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Financiamento imobiliário: amortizar ou não?

“Quitinete de um quarto que eu comprei a prestação
pela Caixa Federal, au, au, au,
eu não sou cachorro não.”
(Raul Seixas, “É fim de mês”)

Muito já foi falado aqui no blog sobre financiamento imobiliário. Comentamos antes sobre o tema de hoje,  amortização do saldo devedor do financiamento. Trago um exemplo particular de um amigo que me pediu conselho. Há aproximadamente 4 anos ele financiou R$ 210 mil em 30 anos. A prestação inicial era de cerca de R$ 2 mil, sendo que menos de R$ 600 eram amortização, o restante eram juros, seguros, encargos etc.

Daí se vê que o financiamento imobiliário não é exatamente um excelente negócio, do ponto de vista financeiro. Paga-se uma carga imensa de juros, principalmente no início de contratos longos – nesse exemplo, a amortização representava 30% do valor da parcela, o restante eram custos financeiros. Mas, muitas vezes, é o negócio possível para quem quer ter seu imóvel próprio. Não é meu objetivo julgar o negócio em si, e sim opinar sobre o que se pode fazer agora, nesse caso.

O saldo devedor do financiamento atualmente é de R$ 180 mil, e é corrigido mensalmente pela TR. A prestação mensal, decrescente, está em R$ 1.800. A taxa de juros efetiva é de 9,6% ao ano. Para conceder essa taxa, o banco exigiu a contratação de cartão de crédito e abertura de conta corrente, ao custo mensal de R$ 30.

Meu amigo tem R$ 100 mil poupados em uma aplicação de baixo risco e alta liquidez, que rende 9% ao ano, já descontado o Imposto de Renda. Ele é financeiramente estável e disciplinado, consegue poupar mensalmente cerca de R$ 1 mil. A dúvida dele é se deveria usar a poupança para amortizar o financiamento.

O raciocínio básico é o seguinte: se os juros do financiamento são maiores que a remuneração das aplicações, compensa amortizar. O banco oferece duas modalidades de amortização: diminuir o valor da prestação ou antecipá-las. Se a prestação está comprometendo o orçamento familiar, a melhor opção é a primeira; se a pessoa tem uma quantia de dinheiro guardada e não vê uma boa opção de investimento, ou não quer correr o risco de gastá-lo, a melhor opção é a segunda.

Caso ele estivesse com o orçamento familiar apertado, a amortização de R$ 100 mil para diminuir o valor da parcela lhe traria um alívio de aproximadamente R$ 900 por mês, pois o valor da prestação cairia praticamente pela metade.

A outra opção, mais indicada no caso dele, que é uma pessoa disciplinada e com orçamento equilibrado, é a antecipação de parcelas. Com os mesmos R$ 100 mil, ele anteciparia aproximadamente 170 prestações, ou seja, mais da metade das parcelas restantes no contrato de financiamento dele.

A minha conclusão é a de que, na atual situação, ele não deve ficar ansioso para amortizar. É uma pessoa disciplinada, com orçamento equilibrado, tem um financiamento com taxa de juros não tão alta e uma aplicação com remuneração razoável. Com isso, a descapitalização para amortização não faz muito sentido.

Como eu disse, este é um exemplo bem particular. Para o leitor que tem financiamento, sugiro que faça uma análise detalhada da sua estrutura de endividamento e investimento, para tomar a melhor decisão. Está com dúvida? Entre em contato, fale do seu caso, talvez possamos ajudar. Se preferir, use nossa calculadora abaixo e simule você mesmo o resultado de amortização por prazo ou parcela!

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508 comentários

  • Olá Ewerton, achei muito boa a sua publicação, inclusive estive na Caixa há poucos dias e sua calculadora está de acordo com o que me foi passado na simulação que eu fiz lá.

    Atualmente meu saldo devedor é de 123 mil e pretendo utilizar 50 mil de FGTS para amortizar a dívida no prazo.

    Pela simulação, meu prazo cairia de de 253 meses para 87 meses (ou pela prestação, de $1440 para $868). Minha grande dúvida é se é vantagem utilizar o FGTS para amortizar parte desta dívida, e ainda, considerando que tenho conseguido pagar o valor da prestação sem problemas, se o mais vantajoso neste caso seria fazê-lo pelo prazo.

    Abraço!

    Responder
    • Olá, Marcos, obrigado pela sua mensagem.

