A queda na taxa de juros afeta diretamente a rentabilidade dos planos de previdência privada. Esse movimento tem levado diversos gestores de fundos de investimento a se dedicarem às PGBLs e VGBLs. Como consequência, a portabilidade desses planos para seguradoras, como a Mapfre, Icatu Seguros e SulAmerica, tem aumentado.
Essa portabilidade pode ser feita de maneira simples, sem grandes desgastes para o dono do plano de previdência. Apesar de ainda não ser uma prática tão comum quanto a portabilidade de planos telefônicos, ou mesmo de contas corrente, por exemplo, ela tende a gerar grandes benefícios financeiros para aqueles que optam por migrar seus PGBLs ou VGBLs.
Foi sobre essa possibilidade, sobre a facilidade e as vantagens em portar sua previdência para outro administrador que Pedro Vieira e eu conversamos durante essa edição do Educando Seu Bolso na Rádio Inconfidência. Usamos inclusive o caso do José, leitor do blog, para mostrar de maneira mais concreta a diferença que faz ficar na Caixa Previdência versus migrar para a Mapfre. Escute aí, se você acha que é pouco, vai se surpreender. Fizemos também a conta pro José do quanto ele poderia ter de renda se sacasse e aplicasse por conta própria, ao invés de transformar a reserva do PGBL em renda vitalícia. Dica: prepare-se para mais um susto!
Tem tudo isso e ainda outras notícias, como por exemplo, a possibilidade para o cliente do BB de realizar algumas operações pelo WhatsApp, que tem contribuído para a maior comodidade dos clientes. Em resumo, o post de hoje é fruto de um bate-papo descontraído e prático, onde você verá como a ampliação da concorrência no mercado de previdência tem incentivado uma nova abordagem das instituições financeiras e como você, consumidor, pode tirar proveito disso.
Fique atento às atualizações do sistema financeiro!
Não é fácil acompanhar todas as evoluções que acontecem no relacionamento bancário. Hoje em dia é possível fazer quase tudo pela internet. As pessoas raramente vão aos bancos e podem até mesmo viver sem eles.
Com o surgimento das fintechs e a ampliação da concorrência, muita coisa tem mudado. Você que é cliente, pode tirar proveito disso. Uma das maneiras de aproveitar essas mudanças é a portabilidade.
A possibilidade de migrar contas salário, contas correntes e planos de previdência de um banco para outro tem sido cada vez mais acolhida pelos clientes bancários. Se antes 4 ou 5 bancos controlavam o mercado financeiro, agora os clientes insatisfeitos podem, de maneira bem desburocratizada, migrar para bancos menores, digitais, ou outras instituições financeiras, mais ágeis e com menos tarifas.
As vantagens do aumento da concorrência
Eu, por exemplo, tenho uma conta em um “bancão” e em um “banquinho”. Outro dia eu precisei mandar dinheiro para fora do país e fiz cotação nos dois, já que é fácil mandar dinheiro de um banco para o outro. Faria a operação pelo que fosse mais barato. A diferença na cotação do dia entre um banco e outro foi de R$0,15. No bancão o Valor Efetivo Total era de R$3,93 reais por dólar e no banquinho era de R$3,78. Logo, optei pelo “banquinho”.
Seguindo a mesma lógica, as pessoas que possuem previdência na CaixaPrev, no Bradesco, Itaú, ou BrasilPrev estão percebendo que existem outros gestores competentes no mercado que antes só ofereciam fundos de investimentos financeiros, mas que agora também trabalham os planos PGBL e VGBL.
Portanto, estão sendo oferecidas mais alternativas ao consumidor. Isso obviamente permite que se faça uma pesquisa de preços mais ampliada, como no caso do dólar, dando ao cliente condições de escolher o melhor custo benefício.
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Portabilidade não dá muito trabalho!
Para quase tudo na vida do brasileiro vale a lei do menor esforço. Muita gente fica acomodado no seu banco, mesmo diante de possibilidades melhores. Isso porque acreditam que a portabilidade é um processo desgastante, que envolve ir a um banco, depois a outro. Além de ter que juntar inúmeros comprovantes e documentos.
