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Lâmpada de LED: é ou não é uma boa ideia?

Você já está sentindo na pele o aumento da conta de energia elétrica? Pois é, em 2015, até agora, o reajuste já acumula 35% em Minas Gerais. Altas semelhantes também vem acontecendo em outros estados. Os tempos de crise são bons para reavaliar os padrões e hábitos de consumo, os produtos que consumimos, para ver onde é que podemos enxugar os gastos. Uma possibilidade que volta e meia está sendo discutida por aí na mídia é a de substituir as já não tão novas lâmpadas fluorescentes pelas novíssimas lâmpadas de LED que têm aparecido por aí na praça.

 

Como calcular a economia de uma lâmpada de LED

Pois então, com a ajuda do meu amigo José Ronaldo Tavares Santos, engenheiro eletricista e professor universitário da área, fiz a conta pra ver se vale ou não a pena fazer essa troca. Nessa conta, assumi algumas hipóteses:

  • Comparei o consumo de uma lâmpada fluorescente com o de uma lâmpada de LED, ambas com o mesmo nível de luminosidade;
  • Considerei um uso diário de 4 horas;
  • A vida útil de uma lâmpada de LED é três vezes maior que a de uma lâmpada fluorescente;
  • O custo da energia é de R$0,80 por KWh

O objetivo final desse exercício é calcular e comparar o custo médio mensal de uma lâmpada, custo este que foi desmembrado em dois:

  • O valor gasto na compra das lâmpadas, transformado em gasto mensal considerando a vida útil de cada lâmpada; e
  • O gasto relacionado ao consumo de energia elétrica de cada uma delas.

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Lâmpada LED x lâmpada fluorescente

Então vamos lá: primeiramente, o uso da fluorescente por quatro horas diárias resultará numa vida útil de 3,5 anos; já a de LED demorará 10,5 anos. Logo, serão necessárias três fluorescentes pra durar o mesmo tempo que a lâmpada de LED e permitir a comparação.

As três lâmpadas fluorescentes custam R$21, e a de LED, R$ 31,05. Dividindo esses valores pela quantidade de meses de vida útil da de LED, estimamos o custo “mensal” da compra das lâmpadas fluorescentes em R$ 0,17, menor preço que os R$ 0,25 da lâmpada de LED.

Mas isso ainda não é suficiente para decidir: é preciso também ver se a tão famosa economia de energia da lâmpada de LED compensa o seu maior custo. A lâmpada fluorescente analisada consome 15W e a de LED, 8,5W. Fazendo as contas do consumo de energia elétrica considerando as 120 horas ligadas por mês, o gasto mensal com energia elétrica pelo uso da fluorescente é de R$ 1,44 enquanto o da de LED é de R$ 0,82.

Somando os dois (aquisição da lâmpada + custo da energia elétrica), o gasto mensal da lâmpada de LED será de R$1,06 ao longo dos 10,5 anos, menos que o da fluorescente, R$1,61. Assim, a economia com a lâmpada de LED será bem pequeninha, de R$ 0,55 em um mês, de R$ 6,60 em um ano e de R$ 67,95 no período total de vida útil, de 10,5 anos. Considerando a análise para, digamos, 10 lâmpadas, a economia anual seria de R$ 66, ainda pouco representativa pra justificar todo o trabalho de troca, a meu ver.

Fizemos a mesma análise com as outras duas lâmpadas, de maior luminosidade: a fluorescente de 23W de potência e a de LED, de 14W. Os resultados em termos de economia são bem parecidos, uma vantagem muito pequena da lâmpada de LED, resultando numa economia de apenas R$ 79,73 ao longo dos 10,5 anos.

 

Conclusão: vale a pena?

Em resumo: trocar as lâmpadas agora em busca de economia não me parece ser um negócio tããão bom assim quanto se tem dito por aí.

Atualização: em junho de 2016 nós publicamos um texto bacana, que traz dicas interessantes e uma tabela bastante completa sobre consumo de água e energia elétrica. Vale a pena conferir!

186 comentários

    • Muito boa sua pergunta, Francisco.

