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Lugar de educação financeira é também nas escolas

“Ao meu lado, o dicionário, cheio de palavras
que eu sei que nunca vou usar”
(Raul Seixas, “Eu também vou reclamar”)

 

Eu fui um bom aluno no ensino médio. E, como tenho uma memória razoavelmente boa, mesmo passados uns 25 anos ainda me lembro de bastante coisa que aprendi naquele tempo. Por exemplo, ainda sei equilibrar uma equação química, conheço alguns tecidos do corpo humano, me lembro de todas as classes de vertebrados e sei o que são orações assindéticas.

Agora eu pergunto: para que me serve saber isso? E respondo: para absolutamente nada, a não ser para me fingir de culto de vez em quando – ou seja, absolutamente nada. Se, em vez de centenas de aulas de química e biologia, eu tivesse tido umas dezenas de aulas de finanças pessoais, possivelmente não teria ido quase à falência aos 30 anos de idade. E até mesmo na matemática, cuja utilidade é indiscutível, isso acontece. Se, em vez de ensinar binômio de Newton, o professor tivesse nos apresentado matemática financeira, teria sido muito mais útil e agradável.

(Antes de prosseguir no assunto, vou aqui fazer uma breve e talvez desnecessária explicação: não estou discutindo a utilidade da química, da biologia, do binômio de Newton etc; estou apenas dizendo que acho descabido que todo aluno de ensino médio precise aprender isso.)

Questionar a utilidade de certos temas no currículo escolar é assunto para blog de pedagogia. Mas a inclusão da educação financeira nos ensinos fundamental e médio nós podemos discutir aqui – como, aos poucos, temos feito.

Tenho lido notícias – principalmente em portais do governo federal – sobre a introdução desse tipo de conteúdo em escolas públicas já em 2015. Se e como isto vai acontecer, não sabemos.

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Para quem estuda ou tem filhos no ensino público, o jeito é aguardar um pouco para ver. Quem estuda ou tem filhos no ensino privado pode usar os canais oferecidos pela escola para sugerir a inclusão da educação financeira – como disciplina independente ou como assunto dentro de alguma outra disciplina.

Caso a escola não ofereça o conteúdo – ou caso a pessoa não esteja mais na escola –, cabe perguntar o que se pode fazer. Não vejo muito segredo: correr atrás. Ler, refletir, aprender, discutir, ensinar, inventar, praticar. Trazer o assunto para o dia a dia, para a prática individual e familiar. Quanto antes, melhor.

Além do nosso blog, é possível encontrar na internet planilhas, aplicativos, cursos e programas, e, fora da rede, há livros, programas de TV, enfim, várias fontes de conhecimento. É o caso de pesquisar com cuidado – pois nem tudo é de boa qualidade – e mergulhar. Dá um pouco de trabalho, mas com certeza compensa.

 

Eis algumas sugestões de links que podem ser úteis, para começar:

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