      É vantajoso usar o FGTS, pois ele é um dinheiro que fica “preso”, rendendo pouco (apenas 3% ao ano). Nossa ressalva é que o FGTS pode também ser uma reserva financeira contra problemas como, por exemplo, perda de emprego. Mas fora isso, compensa usá-lo numa amortização, sim.

      Quanto à melhor modalidade (reduzir prazo ou valor da prestação), isso depende das características do contrato (prazo, taxa de juros) e das suas próprias características. Por isso não consigo te dar uma resposta precisa sem conhecer melhor a situação. Isso varia muito de caso a caso. Por isso nós oferecemos um serviço de consultoria. Ele visa justamente conhecer a situação de perto, desenhar uma estratégia adequada para cada caso e orientar a pessoa sobre como implementá-la da melhor forma (inclusive orientando quanto a investimentos), visando as amortizações futuras até a quitação.

      Se tiver interesse, me fale, e lhe passaremos mais detalhes.

      Abraço!

      Responder
      • Olá. Fiquei com dúvida no caso de utilização do FGTS pra amortizar e o impactado que vc citou sobre o saldo do FGTS numa situação de ser mandado embora. A multa rescisória não é baseada nas contribuições feitas pelo empregador? Caso não haja saldo por ter sido utilizado na amortização de financiamento, o empregado fica sem receber a multa em caso de rescisão?

        Obrigada.

        Responder
        • Roberta, obrigado pela sua mensagem!

          Boa pergunta. Mas não, a multa é baseada nas contribuições, e não no saldo. Então o uso do FGTS para amortização extraordinária, PPP ou quitação não afeta o valor da multa.

          Responder
  • Boa noite. eu estou pretendo financiar um imóvel pela sac. a minha intenção é pagar 2 parcelas por mês, pra reduzir o tempo de 30 anos para 15 anos. Eu quero saber se eu pagar assim, significa que o juros também vai cair pela metade ou no final eu vou pagar o mesmo tanto, alterando só o tempo.

    Responder
    • Olá, Elisângela, obrigado pela sua mensagem.

      Se você pagar 2 prestações por mês vai pagar menos juros no final das contas, porque a “segunda prestação” que você paga todo mês vai reduzir o saldo devedor. E é o saldo devedor que gera os juros. Dependendo da forma como você faz essas amortizações (a tal “segunda prestação”), os juros podem cair até para menos da metade. Mas aí é questão de fazer os cálculos e montar uma boa estratégia. Se quiser podemos ajudar, prestamos consultoria para esse tipo de situação. Se tiver interesse, nos diga, e lhe passaremos mais detalhes sobre como funciona. Abraço!

      Responder
  • Olá! Adorei seu
    Blog, e gostaria
    De uma
    Dica tbm…
    Temos um financiamento de casa De 300 meses
    Ainda faltam 262
    Porém A parcela eh tranquila não chega a 700,00
    Nosso saldo devedor eh de 88.000,00 com
    Juros de 4,5939

    Nesse meio tempo conseguimos juntar um
    Valor de 25 mil reias o q vc sujere?
    Abater no saldo? Ou diminuir as parcelas? O q eh mais vantajoso na questão dos juros? Ou vamos mais longe… por ter conseguido essa taxa baixa vale mais a pena aplicar esse valor e ir pagando a parcela? Realmente não sei o q eh melhor no momento! Agradeço desde já

    Responder
    • Olá, Josiane, obrigado pela sua mensagem!
      As taxas de juros do Minha Casa, Minha Vida realmente são tranquilas. No final das contas (incluindo seguros, taxa de administração e custos de manutenção de relacionamento bancário), fica próximo do rendimento líquido de uma aplicação boa e segura. Um pouco mais ou um pouco menos.
      Então, é recomendável usar parte desses R$ 25 mil para manter uma reserva financeira para emergências, e usar a outra parte em uma amortização extraordinária.
      Nós oferecemos um serviço de consultoria para situações como a sua. A partir de uma conversa (em que nós passamos a conhecer sua realidade, seu orçamento, seu perfil pessoal, seus planos), nós avaliamos de quanto seria essa reserva de segurança, e desenhamos uma estratégia adequada ao seu perfil para fazer as amortizações ao longo do prazo, visando quitar o contrato no futuro. E ainda orientamos sobre a melhor forma de cuidar do dinheiro enquanto isso.
      Se tiver interesse, entre em contato novamente, e lhe passaremos mais detalhes sobre como funciona.
      Abraço!