      O valor em Watts (W) informado em lâmpadas ou em qualquer aparelho elétrico refere-se ao valor de potência ativa. Quando falamos em consumo, falamos em Watts/Hora (W/H).
      Para o cálculo do consumo alguns fatores são avaliados, tais como: o fator de potência e a qualidade da instalação. Portanto, para verificar o real consumo de energia avalia-se o consumo em Volt-ampère (VA) e não o consumo em Watts.
      A maioria dos fabricantes só publica o consumo de seus produtos em Watts.
      Os antigos relógios medidores de energia não conseguem ler a potência reativa. Assim, a conta é calculada somente pela energia ativa, geralmente em kWh. Dessa forma você pode considerar, para consumo residencial, que o consumo em Watts corresponde a Watts/Hora.
      A previsão é que até 2018 as concessionárias trocarão os medidores de energia magnéticos pelo eletrônicos, que consegue ler todos os tipos de potência. A partir daí, a cobrança será pelo consumo total em volt-ampère.

      Atenciosamente,
      Othon de Carvalho

      Responder
        • Obrigado pela visita, Otavio.
          Bom, não conseguimos localizar tal embasamento. Você teria como nos citar a fonte?
          De todo modo, suspender a cobrança da potência reativa favoreceria a ineficiência, concorda? Esperamos que a ANEEL não siga por tal caminho.
          Atenciosamente
          Equipe Educando Seu Bolso

          Responder
          • Mas tu também concordaria que não é atribuição do cliente residencial primar pela eficiência energética.

            Trabalho numa concessionária, e a suspensão não é recente, mas não afeta todos os clientes. Inclusive se deixou de fazer leitura de consumo reativo nas unidades consumidoras afetadas (mesmo naquelas onde existe medidor de energia reativa instalado).

            Eu só não lembro se não é mais cobrado dos residencias apenas ou se de todos os clientes atendidos em baixa tensão.

            Vou tentar achar a informação.

            Responder
    • O consumo de luz é cobrado em kWh (quilo-watt-hora), que corresponde à energia consumida por um aparelho de 1000 W de potência ligado por 1 hora.

      No caso da lâmpada (como qualquer aparelho) tu pega a potência em W, divide por mil e esse será o consumo, em kWh, da lâmpada ligada por uma hora.

      Responder
    • Marcos,

      O cálculo por você questionado baseia-se na durabilidade de uma lâmpada de LED, que é estimada em 10 anos. Para o mesmo período são necessárias três lâmpadas fluorescentes. Por isso o cálculo é feito com a relação 3 para 1.

      Atenciosamente,
      Othon de Carvalho

      Responder
  • Você esqueceu de mencionar o reator da lâmpada fluorescente, as lâmpadas de LED não precisam de reator! E esses reatores precisam ser substituitos em algum momento, pois podem queimar! E o unico trabalho que você vai ter é de comprar a lâmpada de Led e realizar a troca! Pois a de led segue o mesmo modelo da fluorescente! Eu substituiria as lâmpadas fluorescente pela de LED conforme fosse queimando! Gostei da matéria! (:

    Responder
  • O que fiz em minha casa foi realizar a substituição da lâmpada fluorescente pela de LED quando houve necessidade, já faço isso há 01 ano e esse processo ainda não terminou, pois ainda tenho lâmpadas fluorescentes que ainda funcionam. Quando uma queima, eu troco por outra de LED.

    Responder
  • Como o LED não possui em sua composição metais pesados como chumbo e mercúrio, não há necessidade de um descarte especial como as lâmpadas fluorescentes.

    O meio ambiente agradece!

    Responder
  • Eu uso lampadas fluorescentes philips 23W, qual ficaria equivalente a elas? ate hoje nao comprei led por nao ter confiança de qual marca ou qual potencia comprar.

    Responder
    • Boa noite Diego. Segue abaixo a resposta do Othon de Carvalho:

      A lâmpada fluorescente eletrônica da Philips de 23W equivale a uma lâmpada incandescente de 90W. Para substituir esta lâmpada a própria Philips tem um modelo de bulbo que consome apenas 13,5w.

      Grande abraço e muito obrigado pela confiança.

      Responder
  • Geralmente se fala muito em economia domestica, mas a grande verdade mesmo é que para quem é dona de casa sabe que milagres não existem, mesmo que se troque marcas, diminua aqui, ou ali, milagres não existem.

