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Casamento e dinheiro: uma discussão que não tem fim

Uma pesquisa realizada pelo banco suíço UBS no mercado norte-americano no primeiro semestre deste ano continua me intrigando. Segundo o levantamento, entre casais de classe média dos EUA, os homens tomam a grande maioria das decisões sobre quais investimentos devem fazer. São 40% para eles e 16% para elas.

Confesso que achei essa diferença grande, tendo em vista o destaque cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho, além da curiosidade que elas têm demonstrado pela informação financeira. Só pra vocês terem ideia, a maioria dos acessos ao nosso blog atualmente vem das meninas.

A pesquisa traz alguns outros dados interessantes:

  • As mulheres são mais propensas a gerenciar despesas do dia a dia (31%) e a fazer doações para caridade (25%)
  • O pagamento de contas é feito por homens e mulheres quase na mesma proporção (40% homens e 36% mulheres)
  • As decisões são compartilhadas pelo casal quando o assunto é o setor imobiliário (74%), grandes compras (73%), planejamento para comprar uma propriedade (63%) e financiamento da faculdade (51%)
  • A mulher mantém mais dinheiro guardado: 44% são conservadoras em comparação a 36 % dos homens
  • 51% dos homens tentam acompanhar ou bater o mercado em seus investimentos, em comparação a 39% das mulheres
  • As mulheres ficam felizes com uma taxa de retorno menor, mas garantida (32% das mulheres contra 28% dos homens )
  • Os homens são mais propensos a investir imediatamente , as mulheres mais propensas a poupar e pagar dívidas
  • Apenas um em cada quatro casais compartilha verdadeiramente suas decisões financeiras

Este último item é bastante curioso: segundo a pesquisa, 24% dos homens mentem ou escondem informações sobre dinheiro e entre as mulheres esse índice chega a 32%.

A pesquisa também avaliou os hábitos financeiros de casais homossexuais e apontou as seguintes conclusões:

  • Casais homossexuais são investidores mais agressivos, otimistas e envolvidos
  • Quando os casais homossexuais discordam sobre a tolerância ao risco, eles são mais propensos do que heterossexuais a separar suas contas de modo cada um invista de acordo com sua tolerância ao risco
  • Casais homossexuais são mais otimistas e confiantes financeiramente do que casais heterossexuais

Bom, mas antes de transformar isto aqui em uma guerra dos sexos, gostaria de ressaltar que, pra mim, o ponto mais importante não é quem está tomando a decisão financeira no casal, mas, sim, se a decisão é boa. Se ela é sólida e não vai prejudicar a vida a dois lá na frente, impondo a eles custos financeiros desnecessários. Se o melhor caminho puder ser compartilhado entre o casal, como pressupõe o casamento, melhor ainda!

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