      Responder
  • Boa noite, parabéns pelo excelente texto e muito obrigada por compartilhar sobre esse assunto.
    Há dois anos iniciei um financiamento imobiliário de 30 anos, atualmente a mensalidade está em 1.179,00 reais. Em dezembro vamos conseguir amortizar 20 mil, acredito que as parcelas caiam para +- 950 reais, pois com a simulação de 30 mil que fiz na caixa caia para 859 reais.

    Fiquei em dúvida entre escolher pelo tempo ou valor, mas acredito que farei pelo valor, assim a parcela fica mais acessivel, e sobra mais dinheiro no final do mês, conseguimos guardar em média 2500 por mês, minha dúvida é:

    É a mesma coisa eu esperar ter um montante de 6 em 6 meses para amortizar ou ir lá na caixa amortizar (do valor) todo mês 2.500,00 reais?

    Sei que é cansativo ir todo mês, mas nesse caso não muda nada ir todo mês ou esperar de 6 em 6 meses?
    Muito obrigada!!

    Responder
    • Olá, Susana, obrigado pela sua mensagem!
      Pela matemática, compensa mais ir todos os meses e fazer a amortização extraordinária. Mas, como você disse, isso pode ser cansativo. Na agência onde eu tinha meu financiamento (quitei em 2017) era um parto fazer amortizações. A agência era longe do meu trabalho e sempre estava lotada. Em outras agências é mais fácil, as pessoas conseguem fazer isso por e-mail, telefone e transferência bancária. Depende da boa vontade do pessoal da agência (é bizarro dizer isso, mas infelizmente é assim).
      Quando a taxa de juros é alta, compensa fazer o esforço e realizar as amortizações sempre que possível. Quando não é tão alta, o custo de juntar o dinheiro alguns meses (e evitar a fila da agência) não é tão alto assim. Para saber esse custo eu precisaria fazer os cálculos.
      Parabéns pela lucidez com que lida com suas finanças. Abraço!

      Responder
      • Olá, Kaio, obrigado pela sua mensagem. E por ajudar nossos leitores a saberem das novas funcionalidades que a Caixa oferece. No tempo em que eu tinha financiamento pela Caixa isso não era possível.

        Abraço!

        Responder
  • Estou com dúvida também em relação a forma de utilização do FGTS para abater no financiamento imobiliário, fiz para pagamento em 300 prestações e já quitei 77 e o saldo devedor está em R$38.886, como vou sair do meu emprego para assumir cargo público com o dinheiro da rescisão não sei qual seria a melhor opção: abater nas prestações ou diminuir no prazo, visto que agora minha remuneração diminuirá bastante.

    Responder
    • Olá, Lu, obrigado pela sua mensagem.
      Como você diz que sua remuneração diminuirá bastante, talvez o melhor seja reduzir a prestação, para que seu orçamento fique equilibrado.
      Eu precisaria fazer os cálculos para ver como ficariam os dois cenários. Oferecemos esse serviço sob a forma de consultoria. Você pode, por exemplo, usar parte da rescisão para reduzir a prestação, de forma que ela caiba no seu orçamento, e a outra parte para reduzir o prazo, para que você fique livre da dívida mais rapidamente.
      Se tiver interesse nesse serviço, entre em contato novamente, e lhe passo mais detalhes sobre as condições dessa consultoria.
      Parabéns pelo cuidado com suas finanças! Abraço!

      Responder
  • Adorei a página, fiz um financiamento em 2013 de um apto sempre que posso faço Amortização reduzindo o prazo do financiamento acho melhor porque reduz muito juros . Reduzir a prestação parece ser uma faixada, abracos.

    Responder
    • Olá, Hernane, que bom que você gostou do blog. E parabéns pelo cuidado com seu contrato.

      A redução do valor da prestação pode ser boa, se a pessoa guarda o dinheiro economizado todo mês visando novas amortizações no futuro. Mas reduzir o prazo também é bom, porque aumenta o valor da amortização mensal contida em cada parcela (assim o saldo devedor cai mais rapidamente). As duas coisas podem ser boas, dependendo da pessoa.

      Mas bom MESMO é fazer o que você faz: sempre que pode, realiza uma amortização.

      Abraço!

      Responder
  • financiar um apartamento. Com base, na sua situação financeira, na situação econômica do nosso país, apresente e justifique qual sistema de amortização você optaria por realizar o financiamento desse apartamento: Sistema SAC – Sistema de Amortização Constante ou Sistema PRICE – Sistema Francês de Amortização?