    O que pode existir sim é o que se chama de cooperação entre todos aqueles que moram na mesma casa. Cooperação no sentido de quando passar por um cômodo apagar a luz, assim se economiza energia elétrica; quanto as sobras de comida, não jogar fora, mas quando perceber que os pequenos volumes de sobrinhas estão aumentando, buscar inventar algum prato para aproveitar essas pequenas sobras, e assim também fazer uma coisa diferente na alimentação; para aquelas regiões em que se possue caixa d´água nas casas, durante a madrugada desligar o registro de água, assim os pequenos vazamentos que porventura tenha, cessam durante a madrugada, e assim se economiza na conta de água também.

    Ou seja, pequenas atitudes no dia a dia que muitas vezes fazem a diferença no final do mês.

    J.Z. MAGAZINE
    “Onde a sua economia é nossa maior satisfação”

    Responder
    • Sim, levamos em consideração o consumo dos reatores nas lâmpadas tubulares, que são em média 2,5 watts por lâmpada, variando de acordo com cada fabricante. Já as lâmpadas fluorescentes compactas são fabricadas com o reator integrado, nesse caso não necessita somar o consumo do mesmo.

      Responder
  • Outro fator que deve ser levado em conta é o número de ciclos liga/desliga por dia ao qual submeteremos uma lâmpada. As fluorescentes compactas têm sua vida útil consideravelmente reduzida à medida que precisamos acender e apagar mais vezes ao dia, pois você acaba solicitando mais do reator e eletrodos da lâmpada, enquanto que nas LED o impacto é insignificante. Nesse caso, o LED pode se mostrar bem mais econômico.
    Em tempo: tenho visto algumas lâmpadas LED com uma equivalência em relação às incandescentes e fluorescentes compactas, digamos, “forçada”. Esses dias mesmo encontrei numa loja uma LED 12W e 1200 lumens com equivalência declarada de 200w em relação à incandescente. Só que uma incandescente de 200W em tensão 220V produzia cerca de 3000 lumens. Já uma incandescente de 100W e 220v produzia 1350 lumens com bulbo transparente, e 1215 lumens com bulbo leitoso. então essa LED na verdade equivale à 100w incandescente e 20w fluorescente compacta, apresentando uma redução de consumo de 88 e 40%, respectivamente. O que continua sendo uma ótima economia, diga-se de passagem. Fica a dica: sempre comparar o fluxo luminoso.

    Responder
    • Boa tarde Vinícius, transcrevo abaixo a resposta do Othon de Carvalho ao seu comentário.
      Grande abraço e muito obrigado por sua participação

      —–
      Em relação à vida útil das lâmpadas de LED, e importante lembrar que, se não for feita uma ligação elétrica correta ela pode queimar rápido, ao levar a fase da rede direto na lâmpada e o neutro ao interruptor, algumas lâmpadas de LED reagem piscando mesmo quando apagadas, o que reduz considerável em sua vida útil.

      Em relação ao fluxo luminoso, fabricantes diferentes, com a mesma quantidade de watts divulgada, conseguem um fluxo luminoso diferente. Esse é um dos motivos que devemos comparar e comprar lâmpadas de qualidade, porque enquanto o INMETRO não exige o selo de certificação do Led, vamos encontrar vários fabricantes que a descrição não condiz com o produto, por isso existe uma diferença de preço enorme, entre algumas marcas, A grosso modo, 9w em LED de boa qualidade corresponde a 100 w das antigas incandescentes.

      Acredito que com a certificação tudo isto vai acabar.

      Responder
  • Ninguém levou em consideração o reajuste da energia eletrica que afeta tanto o processo fabril quanto o consumidor final. Se vc levar em conta o reajuste anual, vai ver que o quanto antes adquirir a LED melhor tendo em vista que a moeda perde o valor mas o produto e o custo da energia corrigem de acordo com o câmbio

    Responder
    • Agradeço seu comentário “Energy” e transcrevo abaixo mais uma vez a avaliação do Othon de Carvalho – responsável aqui no Blog pelos assuntos relacionados a energia elétrica.

      ————–

      O mais importante de pensar em compra agora, e que provavelmente haverá um reajuste entre 15 a 20% em produtos de LED a partir da normatização em outubro de 2016. Este fato vai eliminar lâmpadas de baixa qualidade do mercado acabando a concorrência desonesta.