Não é bem assim! A portabilidade tem sido cada vez mais desburocratizada. Os próprios bancos ficam responsáveis por fazerem essa troca. Se antes era preciso brigar com o banco para conseguir mudar, agora você pode simplesmente entrar no aplicativo de um banco pequeno, digital, apertar três ou quatro botões, colocar uma senha e pedir portabilidade. A partir daí o próprio banco se incumbe de ir até o seu banco atual e operacionalizar essa migração.
E a portabilidade da previdência privada para seguradoras, como a Mapfre, SulAmérica, Icatu, Mongeral e outras?
Trazendo mais uma vez meu exemplo pessoal, há um tempo atrás fiz a portabilidade do meu plano previdência, já que não estava muito satisfeito com meu PGBL. Avaliei na ocasião seguradoras independentes, como a Mapfre, Icatu Seguros, SulAmerica ou a Mongeral. Escolhi bons Fundos de Investimento, com gestores independentes e capacitados. Assinei 2 ou 3 formulários de portabilidade e a própria seguradora tomou as rédeas do processo. Dentro de 4 ou 5 dias o recurso foi transitado. Tudo correu bem e sem muito esforço da minha parte.
Então, não dá muito trabalho fazer a portabilidade. O maior trabalho para o consumidor é o de escolher para onde você quer ir, já que agora existem mais opções. Mas, uma boa busca por melhores opções sempre vale a pena! Além do mais, você que é nosso leitor pode, sempre que tiver dúvidas, contar com o nosso auxílio.
O caso do José
O José nos enviou uma dúvida aqui pelo Educando Seu Bolso. Ele nos contou que vai completar 60 anos daqui a alguns meses e que possui um milhão em reservas financeiras. Ele pode transformar esse recurso em renda vitalícia ou sacar o montante, pagando o Imposto de Renda, e aplicar por conta própria. Caso similar a esse também foi tema do nosso programa na Rádio há algumas semanas atrás, quando respondemos a dúvida da Mônica. Mas, dessa vez fizemos uma comparação a mais, a da portabilidade.
Primeiramente, parabéns ao José, que conseguiu reunir uma bolada, que com certeza é fruto de muito esforço e planejamento.
Segundo o gerente da Caixa Econômica, onde ele fez a previdência, a renda vitalícia seria de R$3.800,00 por mês. O José receberia esse valor a partir dos 60 anos, corrigido monetariamente pelo IPCA. O cálculo considera uma tábua de sobrevivência que estima que ele vai viver até os 81 anos de idade – em economês a tábua atuarial BR-EMS.
Usando nosso Simulador de Aposentadoria, vimos que se ele aplicasse esse dinheiro por conta própria o benefício financeiro seria maior. A renda vitalícia subiria de R$3.800,00 para R$5.000,00 aproximadamente. Mas teria um trabalho a mais de gerir o recurso por conta própria, o que exige disciplina e organização.
Outra possibilidade: portar o recurso para seguradoras como Mapfre, SulAmerica, Icatu ou Mongeral
Nós fizemos também uma cotação de portabilidade da Caixa para uma outra seguradora, como Mapfre, SulAmérica, Mongeral e Icatu Seguros. Existe uma série de seguradoras robustas e confiáveis que já estão no mercado há bastante tempo.
Justamente por não terem a mesma capilaridade de Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Santander, a Mapfre, Mongeral, Icatu Seguros, SulAmérica, e outras seguradoras, acabam tendo que oferecer condições melhores para atrair clientes.
Na cotação feita para o José, a diferença entre o que ele receberia pela Caixa Econômica Federal e pela Mapfre é de R$700,00. Se no banco a renda vitalícia equivale a um montante de R$3.800,00, na renda vitalícia da Seguradora Mapfre ele receberia aproximadamente R$4.500,00.
Funciona assim: essas seguradoras fazem o que se chama de “comprar a renda”. Eles compram a reserva do José e passam administrá-la. Além da correção com a inflação é oferecido um juros real de 3% ao ano, que faz muita diferença no poder de compra.
