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Novidades no mercado de crédito para os franqueados – Parte II

Na semana passada, a gente falou aqui sobre o convênio que o Sebrae fez com o Bradesco pra facilitar a vida dos micro e pequenos franqueados quando precisam de tomar algum dinheiro emprestado. Fiquei curioso para saber se ele era mesmo vantajoso para o público alvo e fui verificar.

Conversei com um gerente do Bradesco, e pedi a ele que me dissesse quais seriam as condições (taxas e prazos) para um pequeno franqueado que queira tomar emprestado, digamos, R$20.000.

A linha de crédito que citei na semana passada se chama Capital de Giro – Fampe. Com ela, o franqueado consegue empréstimo com até 48 meses pra pagar (incluindo a possibilidade de uma carência de até 6 meses!), e com uma taxa de juros de 1,98% a.m. Além dessa taxa, o Sebrae cobra mais 0,10% ao ano para dar o aval no empréstimo. Nada mal, não?!

Também perguntei a ele quais seriam as condições para esse mesmo tipo de empresa tomar dinheiro emprestado fora desse convênio. E a diferença é surpreendente: prazo máximo de 36 meses (com carência máxima de 3 meses) e taxa de juros de 5% a.m.

Dentro do convênio, o pequeno franqueado pode conseguir um empréstimo de R$20 mil pra pagar em 48 prestações de R$650. Fora dele, é outro papo: 36 prestações de R$1.208, quase o dobro do valor em função tanto da taxa mais salgada quanto do prazo mais curto.

Outra diferença importante: dentro do convênio, o cliente paga pouco mais de R$11 mil de juros ao longo dos 4 anos. Na alternativa fora do convênio, mesmo com o prazo mais curto, o cliente pagaria R$23,5 mil de juros nos 3 anos.

Por fim, o Custo Efetivo Total (CET) da linha mais barata é de 2,5% a.m., enquanto que o da mais cara é de 5,4% ao mês, mais que o dobro.

Esses resultados confirmam o que a gente havia falado na semana passada: o convênio entre o Sebrae e o Bradesco vale a pena.

É bom lembrar que uma meia dúzia de bancos públicos já concedem crédito para micro e pequenos empreendimentos com a garantia de aval do Fampe; o Bradesco é apenas a primeira instituição privada a se conveniar com o Sebrae, e com o foco na empresa que opera sob a forma de franchising. Portanto, se você é um micro ou pequeno franqueado e está precisando de dinheiro para expandir seus negócios, considere essa alternativa.

Livro Educando Seu Bolso

Autor

* Daniel Loureiro é mestre em Finanças pela Universidade Federal de Minas Gerais, atua no mercado financeiro há 15 anos, com experiência tanto vendendo produtos na linha de frente quanto na área de controles e supervisão, e também tem vivência no meio acadêmico. Neste espaço, vai demonstrar que aprender a lidar com dinheiro pode ser tão prazeroso quanto uma boa corrida, esporte do qual é adepto.

3 comentários

  • Boa noite Daniel gostaria que você me ajudasse Pois estou fazendo um financiamento pelo banco da Caixa pelo programa Minha Casa Minha Vida e gostaria de informações sobre a amortização e queria saber também como posso fazer os pagamentos reduzindo as parcelas para que o juros não fique tão alto estou pedindo ao banco da Caixa o valor de r$ 120000 para ser pago em 360 meses com parcelas de mais ou menos r$ 900.
    Gostaria de saber como funciona a amortização em que a primeira parcela está em torno desse valor e a última parcela vai terminar como mais ou menos r$ 350

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    • André, aqui é Ewerton. Mais uma vez agradeço pela sua mensagem. Respondi ao seu comentário no outro post que você comentou. Como neste aqui você acrescentou alguns números, vou responder novamente, desta vez com exemplos.

      Estimei que sua taxa de juros seja de 5,5% ao ano, que o seguro seja de R$ 10 e a taxa de administração seja de R$ 25. Nestas condições, a prestação seria próximo disso que você falou: amortização de R$ 333 e valor total de R$ 905.

      Se nós somarmos apenas os juros pagos em cada prestação, vamos chegar ao valor de R$ 108 mil. Se você diminuir seu prazo para 200 meses, a sua prestação sobe para R$ 1172, com uma amortização mensal de R$ 600. Nesse caso, a soma dos juros seria de R$ 57 mil.

      (ressalto que não faz muito sentido simplesmente somarmos valores que serão pagos ao longo de décadas; é só para termos uma ideia)

      Resumindo, André, para pagar menos juros é preciso diminuir o prazo. Você disse que “está fazendo” um financiamento. Se ainda não assinou o contrato, a solução é pedir um prazo menor. Mas, se já assinou, a forma de diminuir o prazo é fazendo amortizações extraordinárias com redução de prazo.

      Abraço!

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