    Responder
    • Olá, Carlinhos, obrigado pela sua mensagem.

      Isso é uma questão de prova? “Apresente e justifique” 🙂

      Vamos lá.

      Uma vantagem do Price é ter prestações iniciais mais baixas e, por isso, exigir uma renda menor para quem quer contratar o financiamento. Para certas famílias, é a única forma de contratar.

      Para quem vai contratar o financiamento e levá-lo até o final do prazo, sem fazer nenhuma amortização extraordinária, no SAC a pessoa paga menos juros, no final das contas.

      Quando você traz outras variáveis para a história, aí depende de cada caso, e seria necessário fazer cálculos. Por exemplo, se a pessoa vai fazer amortizações extraordinárias e pretende quitar o contrato em poucos anos, pode ser que o Price seja mais vantajoso, e pode ser que o SAC seja melhor. Depende do volume das amortizações, do comportamento da pessoa, da sua condição de poupar e investir.

      No meu caso, quando fiz meu financiamento, escolhi o SAC, com prazo de 30 anos. Como sou bastante disciplinado para poupar e tenho disposição e disponibilidade para investir, fui realizando amortizações, construí uma reserva financeira e, quando foi a hora boa, quitei o contrato.

      Abraço!

      Responder
  • Boa noite Ewerton!
    Li um comentário seu sobre o PPP e vi que não acha uma boa opção.. vou dar um ex. pra ficar mais fácil o entendimento. A pessoa tem uma parcela de 1000 reais, usa o FGTS a cada ano para quitar 80% da parcela e paga apenas 200 reais por mês e os 800 que “economizou”usa para abater o saldo devedor. Não seria uma boa opção já que o FGTS rende apenas 3% ao ano?

    Ainda não fiz financiamento por enquanto estou estudando o assunto pra ver quais as melhores opções para quitar rapidamente (2/3anos), outra pergunta você acha válido financiar em 15 (e ficar com uma prestação bem baixa, para qualquer eventualidade que aconteça) e quitar em 2/3 anos ou fazer em um tempo menor?

    Responder
    • Oi, Vanessa, obrigado pela sua mensagem!

      Bom, vou explicar melhor meu ponto de vista.

      Eu acho o PPP uma ótima opção para quem precisa de um volume maior de dinheiro no curto prazo. Ele praticamente transforma o FGTS em dinheiro vivo a ser recebido em 12 prestações. Isso é muito bom.

      Mesmo para quem não tem urgência do dinheiro, fazer o PPP e aplicar o dinheiro é melhor do que deixá-lo parado na conta do FGTS, já que, como você disse, o rendimento dele é muito baixo.

      Porém, nesse caso, há uma forma melhor de usar o dinheiro, que é fazer uma amortização extraordinária. Pois assim você usa o FGTS integralmente para abater a dívida, isto é, reduzir o saldo devedor, enquanto no PPP você usa para pagar juros e encargos. Quando você reduz o saldo devedor você paga menos juros a cada prestação. Se fizer a amortização reduzindo o valor da prestação, sobra um dinheirinho que você pode aplicar. Se reduzir o prazo, são menos meses pagando encargos.

      Botando na ponta do lápis, compensa mais.

      Abraço!

      Responder
    • Uai, Vanessa, te respondi pela metade. Aqui vai a outra parte da resposta.

      Eu acho válida essa estratégia, sim. Contratar por um prazo maior para ter uma prestação mais confortável e realizar amortizações extraordinárias para reduzir o prazo, ou mesmo a prestação, até quitar o contrato.

      Aliás, foi exatamente o que eu fiz. Contratei com prazo de 30 anos e quitei em 5.

      Abraço!

      Responder
      • Muito obrigada pela rápida resposta Ewerton!
        Então a minha idéia de usar o PPP seria pra pegar a diferença entre as prestações e ir amortizando ao mesmo tempo. Estou calculando uma prestação que o valor do FGTS em 1 ano conseguisse pagar 80% da prestação e esse 80% que sobraria eu usaria pra amortizar mensalmente ou colocaria por exemplo na Nuconta que está rendendo 6% – IR.
        É que eu acho um absurdo o valor tão baixo que se paga de juros no FGTS.
        No caso da amortização extraordinária com FGTS só posso usar a cada 2 anos e fazendo as contas vi que conseguiria quitar o empréstimo em 3 anos se tudo continuar correndo bem, com o FGTS teria que esperar 4 pra conseguir fazer 2 amortizações extraordinárias. E já que vou ter que pagar os juros da parcela de qualquer jeito, penso ser o melhor usar o FGTS.

