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10 razões pelas quais consórcio não é uma boa ideia.

Educando Seu Bolso
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10 razões pelas quais consórcio não é uma boa ideia.
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Já falamos e escrevemos bastante sobre consórcio aqui no Blog, não é mesmo?!

O tema continua quente e tá cheio de oferta de consórcio por aí, não é mesmo?! Na TV, nas rádios , nos jornais e revistas e por aí vai. Mas como saber se é pra você?! Como saber se vale a pena?! Aliás, você entende como funciona um consórcio?! Não é simples não viu. Saiba direitinho sobre o funcionamento antes de entrar nesta.

Abaixo 10 motivos pelos quais não considero consórcio vantajoso:

  1. Apesar de não cobrar juros, há diversos outros custos altos como taxas de administração, seguros, fundos de reserva, inadimplência de outros consorciados;
  2. Não é investimento, pois não rende juros pra você diretamente;
  3. Não te permite a flexibilidade que um investimento permitiria, afinal não é tão simples desistir, ou parar de contribuir. Imagine aquele aperto no orçamento durante alguns meses, você suspende o investimento e pronto, mas no consórcio não dá;
  4. Tampouco é um financiamento, pois não te permite usufruir do bem logo de cara;
  5. Você continua tendo que pagar o aluguel ou a despesa de transporte ao mesmo tempo em que paga a prestação do consórcio;
  6. Quando se faz os devidos ajustes financeiros, não é mais barato do que o financiamento, ao contrário do que as simulações, ou o seu gerente, indicam;
  7. Sua individualidade  fica comprometida, na medida em que o dinheiro de todos os participantes de mistura em uma caixinha. A inadimplência de um vira problema do outro, como em um condomínio.
  8. A probabilidade de ser contemplado por sorteio é muito pequena, especialmente para o Brasileiro, que sequer participa das assembleias. Você que é consorciado, diz aí, já foi a alguma assembleia do seu grupo?
  9. Para garantir contemplação é preciso dar lance alto, o que torna a opção financeiramente desvantajosa – de novo.
  10. Sua grana será administrada por terceiros e é importante pesquisar a idoneidade das administradoras. Por isto, sugiro que se vai mesmo embarcar nesta, pesquise no Bacen sobre reclamações e se a administradora de consórcios é autorizada antes de contratar. Além disso, não há garantia do FGC, como haveria nos investimentos em renda fixa que temos recomendado

Mas no podcast tem muito mais. Ouça aqui:

8 comentários

  • O consórcio é uma maneira inteligente de fazer as pessoas abrir o bolso para tirar dinheiro. Não é investimento e jamais será.

    Por meio de marketing as empresas que vendem consórcio, iludem as pessoas.
    Supondo um consórcio de 200 meses com valores mensais de R$ 150,00 o que gera uma carta de R$ 30.000,00, olhando para o valor mensal parece se um excelente negócio, mas, com o passar do tempo à pessoa vai percebendo que para ser contemplado tem que disponibilizar um lance que equivale a mais da metade do valor do veículo.

    Uma opção interessante para quem quer adquirir um veículo é investindo mensalmente no médio prazo para acumular esse valor, com essa iniciativa a pessoa ganha ganhando descontos e também reduz o esforço de poupança, pois, os juros vai trabalhar a favor.

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    • Excelente Tiago!
      É isso mesmo. Aliás, se você escutou algum dos nossos podcasts sobre o assunto, viu que assumimos publicamente esta posição há muito tempo.
      Obrigado pela contribuição e parabéns por cuidar bem do seu dinheiro.
      =)

      Responder
  • Ele não falou da valorização da carta de crédito, né? Deveria, porque se isso não é “investimento”, não entendo o que seria… fiquei bem em dúvida!
    Abraços.

    Responder
    • Bom dia Ivan.

      De fato, não comentei sobre a correção do valor da carta de crédito pelo reajuste do valor do bem, no caso do consórcio de automóveis e motocicletas, ou pelo INCC, no caso do de imóveis. Obrigado por agregar mais esta informação ao nosso leitor.

      Agora, veja bem, isto não faz com que o consórcio se torne um investimento, afinal o reajuste do valor do bem consorciado reflete apenas a reposição do valor de compra daquele bem, algo parecido com a inflação, para que o último contemplado do grupo, que terá que esperar por exemplo os 200 meses de duração de um grupo de imóveis, consiga efetivamente comprar o imóvel com a carta de crédito e não um carro, porque o dinheiro se desvalorizou, entende!?

      O conceito de investimentos é algo que lhe renda juros, ou acréscimo ao poder de compra. Ou seja, uma justificativa para não consumir hoje e esperar para poder o usar o dinheiro no futuro (se tiver tempo, pesquise depois na internet sobre “valor do dinheiro no tempo”).

      Grande abraço e muito obrigado pela pergunta, que me deu a oportunidade de ouvir novamente o podcast e revalidá-lo. Afinal, ele continua validíssimo!

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    • Oi Rafael,

      Olha, até existe um caso ou outro em que o consórcio fica vantajoso, como aliás costumamos dizer em posts e podcasts que você pode encontrar por aqui sobre o assunto, mas depende de sorte. Basicamente você tem que ser contemplado bem cedo no plano e sem ter que dar lance grande é isso.

      Note que a comparação direta dos custos do consórcio com os de um financiamento muitas vezes não é recomendável, pois ela desconsidera um fato crucial que é o seguinte: No financiamento você põe as mãos no bem de cara e no consórcio não e isso faz muita diferença financeiramente.

      Tomara que você tenha sido um dos poucos sortudos que consegue ser sorteado, ou contemplado com lance pequeno, daí provavelmente você terá razão e terá sido um bom negócio. Finalmente, há sempre razões não financeiras orientando as decisões financeiras que entendemos perfeitamente. A disciplina que ter que pagar uma prestação impõe a muitas pessoas, por exemplo, pode ser benéfica às suas finanças, servir de motivação, etc…

      Grande abraço, obrigado pelo contato e fique a vontade se quiser nos enviar mais informações sobre o seu caso.
      Frederico.

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