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O ensino da Matemática e da Educação Financeira na Infância – Parte II

Nosso post de hoje dará continuidade ao de sexta feira passada, sobre o curso ministrado pela professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Márcia Hauss, sobre a Matemática na Educação Infantil.

Uma das perguntas que deixamos para reflexão foi:

-A Educação Financeira e a Matemática podem ser aliadas? Ou devem ser aliadas?

De forma bem objetiva, A MATEMÁTICA É, SIM, uma grande aliada na construção de uma vida financeira saudável. A pessoa não precisa ser uma especialista no assunto, mas o contato com esta área de conhecimento de forma útil e prazerosa é MUITO importante, e quanto antes, ou seja, quanto mais jovem, melhor.

Como abordamos, o desafio encontrado pelos docentes de hoje (pais e professores) está em despertar nas crianças e jovens o sentido real para o uso desta disciplina que é imprescindível na vida atual e uma ferramenta muito importante para a construção da vida financeira saudável.

É preciso descontruir o conceito da matemática e compreender que esta é uma área de conhecimento humano que foi surgindo a partir do problema e da necessidade de resolvê-lo. O início de tudo ocorreu pela necessidade de solucionar uma situação. Outro aspecto é que é um conhecimento construído em espiral, não adianta apresentá-lo sem conectá-lo com a vida do educando. O educador deve retomar e rever o conceito ensinado e depois ampliar, retomar novamente e ampliar, retomar o mesmo conceito novamente e ampliar, fazendo um caminho em espiral.

Somos fruto de uma educação compartimentada, como se fosse uma caixinha para cada área de conhecimento, mas na verdade está tudo integrado, o conhecimento tem que estar interligado, pois a vida está toda interligada e este deve ser o cuidado ao ensinar:

– Considerar o conhecimento prévio do educando;

– Interligar os conhecimentos;

– Entender qual é o contexto social de cada criança;

– Relacionar com a vida deles.

Diante destes aspectos, relacionamos para vocês algumas ações práticas que auxiliam na construção deste conhecimento em congruência com a Educação Financeira em nosso dia-a-dia:

– Contagem, localização, noção de tempo (ontem, hoje e amanhã), devem estar presentes diariamente.

– Toda situação deve ser uma oportunidade para PROBLEMATIZAR a situação a partir do que está acontecendo -> “E se” -> É fundamental e flexibiliza a forma de pensar.

– Pedir para cada um criar os próprios desafios, com as coisas que vive em seu dia-a-dia, dando para a criança alguns dados que possam ser utilizados nestes desafios.

– O que foi aprendido na escola deve ter continuidade em casa, esmiuçar todas as oportunidades, construir o conhecimento junto com eles. Tudo deve ser uma continuidade do vivido em sala.

– Criar em casa um ambiente estimulante e desafiador. Exemplo: uma faixa numérica que circunda o quarto com números incompletos para as próprias crianças completarem.

– Perceber o momento que aquela criança está vivendo, observar a sua faixa etária e fazer intervenções correspondentes, ensinar com significado.

– Jogos são uma grande possibilidade de problematizar; neles se criam estratégias e se aprende por aproximações sucessivas.

Trazendo a Matemática de forma natural para o dia-a-dia dos pequenos, a entrada da Educação Financeira contempla o que tratamos aqui: retomar um conceito e ampliar, retomar novamente este conceito e ampliar, ou seja, a construção deste conhecimento em espiral.

Aguardamos você na próxima semana para concluirmos juntos este tema tão atual e importante, especialmente no momento de vida que todos nós atravessamos em nosso país nesse contexto econômico difícil pelo qual nosso país está passando. Até lá!

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