        Mas sabe como é as vezes o que no nosso ponto de vista pode ser o melhor, na verdade não é, por isso vim buscar a sua opinião.

        Só pra dar mais uma informação:Eu sou o tipo de pessoa que detesta ter dívidas/parcelas eu fico realmente feliz quando vejo não tenho nada pra pagar e detesto valor picado. Então eu realmente pegaria os 80% da prestação pra fazer amortização extraordinária, vou financiar só 25% do imóvel.
        Muito obrigada pela atenção. Abraços

        Responder
        • Vanessa, quando você faz uma amortização extraordinária, o saldo devedor cai imediatamente, por isso você passa a pagar menos juros também imediatamente. Quando você adere ao PPP, o saldo vai caindo mês a mês, por isso o benefício de pagar menos juros é menor (mais lento).

          Quanto a aderir ao PPP para aplicar o dinheiro a 6% menos IR, não faz sentido, porque seu financiamento é mais caro que isso.

          Por isso, no primeiro momento o melhor mesmo é amortizar.

          Mas e no “segundo momento”? Isto é, daqui a 2 anos? Faz sentido você questionar se o melhor seria aderir ao PPP por 1 ano, se estiver em vias de quitar o contrato. Eu não consigo te dizer o que compensa mais (PPP ou amortização) sem jogar tudo numa planilha e comparar. Nós oferecemos esse tipo de serviço, sob forma de consultoria. Se tiver interesse me diga, e lhe passo mais detalhes.

          Abraço!

          Responder
      • Acha possível apresentar em um post esse caso real seu. E os impactos em redução de juros e encargos que obteve com sua estratégia.
        Acho que seria muito rico.

        Obrigado desde já.

        Responder
        • Olá, Tássio, obrigado pela sua mensagem.

          E obrigado pela sua sugestão! Posso mesmo preparar um post mostrando isso. Como tomei a decisão (manter o dinheiro aplicado, ou amortizar reduzindo prazo ou prestação) e quanto economizei com a decisão.

          No meu caso houve uma situação curiosa: como eu estava começando a estudar esse assunto, fiz uma amortização em valor bem pequeno, apenas para ver o que acontecia com meu contrato.

          Abç!

          Responder
  • Ola meu nome e alex
    E comprei um apto 110 mil
    Mas meu saldo devedor e 60 mile minhas parcelas sao de 550 reais
    Eu nao tenho.uma renda muito grande
    Mas eu sempre deposito a cada dez meses 1mil reais no saldo devedor ea melhor solucao ou devo abater nas parcelas

    Responder
    • Olá, Alex, obrigado pela sua mensagem. E parabéns por, mesmo com uma renda não muito grande, conseguir fazer amortizações a cada dez meses.

      O que vai ser mais vantajoso depende de cada caso. Para avaliar “na ponta do lápis” eu precisaria fazer os cálculos. No seu caso, olhando rapidamente os números (seu contrato é pelo Minha Casa, Minha Vida?), eu creio que não faça tanta diferença, sob o ponto de vista financeiro. Creio que você possa escolher o que é mais prático para você, levando em conta outras coisas. Por exemplo: se está precisando de folga no orçamento, compensa reduzir a prestação. Se não tem essa necessidade, e se não tem muito tempo e disposição para gerenciar aplicações financeiras, compensa reduzir o prazo.

      Foi uma resposta bem superficial. Para conseguir te dar um conselho mais concreto eu precisaria saber mais detalhes sobre a situação. Abç!

      Responder
  • Muito bom dia. Assim como os demais, quero lhe parabenizar e agradecer pela postagem e por todo o conteúdo do blog. Está mudando a minha forma de ver as finanças!
    Minha dúvida é um pouco diferente. Já entendi que se dispor de um montante e quiser liquidar a dívida de um imóvel financiado na modalidade SAC será considerado apenas o saldo devedor no momento da quitação, desconsiderados os juros e demais encargos futuros. Ponto. Contudo li outro site especializado que questiona o fato de não haver reversão em crédito de parte dos juros e encargos já pagos nesta modalidade (SAC) até o momento da quitação, pelo fato de que o esse montante de juros/encargos pagos ter sido calculado levando em conta o prazo contratado (20, 30 anos…). Com a liquidação antecipada, esse prazo não se concretiza, ou seja, a pessoa não “usou” o prazo, mas acabou, antecipadamente, por pagar os juros/encargos nas parcelas I como ser fosse utilizar o prazo todo. Assim, os bancos estariam auferindo lucro indevido ao não devolver os juros/encargos de prazos que efetivamente o cliente não utilizou ao liquidar o financiamento antecipadamente.
    Logicamente isto se aplicaria apenas à modalidade SAC (que antecipa parte dos juros/encargos). Não para a tabela PRICE nem para financiamentos com “parcela fica”.
    Qual a sua opinião a respeito. É devido esse “ressarcimento” de juros?
    Um abraço.

