruzeiro do Sul, o Rural, dentre outros, em que o FGC honrou os compromissos. Note o detalhe: cobre ALGUNS investimentos como poupança, LCI, LCA dentre outros. Fundos, por exemplo, não estão cobertos… A estrutura do FGCoop é muito semelhante à do FGC. Seu objeto, sua estrutura e seu tratamento fiscal serão semelhantes aos do FGC. Em outras, é coisa séria.

Mas já está valendo mesmo?

Implantado em agosto passado, com regulamento e estatuto já aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o FGCoop, está para as cooperativas de crédito da mesma forma que o FGC está para os bancos, também assegurando até o limite de R$250.000,00 por CPF por cooperativa. Trata-se de uma instituição privada sem fins lucrativos. O FGCoop chega em boa hora, pois aumenta a competitividade das cooperativas na captação de recursos e permite que os investidores nessas instituições financeiras tenham noites mais tranquilas. Com isso, é esperado crescimento do setor.

O que mudou?

Até a chegada do FGCoop, uma quebra de uma cooperativa de crédito arrasava a poupança de vários pequenos investidores que confiaram naquelas instituições. Como exemplo, em julho de 2001 a Creditel, cooperativa de crédito dos empregados da antiga Telest, hoje Oi/ES, quebrou depois de uma gestão temerária. Muita gente perdeu dinheiro, alguns entraram com ações na justiça para que o Sicoob fosse responsabilizado, mas até hoje, passados mais de 12 anos, temos casos não resolvidos em tramitação no judiciário: como sabemos, a lentidão da justiça no Brasil é marca registrada. Antes e depois da Creditel outras cooperativas encerraram suas atividades, por essas e outras razões.

Mais tranquilo

Enfim, agora o investidor que aplica até R$250.000,00 através de cooperativas de crédito tem esta tranquilidade a mais. Se você tinha algum medo de investir em cooperativa por causa desta insegurança, seus problemas acabaram!

Até a próxima oportunidade.

(Publicado também, com ajustes, em http://vocemaisrico.com/2013/12/08/fgcoop-um-fgc-para-cooperativas-2/)

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