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As armadilhas do consumo em “fatias”: crianças e mídia

Que tal refletir conosco em nossas próximas colunas sobre este tema que mexe diretamente em nosso bolso e no orçamento familiar? Com base em minhas pesquisas para minha dissertação, convido você a participar e a relatar um pouco do que já vive em sua experiência pessoal.

Dentro da série Armadilhas do Consumo, que iniciamos hoje, pretendo abordar:

  1. Crianças e a mídia.
  2. A nova geração “tween”.
  3. Consumo e você – Ter e Ser.
  4. O mundo globalizado e o consumo.
  5. Educando seu bolso – Uma experiência vivida em uma instituição escolar.

No tema de hoje, Crianças e a mídia, realizei algumas pesquisas para compreender como a criança é abordada pela mídia, no Brasil especificamente.

Observo como muitas crianças, pré-adolescentes e jovens estão se tornando vítimas e vivendo para o consumo para serem aceitos em seus grupos de convivência. Esta realidade se complica à medida que o ser vai construindo sua identidade pessoal e sofre todos os dias uma influência direta da propaganda. Nestes casos, identificamos como os pais e/ou responsáveis têm um papel importante nesta formação de um consumidor esperto e responsável para combater o consumo pelo consumo mesmo.

Antes mesmo de aprenderem a ler ou a escrever, já ocorre o contato e o envolvimento das crianças com a mídia e a ação de consumir já se inicia. Nosso novo modelo de sociedade é cheio de forças coercitivas que direcionam seus integrantes a se adequarem aos valores do mercado e então é cada vez maior o número de crianças e adolescentes ingressando neste mundo altamente consumista.

Nossas crianças até os sete anos de idade ainda não possuem capacidade cognitiva suficiente para diferenciar as mensagens passadas por meio da mídia, não possuem um poder de decisão equilibrado e é neste momento que a presença e posicionamento por parte dos pais e educadores com ações planejadas devem ocorrer para reverter esse quadro de consumo inconsciente.

A formação do hábito do consumo responsável pode ter um impacto expressivo na vida das crianças, proporcionando a construção de valores que os farão mais críticos e seletivos. Para isso, toda situação deve ser encarada como uma oportunidade, como por exemplo, os comerciais de TV que são uma grande oportunidade para diálogo em casa. Muitas crianças passam muito tempo em frente à TV e as empresas investem em propagandas focadas para esse público. Para driblar esta realidade, um dos pontos mais importantes é a postura ativa que os pais devem ter no sentido de:

  • Preparar as crianças e adolescentes para pensar frente aos comerciais;
  • Proporcionar elementos para torná-los mais seletivos nas situações do dia-a-dia, sozinhos;
  • Debater com as crianças e adolescentes sobre as propagandas assistidas

Os educadores também podem fazer uso de conversas informais com as crianças, respeitando as fases de desenvolvimento de cada uma, formando, assim, este “consumidor esperto e responsável”.

Quando se compreende como o sistema funciona, é possível criar nas crianças uma espécie de defesa, elas vão se tornando menos vulneráveis à compra pela compra como tratamos inicialmente. Esta seria uma das ações para combater o consumismo desenfreado que atormenta pais e educadores em todo o mundo.

Espero você para, em nosso próximo post, abordarmos esta nova geração que chega vivenciando a influência e o incentivo ao consumo: a geração “tween”.

2 comentários

  • Olá Antônio Nogueira!
    Que bom que o artigo o ajudou de alguma forma. Acompanhe o nosso blog, nossos autores estão sempre abordando temas muito interessantes e atuais sobre a Educação Financeira! Agradecemos a sua participação!
    Abraços! Lívia

    Responder

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