    Responder
    • Olá, Leandro, obrigado pela sua mensagem e pelas suas palavras. Que bom que estamos te ajudando a mudar a forma de ver as finanças!

      Olha, o que esse outro site especializado afirma é totalmente descabido. A parcela de juros contida em uma prestação de financiamento imobiliário é igual à taxa de juros aplicada ao saldo devedor. Simples assim. O prazo não entra nesse cálculo. Isto é, se você vai financiar R$ 200 mil a 8% de juros anuais, por exemplo, não importa se o prazo é 240 meses, ou 300, 360 ou qualquer outro. A quantidade de juros contida na prestação será a mesma, independentemente do prazo.

      Portanto, não faz sentido falar em ressarcimento de juros.

      Abraço!

      Responder
  • Boa noite, primeira vez que entro no site e dou os parabéns pela dedicação e preocupação pelas perguntas e zelo pelas respostas.
    Minha dúvida é a seguinte:
    Tenho um financiamento mcmv
    Com juros de 6.6 a.a
    Financiado 121.000
    360 meses
    Vai fazer dois anos que estou pagando e tenho quase 10 mil de saldo no FGTS
    Qual a melhor opção para o financiamento?
    Estou com meu salário todo planejado pras contas por ser prestação de 1mil reais e estou indo morar no apto agora. O que você me sugere?
    Agradeço desde ja

    Responder
    • Olá, Claudinei, obrigado pela mensagem e pelas palavras.

      Creio que sua pergunta seja “qual é a melhor opção para AMORTIZAÇÃO”, certo? Isto é, se o melhor é reduzir prazo ou prestação.

      Isso depende de alguns fatores. Vou te falar quais, aí você decide.

      Pelo visto, as prestações estão cabendo no seu orçamento. Então não há uma NECESSIDADE de reduzi-las. Isso é bom. Você poderá pensar no que COMPENSA mais, então.

      Reduzir a prestação tem a vantagem de liberar um dinheirinho a mais no seu bolso todo mês. Se você tem disciplina para poupar, pode ser uma boa opção, porque te ajuda a criar uma reserva para emergências, ou para uma futura amortização do financiamento. Mas se você é gastador, então é melhor não reduzir a prestação (e sim de deixar de ser gastador, rs).

      Reduzir o prazo tem a vantagem de fazer o saldo devedor cair mais rapidamente a cada mês.

      O que vai ser melhor MESMO eu só consigo te dizer se fizer os cálculos das duas opções, e se te conhecer melhor, perceber o seu jeito, seus planos etc. Isso nós fazemos por meio de uma consultoria. Além de te orientar sobre o que fazer com o financiamento, ainda te orientamos sobre como cuidar do dinheiro para fazer amortizações até conseguir quitar o contrato.

      Se tiver interesse entre em contato novamente e te passaremos mais detalhes. Abraço!

      Responder
      • Olá! Parabéns pelo site! Estou com um caso parecido, tenho 13 mil de saldo do fgts e solicitei à caixa reduzir o valor das próximas 12 prestações, que passarão de 1.900 para 900 mais ou menos. O valor das prestações está um pouco pesado, pois não estamos conseguindo poupar dinheiro, não temos nenhuma reserva de emergência, nem sobra dinheiro pra quase nada. Então será que essa foi a melhor opção? Pensamos em poupar os 1.000 que vão “sobrar” da parcela e fazer algum investimento. Obrigada!

        Responder
        • Olá!

          Essa opção (chamada de PPP – Pagamento de Parte das Prestações) é indicada para quem precisa de uma quantidade maior de dinheiro no curto prazo. Porque ela não é exatamente uma amortização. Numa amortização o FGTS vai integralmente para diminuir a dívida. No PPP ele vai pagar a prestação, isto é, vai um pouco para a dívida, um pouco para os juros, um pouco para tarifa e seguros.