Portanto, é possível aumentar o benefício financeiro, sem o inconveniente de ter que gerir seu próprio recurso. Se você não quiser ter esse trabalho, acha que não domina tanto e quer entregar sua reserva na mão de um gestor profissional para ter uma velhice tranquila, você pode entregar nas mãos de uma dessas seguradoras, como a Mapfre, SulAmérica, Mongeral, Icatu Seguros, etc.
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Nova forma de relacionamento bancário
Clientes do Banco do Brasil podem agora fazer 11 transações financeiras por meio do WhatsApp: transferência, consultas do código Iban (que indica o número de conta internacional), recarga de celular, liberação de cartão, saldo de conta corrente, extrato de conta corrente, saldo de poupança, extrato de poupança, extrato de Fundo de Investimento, rastreio de cartão e emissão de fatura de cartão.
Funciona assim: o cliente salva o número do Banco do Brasil no seu telefone e começa uma conversa com gerente. Como medida de segurança, eles mandam uma notificação via SMS para confirmar a identidade o usuário.
Esse é mais um exemplo de concorrência entre os bancos, que geram comodidades para os cliente. Se o Banco do Brasil não se atualizar, alguma fintech vai aparecer para suprir esse gap e o banco vai acabar perdendo mercado.
É seguro?
Vemos com frequência notícias sobre hackers que invadem contas e aplicativos, roubam dados pessoais dos usuários ou fraudam contas. Esse sem dúvida é um risco. Mas também há essa ameaça para o aplicativo do celular, caixa eletrônico e outros meios digitais de se fazer operações bancárias.
Por isso o banco liberou apenas onze operações. É preciso ir aos poucos ao tentar fazer esta aproximação com o público jovem. Por outro lado, esse é um movimento que não dá pra evitar. Há uma necessidade enorme de atualização dos canais de atendimento.
Todo dia essas empresas estão fechando uma brecha e abrindo uma outra. É o famoso ditado “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Mas de qualquer maneira, elas precisam se adaptar a essa nova realidade.
E agora? O que eu faço com todas essas atualizações?
O mundo está mudando os provedores de serviço estão tentando melhorar a maneira de atender o público. Cabe a nós, consumidores financeiros, tentarmos nos informar cada vez mais das potencialidades e melhores alternativas, a fim de economizar e fazer o nosso dinheiro render mais.
Vale ressaltar que ninguém é obrigado a nada. Você pode decidir aderir às novas formas de relacionamento bancário, fazer a portabilidade para alguma seguradora, como a Mapfre, Icatu Seguros ou SulAmerica, pode querer conversar com Banco do Brasil no WhatsApp, ou pode simplesmente não fazer nada.
Você pode ficar quieto no seu canto, como no caso do José, por exemplo, que chegou aos 60 anos com seu um milhão de reais, está com o “burro na sombra” e pode simplesmente querer ficar aonde está. Porém, ainda assim, eu recomendaria a portabilidade, que pode ser feita de maneira segura, simples e prática para empresas sérias.
Além disso, fica um recado para os filhos e netos: ajude seus pais e avós a se atualizaram e a potencializaram a reserva que foi fruto de um trabalho durante décadas. Isso porque muitas pessoas chegam a uma certa idade e acham que já não dá mais para elas. Mas todos nós, independentemente do tempo de vida, podemos tirar proveito das mudanças que vem acontecendo no mercado financeiro.
Por fim, fica o convite para você, leitor: ouça o podcast, deixe suas dúvidas e comentários!
Ótimo artigo, muito claro e objetivo.
Eu comecei minha previdência aos 30, 3 anos atrás, e optei pela Mapfre. Pela sua análise então eu fiz uma boa escolha, certo?
Forte abraço!
Boa noite Alex.
Que bom que gostou do conteúdo. Fique à vontade para nos recomendar.
Sobre a Mapfre, parece sim uma boa empresa. Seguradora com ampla atuação internacional e em fase de desenvolvimento no Brasil, inclusive inovando em seus produtos. Mas, como qualquer coisa em finanças, nunca é demais desconfiar e continuar sempre alerta. Nada é 100% garantido.
Grande abraço.
=I