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Big Brother financeiro

Talvez alguns de vocês estejam acompanhando a briga entre os órgãos de defesa do consumidor e empresas financeiras sobre a legalidade da implementação do sistema de escore de crédito no Brasil.

O escore, ou seja, a ferramenta que classifica se cliente tem maior ou menor chance de se tornar devedor é criticada por órgãos de defesa do consumidor.

Que bicho é esse? É como se fosse um robozinho que junta uma grande parte dos seus dados financeiros e comportamentais, que já estão acumulados em vários computadores por aí, para dar uma nota ao seu perfil.

Nota? Sim: nota dez pro bom pagador e zero para quem deve aos bancos, financeiras, administradoras de cartão de crédito etc… Se você levou um zero, esperam que vai dar o calote novamente. Em outras palavras, se você atrasar um pagamento de conta de água, luz ou telefone, ou se entrar na Justiça contra um banco por exemplo (querendo renegociar um contrato), isso vai contar contra você. Resumidamente é isso.

Porque estou levantando este assunto? Não para me posicionar ao lado de “A” ou “B”, apesar de achar que cada um deve pagar de acordo com sua condição. Já ouviu falar de “cada um que dê conta de si mesmo” ou “os justos não devem pagar pelos pecadores”? Pois é, na minha visão é por aí. Mas a questão que quero levantar não é essa. Meu ponto é apenas o seguinte: mais cedo ou mais tarde teremos aqui no Brasil um sistema de escore funcionando, como, aliás, existe em vários outros países onde o crédito é mais desenvolvido – e bem mais barato. Portanto, trago aqui apenas um conselho para vocês: crie um histórico de crédito positivo, pois isso irá lhe ajudar no futuro.

Como assim? Explico: sua falta de planejamento financeiro, que faz com que você atrase um pagamento bobo, daqueles de três ou quatro dias em uma conta de telefone, fará com que sua nota (ou escore) caia de 8 para 7, por exemplo, e no futuro isso custará uma fortuna em taxas de juros mais caras exigidas pelos bancos. Simples assim.

Tá achando que isto é futurologia? Veja só que esta prática já começou. É fato. Taxas bem mais baixas estão sendo oferecidas, por exemplo, no financiamento de automóveis para os bons pagadores. É isso aí: milhares de reais na mesa para quem levar a sério as suas finanças pessoais.

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