          Então, optar pelo PPP e poupar a diferença não é o melhor negócio. Agora que já fizeram, paciência, também não é o fim do mundo. Sugiro que guardem parte do dinheiro como reserva de emergência, e depois usem a outra parte para uma amortização extraordinária.

          Abraço!

          Responder
  • Olá Ewerton,parabéns pelo site e muito obrigada pelo conteúdo! Está me ajudando muito! Estou com uma dúvida que pode ser meio básica, mas está me tirando.o sono. É a seguinte: como é calculado o saldo devedor do financiamento imobiliário? Tenho um financiamento pela caixa, de valor total de 140mil, em 132 parcelas a 10%de juros. Já estou na parcela 20. O aplicativo da caixa diz que meu saldo devedor é de aproximadamente 120mil. Para calcular o saldo devedor, devo levar em conta somente o que ainda não foi amortizado pelas parcelas que já paguei, ou devo também somar os juros das parcelas faltantes (futuras)? Ou seja, o saldo devedor seria os 120mil (140mil -20mil, pois cada parcela que paguei amortizou por volta de 1000 reais). Ou o saldo seria 120mil +os juros previstos em todas as parcelas que ainda não paguei?
    Agradeço muito se puder me ajudar! Muito obrigada!

    Responder
    • Ei, Júlia, obrigado pela sua mensagem!

      O saldo devedor é apenas o que você ainda não pagou, sem incluir os juros das próximas prestações.

      Faço apenas uma ressalva ao cálculo que você mencionou. Todos os meses é SUBTRAÍDO do saldo devedor o valor da amortização embutida na prestação, mas é SOMADA uma correção do saldo pela TR. Então essa sua conta ($140 mil – $120 mil) não vai chegar ao saldo correto, porque falta a correção mensal pela TR.

      A boa notícia é que a TR está zerada desde agosto de 2017. Enquanto isso se mantiver assim, sua conta vai funcionar, porque a correção pela TR será zero.

      Abraço!

      Responder
  • Boa tarde, primeiro parabéns pelo site e por suas colocações. Tenho uma dúvida e gostaria da sua opinião como profissional no assunto.
    Tenho um financiamento habitacional no valor de 150.478,00
    Prazo restante: 398 parcelas
    Parcela mensal: 1.381,00
    Taxa de juros nominal anual : 7,44% a.a
    Taxa de juros efetiva anual: 8,85% a.a
    Tenho esse financiamento e tenho aplicado guardado 100 mil em renda fixa, porém a taxa e rentabilidade está muito baixa próxima de 0,51%

    A parcela da casa no valor de quase de 1.400 está pesada para pagar, Gostaria de saber se compensa quitar uma parte da casa com aproximadamente 50 mil e Guardar o restante já que tenho filha criança e pensamos no futuro, precisamos de uma reserva. Já temos carro próprio e quitado, o único financiamento é o habitacional.
    O que vc faria no meu lugar?
    Obrigada!

    Responder
    • Olá Nayara, obrigado por sua mensagem e por ter gostado do Educando seu Bolso! Não deixe de nos divulgar!
      Seria muito recomendável você amortizar o Financiamento Imobiliário. A taxa de juros que você paga é maior que a taxa que você recebe.
      Como você disse que a parcela está pesando no orçamento, ideal seria reduzir no valor da parcela.
      Para simular outras opções, use e abuse do comparador de Prazo ou Parcela.
      Ademais, vale a pena você alterar esta aplicação financeira para algum produto mais rentável no Simulador de Renda Fixa.
      Quintiliano Campomori
      Educando seu Bolso

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      • Muito obrigada pela atenção e pela rapidez em responder.
        Vou tentar fazer as simulações que vc enviou e mudar a forma de aplicar. E o principal, diminuir a minha parcela para ter uma qualidade de vida melhor, pois com essa parcela fixa fica difícil, viajar com a família, sair para jantar e aproveitar mais a vida. Obrigada e recomendarei com certeza O site.

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  • Ewerton bom dia (coincidência o mesmo nome do meu esposo?rsrsrs!)

    Seu blog e principalmente este tema veio como um balsamo para cabeça/bolso/vida…conheci o termo Educação financeira recentemente, mas acredito que já praticava inconscientemente. Tenho minha reserva de emergência (tesouro rentabilidade diária), tento me preparar para a aposentadoria (renda fixa também) mas o que me tira o sono é financiamento do AP!!!!
    Iniciei o 2º emprego recentemente e até então esta renda mais seria para amortizar o financiamento, mais eis que surgiu uma duvida:
    – Vale a pena juntar um montante ( 10 mil ou 5 mil) e negociar ou usar o salário a mais para pagar as prestações de trás para frente? Neste ultimo caso não tenho abatimento dos juros?

