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Oniomania: o vício em consumir

Educando Seu Bolso
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Oniomania: o vício em consumir
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Só por hoje eu espero conseguir
Aceitar o que passou e o que virá
(Renato Russo, “Só por hoje”)

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Você certamente sabe que há milhões de pessoas viciadas em drogas, bebidas alcoólicas ou tabaco. Possivelmente já ouviu falar também em viciados em comida, jogos de azar ou sexo. Mas sabia que existem viciados em consumir? Viciados MESMO, pessoas que têm relação doentia com o hábito de comprar. Esse transtorno tem nome: oniomania.

As conseqüências desse tipo de vício não são difíceis de imaginar. A princípio, descontrole financeiro, endividamento exagerado, perda de patrimônio. Passado algum tempo, ansiedade, perda da dignidade, ruptura nas relações familiares, profissionais e de amizade.

No mundo atual, onde a regra é a superexposição ao consumo, a maioria de nós de vez em quando incorre em hábitos de compra pouco saudáveis. Outros exageram no consumo com mais freqüência. Isso não quer dizer que a pessoa esteja viciada, talvez esteja apenas se deixando levar pelas campanhas de marketing.

Para quem pensa que pode estar perdendo o controle dos seus hábitos e quer refletir a respeito, existe uma lista de 15 perguntas:

  1. Suas dívidas estão tornando sua vida familiar infeliz?
  2. A pressão das suas dívidas distraem você do seu trabalho diário?
  3. Suas dívidas estão afetando sua reputação?
  4. Suas dívidas fazem você pensar menos de si mesmo?
  5. Você já deu informações falsas a fim de obter crédito?
  6. Você já fez promessas falsas aos seus credores?
  7. A pressão de suas dívidas faz você se desleixar do bem estar da sua família?
  8. Você tem medo que o seu patrão, família ou amigos saibam a extensão total de suas dívidas?
  9. Quando você se depara com uma dificuldade financeira, o prospecto de uma Financeira lhe dá uma sensação de alívio?
  10. A pressão de suas dívidas lhe causa dificuldades para dormir?
  11. A pressão de suas dívidas já lhe levou a pensar em se embebedar?
  12. Você já pegou dinheiro emprestado sem dar a devida consideração à taxa de juros que será obrigado a pagar?
  13. Você geralmente espera uma resposta negativa quando é submetido a investigação de crédito?
  14. Você já desenvolveu um plano rígido para pagamento de seus débitos, e rompeu isto sob pressão?
  15. Você justifica suas dívidas falando para si mesmo que é superior às outras pessoas, e que sairá das dívidas da noite para o dia?

Essa lista foi preparada pela irmandade Devedores Anônimos, formada por pessoas que identificaram a oniomania. Ao reconhecer em si o vício pelo consumo, se ajudam mutuamente a controlar a compulsão. É estruturada de forma semelhante à dos Alcoólicos Anônimos. Segundo a irmandade, caso a pessoa responda “sim” a pelo menos 8 perguntas, é recomendável ficar atento.

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Sintomas da oniomania

Existem inúmeros outros sintomas de hábitos de consumo pouco saudáveis. Eis alguns deles:

  • Sentir euforia ou alívio quando está realizando uma compra.
  • Ficar arrependido e com remorso após a compra.
  • Não refletir sobre a real necessidade de adquirir algo.
  • Irritar-se quando não consegue comprar imediatamente o que deseja.
  • Perder interesse pelo objeto comprado, pouco depois de adquiri-lo.
  • Conviver naturalmente com empréstimos bancários sucessivos ou simultâneos.
  • Ser alertado por parentes e amigos sobre maus hábitos de consumo.
  • Comprar objetos e não usá-los.
  • Não saber ao certo quanto dinheiro tem e quanto deve.
  • Deixar de pagar algo essencial para poder comprar algo supérfluo.

Não custa refletir um pouco. Consumir é uma necessidade natural e deve ser algo saudável.

Da nossa parte, recomendamos a Santíssima Trindade da educação financeira.

E você? Conhece alguém que parece ter perdido o controle? Quer sugerir algum outro sintoma de maus hábitos? Fale conosco!

Escute nosso podcast sobre o assunto para saber mais.

Livro Educando Seu Bolso

Autor

Ewerton Veloso é bacharel e mestre em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalha há mais de 10 anos na área de monitoramento do Sistema Financeiro Nacional e é professor de Administração. Neste espaço, pretende convidar o leitor à organização das suas finanças e à reflexão quanto ao seu comportamento como consumidor e investidor.

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