      Se você tem disponibilidade de recursos agora, estude a possibilidade de começar a investir em energia fotovoltaica com inversor grid-tie.

      (O inversor grid-tie é um aparelho usado para conectar um sistema fotovoltaico na rede elétrica dispensando o uso de baterias)

      Responder
  • A lampada de led é totalmente economica tive uma economia de 50% na redução na conta de luz trocando todas as lampadas da minha casa. Pensando nisso resolvi investir nesse mercado que só cresce. Mais focando no led e com qualidade que dure. Pesquisei por um tempo qual seria a melho lampada Led. e cheguei em uma marca de qualidade Chamada Lampadas Golden que inclusive tem o selo do Inmetro.

    Responder
    • Boa tarde Rodrigo. Seuge abaixo a resposta do Othon de Carvalho, nosso atual responsável pelo assunto aqui no Blog.
      Abraço e obrigado pelo seu contato,
      Frederico

      ————-

      “Fazer algum comentário sobre quem é melhor ou pior nesta altura onde não existe normatização seria precipitado. (A obrigatoriedade de certificação das lâmpadas de Led no Brasil esta prevista para de outubro de 2016)

      O que me orienta sobre qualidade está diretamente ligado ao prazo de garantia que os fornecedores dão, ou seja, quem dá um prazo maior, tem mais qualidade. Cinco anos de garantia, por exemplo, são poucos os fornecedores que dão, conheço só dois Philips e Ledstar, outro ponto a considerar e que as fabricas importam seus estoques de indústrias chinesas, não significa que a qualidade e ruim e sim que marcas diferentes podem ter os mesmos fornecedores.

      Visitei fabricas no Brasil que alegavam a produção, mas na verdade somente executavam a montagem das lâmpadas, os componentes eletrônicos usados eram chineses.”

      Responder
  • bom dia um dado importante a ser levado em consideração é que as lâmpadas fluorecestes são acompanhadas por reatores e esses frequentemente terão que ser trocados, custo esse que não foi levado em consideração na aquisição das lâmpadas fluorecestes convencionais, custo esse que sai em média de R$35,00 à R$40,00 por unidade e já as de LEDs são instaladas direto na rede eliminando assim esse custo de aquisição mais a mão de obra de um eletricista profissional (O QUE É INDISPENSÁVEL NA HORA DE REALIZAR MANUTENÇÕES EM QUALQUER PARTE ELÉTRICA).
    Sendo assim eu como eletricista sou totalmente a favor das LEDs.
    Abraços.

    RODRIGO CARDOSO.

    CONTATOS:

    FIXO:(011)3869-5283.
    CEL:(011)96050-2388 (OI).
    CEL:(011)98410-5022(TIM).
    E-mail: [email protected]

    Atendimento em todo estado de São Paulo, SP.

    Responder
  • O post é interessante. Sou defensor do LED.
    No cálculo do exemplo devemos considerar também que o custo do kWh vai sofrer aumentos nesse período, além de estar sujeito às bandeiras tarifárias.

    Responder
  • Não li todos os post, mas minha dúvida é a seguinte: GARANTIA. Como funciona no caso de lâmpadas que queimam? Quanto tempo o fabricante deve dar de garantia?

    Responder
    • Bom dia Alessandro.

      Repasso a resposta do Othon de Carvalho – nosso colaborador responsável por assuntos relacionados a aparelhos elétricos: “A garantia vai de 1 a 5 anos, geralmente as trocas são efetuadas com a nota fiscal na própria loja onde foram adquiridos os Leds.”

      Esperamos que esclareça sua dúvida e agradecemos pela confiança.

      Abraço Frederico

      Responder
  • As lâmpadas led podem até durar 10 anos, mas os circuitos eletrônicos não acompanham a vida útil do led. Entendo que este parâmetro (duração da lâmpada) não deve ser levado em conta.

    Responder
    • Caro Ranzinza,

      Transcrevo abaixo a resposta do Othon de Carvalho – nosso especialista em assuntos relacionados a materiais eletroeletrônicos:

      “A durabilidade na embalagem de cada produto refere-se a duração do conjunto.”

      Grande abraço

      Responder

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