    Parabéns pela iniciativa em dividir o conhecimento.

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    • Olá, Daiane, obrigado pela sua mensagem!

      E que coincidência boa, seu esposo é meu xará. O nome dele se escreve igual ao meu? Se for, mais coincidência ainda, porque é um pouco raro, Ewerton com W.

      Vamos lá.

      Primeiro, parabéns pela forma como cuida das suas finanças, com todo esse cuidado com reserva para emergências e para aposentadoria. Muito bom!

      Quanto ao financiamento, a menos que a taxa de juros dela seja muito alta, você não deveria perder o sono por causa dele. Entendo seu incômodo, porque o valor da prestação é alto. Mas, geralmente, é uma dívida não muito cara, se olharmos para a taxa de juros.

      Quanto à sua ideia de “pagar as prestações de trás para frente”, muita gente costuma falar dessa forma, mas não é bem assim que acontece. Na verdade, quando você faz uma amortização, você está abatendo do saldo devedor o valor integral que está usando para amortizar.

      Ou seja: se seu saldo devedor é R$ 100 mil, e você vai amortizar R$ 15 mil, o saldo devedor cai para R$ 85 mil. Independentemente da forma como você vai amortizar (reduzindo o prazo ou o valor da prestação). Você estará reduzindo o principal da dívida, isto é, não estará pagando juros.

      Quando as pessoas reduzem o prazo, elas têm a impressão de que estão “pagando as prestações de trás para a frente”, mas não é isso. Na verdade, é como se fosse um novo financiamento, com prezo menor.

      Quanto a deixar juntar um montante para, então, fazer a amortização, não faz muito sentido. Você não vai conseguir negociar condição melhor no banco, por pagar um valor maior. A única vantagem é que, em alguns bancos, a amortização dá um pouco de trabalho. A pessoa precisa ir pessoalmente à agência. Fazer isso todos os meses, para algumas pessoas, é um pouco trabalhoso.

      É isso? Se tiver mais dúvidas, entre em contato novamente, será um prazer.

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      • Olá Ewerton, vou pegar carona na conversa de vcs… Amortizei 11.500 no dia 01 de junho… de um empréstimo que fiz. Só que até agora não recebi da Caixa nenhum aviso ou redução no valor do consignado… parece que nada aconteceu. E pra variar minha gerente de conta não retorno… terei que voltar no banco e ver o que ocorreu. Sabe quanto tempo demora? Na minha prévia do contracheque não aparece o desconto… estou preocupada

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        • Oi, Daiane, obrigado pela sua mensagem.

          Mas infelizmente não sou especialista em amortização de consignado… Sugiro que você entre em contato com sua gerente sim, e veja o que aconteceu. Fico pensando se essa amortização não tenha sido feita com redução de prazo, e por isso você não esteja vendo desconto. Você solicitou claramente amortização com redução do valor da prestação?

          Tente falar com sua gerente, ou com a ouvidoria do banco e procure esclarecer.

          Boa sorte! E lamento não ter condição de te dar informação melhor…

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  • Olá Ewerton Veloso, parabéns pelo blog. Rapaz, estou com uma situação similar. Tenho um financiamento de imóvel com a caixa com saldo devedor de (158 mil), comprei a casa em 20 anos e já paguei 5 anos. O juros efetivo com o relacionamento caixa estão a 7,699%. Pergunta, seria melhor então amortizar 70mil que tenho em uma LCI no prazo desse financiamento? Ou deixar aplicado na LCI/LCA? Sou muito conservador e não gosto de riscos, sou controlado e minha preocupação é não perder dinheiro com juros.

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    • Olá Geam, obrigado por sua mensagem.
      A resposta para a sua pergunta depende de um aspecto importante: a taxa de juros que você paga em comparação com a taxa de juros que você recebe na aplicação financeira.
      Se na LCI / LCA que você tem, a taxa é mais alta que a taxa de 7,699% que é a que você paga no financiamento imobiliário, financeiramente é mais vantajoso continuar pagando o financiamento e manter a aplicação financeira.
      Contudo, se as taxas forem muito próximas, psicologicamente é vantajoso amortizar o financiamento e ter uma “folga no orçamento” ou reduzir o prazo do financiamento.
      Quintiliano Campomori
      Educando seu Bolso

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